JOGOS: Hotel Transylvania: Scary-Tale Adventures | Análise

24.3.22

Recentemente tivemos acesso a mais um título, desta vez o divertido Hotel Transylvania: Scary-Tale Adventures, desenvolvido pelos Drakhar Studio e publicado pela Outright Games.

O nome Hotel Transylvania é sobejamente conhecido muito graças aos filmes de animação que encantaram crianças e adultos ao longo destes últimos anos. Entretanto, alguns jogos baseados nesse universo já foram disponibilizados, no entanto, Hotel Transylvania: Scary-Tale Adventures é o mais recente a tentar a sua sorte. Como amiudamente acontece, nem sempre o sucesso obtido nos filmes consegue ser replicado da mesma forma num videojogo, e vice-versa, por isso os estúdios de desenvolvimento tinham em mãos uma árdua tarefa.

Hotel Transylvania: Scary-Tale Adventures é um jogo de ação e aventura 3D, cuja a sua história não se baseia diretamente na trama de nenhum dos filmes de animação lançados anteriormente. A sua história é original e começa com uma das personagens principais e mais carismáticas, Drac, a ler um livro de contos para as crianças. Rapidamente e sem grandes explicações, a ação começa de imediato, podendo o jogador optar por uma das duas histórias disponíveis.

Para se ter uma ideia, os contos possuem nomes bastantes sugestivos e certamente todos já ouviram falar, no entanto beneficiam sempre de uma pitada de horror e humor negro, um apanágio do universo Hotel Transylvania. A título de exemplo, estamos a falar de “Little Red Ridding… Boo!” numa clara alusão ao título original “Little Red Ridding Hood”, em português “O Capuchinho Vermelho”.

Hotel Transylvania: Scary-Tale Adventures é um jogo de ação e aventura 3D

Como decerto já perceberam, estamos perante um título essencialmente produzido para uma faixa etária mais baixa, ou seja, para as crianças, por isso, a jogabilidade é assente em princípios extremamente simples. Combina elementos de plataformas e algum combate, mas sem grandes níveis de complexidade e sem necessitar de uma grande curva de aprendizagem, para assimilar todos os movimentos. Ainda assim e apesar de serem bens responsivos e práticos, o esquema de botões é completo e não se limita a utilizar apenas dois ou três.

Graficamente e muito sinceramente, desiludiu, pois apesar de estarmos perante um título com base num filme de animação e numa consola da geração atual (PlayStation 5), mais parecia que estávamos a jogar um jogo da PlayStation 3 com um filtro HD. Poderá ser um não-problema, sobretudo porque as crianças certamente não se preocupam com essa situação, apenas se querem divertir, mas nos tempos de hoje, os estúdios de desenvolvimento poderiam ter uma atenção especial nesse aspeto, elevando o título a outro patamar.

Como decerto já perceberam, estamos perante um título essencialmente produzido para uma faixa etária mais baixa

A longevidade também ela é bastante limitada, resumindo-se a pouco mais que 8 ou 9 horas para completar sem grandes dificuldades todos os contos. Mais uma vez, obviamente vocacionado para crianças e sem grandes motivos para voltar a vivenciar a experiência, depois de a concluir. Para terminar, é com desagrado que destaco a não existência da linguagem portuguesa, nem tão pouco a variante portuguesa do Brasil, nos menus e informações do jogo e já nem refiro a dobragem do jogo para esse idioma, sendo realmente desapontante e talvez incompreensível nos tempos que correm, uma vez que os custos nem são de todo elevados.

A longevidade também ela é bastante limitada, resumindo-se a pouco mais que 8 ou 9 horas

Resumindo, Hotel Transylvania: Scary-Tale Adventures é claramente vocacionado para crianças e em alguns pormenores deixa muito a desejar, ficando a anos luz do sucesso obtido pelos filmes de animação.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.


 
 

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