Death Stranding 2: On the Beach, a aguardada sequência do Death Stranding de 2019 da Kojima Productions, finalmente está disponível para todos, especialmente para aqueles que possuem uma PlayStation 5.
INTRODUÇÃO
Desenvolvido pela Kojima Productions e publicado mundialmente pela Sony Interactive Entertainment, Death Stranding 2: On the Beach foi escrito, dirigido e produzido pelo icónico Hideo Kojima.
Apesar de ter outras personagens notáveis e com um trabalho de assinalar, Death Stranding 2: On the Beach mantêm as personagens centrais do jogo anterior, incluindo Sam Porter Bridges, Fragile e Higgs, representados superiormente por Norman Reedus, Léa Seydoux e Troy Baker, respetivamente. Porém, é com muita felicidade e alegria que escrevo as seguintes palavras: “Sam Porter Bridges está de volta e estamos muito contentes por estarmos a acompanha-lo em mais uma viagem.”
NARRATIVA
Death Stranding 2: On the Beach situa-se, precisamente, onze meses após o término do seu antecessor, onde as The United Cities of America estão completamente conectadas através da Chiral Network. Sam Porter, agora, aparentemente reformado, vive, supostamente, um período mais tranquilo, sendo uma figura paternal presente na vida da pequena Lou, a filha adotiva. Contudo, a calmaria rapidamente se desvanece quando Fragile aparece em sua casa, informando-o que constituiu uma nova empresa, que tem como objetivo estender a Chiral Network até ao México.
Inicialmente renitente, Sam decide aceitar o trabalho, na condição que Fragile fique responsável por tomar conta de Lou, mas também porque a sua rota o levará até ao laboratório de Deadman, o seu melhor amigo. Porém, quando este chega ao respetivo local, não encontra o seu amigo, descobrindo mais tarde uma gravação, precisamente de Deadman, reportando que tinha descoberto uma anomalia apelidada de Plate Gate, mais concretamente um portal para a Austrália, onde, supostamente, estão outros sobreviventes.
De uma forma bastante sucinta, esta é a trama principal, contudo, inúmeros plot-twist, assim como diversos momentos de emoção e tensão, irão experienciar, pelo que, prefiro não revelar mais detalhes, de modo a não estragar a fantástica experiência. Apenas, joguem, joguem muito e desfrutem desta incrível obra de arte!
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Death Stranding 2: On the Beach situa-se, precisamente, onze meses após o término do seu antecessor, onde as The United Cities of America... |
JOGABILIDADE
Death Stranding 2: On the Beach, por razões mais do que óbvias, apresenta uma jogabilidade bastante semelhante ao seu antecessor, o que permite ao jogador familiarizado com o primeiro jogo, começar de imediato a ação, sem nenhuma curva de aprendizagem. Basicamente, a premissa principal é simples e passa, repetidamente, por levar uma encomenda do ponto A ao ponto B, na esperança de conseguir convencer o destinatário a ligar-se à Chiral Network.
No que concerne a novidades propriamente dito, as principais e que saltam de imediato à vista são as díspares condições meteorológicas, uma vez que a aventura abandona os Estados Unidos da América, passando para os climas mais soalheiros e tropicais do México e da Austrália, obrigando o jogador a conviver, ou melhor dizendo, sobreviver a, por exemplo, densas tempestades de areia, que nos dificultam e muito a nossa tarefa. Depois existem mecânicas interessantes relacionadas com o ambiente, como as enormes dunas de areia, que nos obrigam a ter que andar com um recipiente com água, de modo a não ficar desidratado e consequentemente perder bastante resistência ou até mesmo colapsar. Outro exemplo, são as chuvas tropicais que afetam diretamente a consistência do terreno que pisamos, tornando caminhos normais em traçados sinuosos e escorregadios, ou até mesmo fazendo transbordar pequenos rios ou riachos, outrora facilmente ultrapassáveis com recurso a escadas, mas que devido às cheias, são agora completamente inacessíveis.
São detalhes, mas os melhores jogos são aqueles que apresentam um nível incessante de pormenores, que no seu todo elevam a experiência a um patamar que só alguns conseguem atingir e Death Stranding 2: On the Beach é, claramente, um perfeito exemplo dessa situação.
Ainda no campo da jogabilidade, existe agora uma maior quantidade de armas e outras engenhocas, para nos auxiliar a nossa demanda, especialmente, no confronto ou combate, quer contra humanos ou outras entidades, como os BTs. Metralhadoras, caçadeiras, lançador de granadas, são algumas novas armas que estão ao dispor do jogador, podendo variar no tipo de munição, uma vez que podemos optar por balas de maior potência, precisão e até mesmo por não fatais, trocando por balas de borracha ou gás atordoante. Uma arma batente suis generis é, sem dúvida, o Tar Cannon cuja principal função é a extinção de incêndios e aceder a zonas obstruídas pelas chamas, mas também serve para atordoar, ou melhor dizendo, irritar, inimigos humanos!
Por fim, Death Stranding 2: On the Beach também apresenta o sistema de pontuação de entregas das encomendas, que tal como ocorria no seu antecessor, premeia com mais pontos as entregas mais desafiantes e complexas. Posteriormente, podemos utilizar esses pontos para aumentar habilidades e capacidades da personagem, armamento e itens especiais, no fundo, algo bastante já amiúde no universo dos videojogos.
Basicamente, a premissa principal é simples e passa, repetidamente, por levar uma
encomenda do ponto A ao ponto B...
LONGEVIDADE
Death Stranding 2: On the Beach não é, efetivamente, tão longo quanto o primeiro Death Stranding, todavia, existe sempre muito que fazer, visitar, entregar, percorrer e enfrentar, pelo que vai depender muito daquilo que o jogador pretender realizar. Se nos cingirmos às missões principais e pouco mais, chegarão umas 40 a 45 horas, já com alguma margem de segurança, para a conclusão da trama. Contudo, para aqueles que gostam de completar tudo a 100%, seguramente terão que despender mais tempo, para o desfecho completo.
Ainda assim, tenho que referir algo que já era verificado no Death Stranding de 2019, a velha questão da repetibilidade. No meu artigo de opinião sobre o primeiro título, escrevi: “…Death Stranding tinha muito a provar no campo da jogabilidade e apesar das inúmeras criticas apontadas por se assemelhar em demasia a um “walking simulator”, pessoalmente não concordo na totalidade, mas passo a explicar. Não vou negar que em muitos momentos (talvez excessivos) senti um pouco essa frustração, onde o objetivo principal é ir do ponto A ao B, quer a pé ou como o auxílio de veículos, atravessando terrenos bastante irregulares e perigosos, com o objetivo de entregar a encomenda que nos foi confiada.” Em Death Stranding 2: On the Beach essa premissa também se verifica, ainda que de uma forma não tão vincada e melhor estruturada, mas no fundo essa é a verdadeira base do jogo. E isso pode ser um fator afastador de alguns jogadores, que já não se sentiram atraídos por aquilo que experienciaram no primeiro jogo.
A melhor maneira de categorizar a saga Death Stranding é descreve-los como títulos daqueles que ou se amam ou se odeiam, não existindo um meio termo. Todavia, na minha opinião sincera e verdadeira, Death Stranding 2: On the Beach evoluiu, tornou a experiência menos massuda e pesada, merecendo, sem sombra de qualquer dúvida, estar na discussão para o melhor jogo do ano de 2025.
A melhor maneira de categorizar a
saga Death Stranding é descreve-los como títulos daqueles que ou
se amam ou se odeiam, não existindo um meio termo.
GRAFISMO E SONOPLASTIA
Mais uma vez, vou recorrer ao que escrevi na análise do seu predecessor: “Visualmente Death Stranding vai mesmo mais longe, apresentando cenários completamente épicos, que muitas, muitas, muitas vezes nos deixam completamente estupefactos.” – isto na versão da PlayStation 4.
Algum tempo mais tarde, foi disponibilizada a versão para a PlayStation 5, denominada por Death Stranding - Director’s Cut, sobre a qual referi: “…introduz uma série de novidades neste universo mágico de Kojima, no entanto, o que salta logo à vista é a melhoria do aspeto gráfico, que até já era claramente acima da média, porém, com a utilização do hardware mais potente e competente da consola de nova geração, permitiu esculpir um grafismo mais intenso e fascinante, dando uma roupagem ainda mais incrível a este título.”.
Contudo, como não há duas sem três, Death Stranding 2: On the Beach foi ainda mais longe e melhorou o que até aqui parecia complicado de melhorar, presenteando o jogador com um aspeto gráfico completamente deslumbrante e fascinante. Aqueles primeiros momentos, assim que arrancamos o jogo, deixam qualquer um sem fala e boquiaberto a apreciar uma autêntica obra prima.
Este jogo é um marco histórico do grafismo. Tudo está perfeito, extremamente polido, funcional e assertivo, não se conseguindo apontar nada. Os modelos dos atores mais famosos estão surreais, transmitindo as devidas sensações e emoções apenas através das próprias expressões. E os cenários, o que escrever sobre o as gigantescas montanhas e cordilheiras! O detalhe gráfico é deslumbrante e Death Stranding 2: On the Beach, merecer completamente ser jogador numa PlayStation 5 Pro e numa televisão/monitor capaz de suportar a sua capacidade gráfica no seu máximo esplendor. Simplesmente brutal.
Tudo isto é superiormente acompanhado por uma sonoplastia ao mesmo nível. A banda sonora resulta de uma parceria entre o cantor e compositor francês Woodkid e o compositor sueco Ludvig Forssell, este último com participação no primeiro Death Stranding e trabalhos realizados noutros jogos bem conhecidos, como por exemplo Metal Gear Solid V: The Phantom Pain.
Algumas palavras bem especiais para a versão portuguesa, onde o ator Pêpê Rapazote mais uma vez empresta a sua voz a Sam Bridges. É como muito orgulho e prazer que vejo a contínua aposta da PlayStation em fazer a dobragem para PT-PT dos seus exclusivos, dando-lhes uma vertente bem nacional e muito nossa.
E os cenários, o que escrever sobre o as gigantescas montanhas e
cordilheiras! O detalhe gráfico é deslumbrante...
CONCLUSÃO
Resumindo, Death Stranding 2: On the Beach é a natural sequência de um título que, no seu tempo, foi importante para a indústria dos videojogos. É um trabalho incrível, liderado pela icónica figura de Hideo Kojima, elevando a um patamar, ainda mais alto, uma experiência, a todos os níveis, inacreditável.
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas
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