JOGOS: The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom | Análise

15.10.24

O mais recente título que tivemos a oportunidade de jogar foi o The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom, mais um fantástico jogo ambientado no incrível universo The Legend of Zelda com a enorme particularidade de ser o primeiro título da franquia cujo protagonista principal é a própria Princesa Zelda.

Trazido ao universo dos videojogos pela mão do estúdio de desenvolvimento nipónico Grezzo, que já tinha sido parte colaborante noutro título recente da franquia, The Legend of Zelda: Link's Awakening, entre outros The Legend of Zelda como Ocarina os Time 3D, Majora’s Mask 3D e Tri Force Heroes, mas também com colaboração importante na conversão de Luigi’s Mansion para a Nintendo 3DS. Publicado pela própria Nintendo, The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom é um jogo de ação e aventura, com bastantes similitudes com o já referido, The Legend of Zelda: Link's Awakening.

NARRATIVA

Os jogadores começam a aventura a comandar Link (sim, o Link e não Zelda) o habitual guerreiro da franquia The Legend of Zelda, que depois de alguns esforços (que servem como uma espécie de tutorial), consegue libertar a princesa Zelda das garras do vilão e incauto Ganon. Contudo, subitamente, uma fenda misteriosa surge do nada e, literalmente, suga Link. No derradeiro instante antes de desaparecer, o herói Link dispara uma seta e consegue libertar a princesa Zelda do seu aprisionamento.

Contudo, subitamente, uma fenda misteriosa surge do nada e...

Ainda um pouco confusa e atónita, Zelda, recolhe do chão a capa de espadachim de Link e é surpreendida por uma célere movimentação de várias fendas em sua direção, obrigando a princesa a correr para escapar e não ser, também ela “engolida”. A muito custo Zelda consegue fugir e é resgatada por soldados do reino de Hyrule que sugerem que vá de imediato ter ao encontro do Rei de Hyrule. Assim que chega à presença do Rei, a princesa Zelda relata os acontecimentos macabros e a conversa é interrompida por um soldado que conta que estranhas e misteriosas fendas estão a engolir pessoas em todo o reino, mas simultaneamente também estão a aparecer monstros escuros que assolam a população.

O Rei ordenada a tomada de medidas e quando as finaliza, uma estranha e misteriosa fenda aparece no local do seu trono e engole o próprio Monarca, assim como os seus súbitos, o General Destral e a Ministra Sestria, que partiram de imediato ao seu auxílio. Contudo, para surpresa geral de Zelda, os três desvanecidos regressam da fenda, mas estão corrompidos e assumem propriedades malignas, dando ordem de prisão da princesa Zelda por ter sido a responsável pelo surgimento das fendas. Os soldados assim o fazem e a verdadeira aventura começa com a princesa nos calabouços!

A muito custo Zelda consegue fugir e é resgatada por soldados do reino de Hyrule...

JOGABILIDADE

Em primeiro lugar, tal como já referido acima, The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom foi beber muita inspiração em The Legend of Zelda: Link's Awakening, pelo que a jogabilidade, sobretudo nas questões de movimentação, é tremendamente equivalente. Contudo, existem mecânicas novas e que são preponderantes para os objetivos da Princesa Zelda. Numa fase ainda precoce do jogo, a princesa recebe a ajuda de uma entidade misteriosa, mas simultaneamente amigável, apelidada de Tri, algo semelhante a uma pequena fada que a auxilia a ultrapassar inúmeros obstáculos e a ser bem-sucedida na sua missão. Para tal, a princesa consegue um cetro mágico, que tem como capacidade principal criar ecos, ou seja, réplicas de coisas que existem no cenário. E aí a imaginação é o limite! Zelda pode replicar objetos que a façam alcançar locais mais altos, distantes, atravessar rios ou lava, ou até mesmo criar ecos dos inimigos, para depois lutarem a seu favor.

Para tal, a princesa consegue um cetro mágico, que tem como capacidade principal criar ecos...

Por outro lado, a princesa também pode recorrer a dois tipos distintos de sincronização que serão, tal como os ecos, igualmente úteis para atingir os objetivos. A habilidade Sincronizar permite remover ou reposicionar diferentes objetos ou partes do cenário, de modo a conseguirmos seguir o nosso caminho, enquanto a Sincronia Inversa, permite que a princesa se ligue a objetos ou inimigos que se desloquem para outros locais, levando-a exatamente para o sítio aonde precisa de chegar. A combinação destas capacidades, aliadas à criação de ecos, são ferramentas fundamentais para ultrapassar todos os perigos e puzzles, que encontraremos no reino de Hyrule.

Para além das situações mencionadas, Zelda algures durante a aventura, encontra uma espada bastante especial, que lhe confere a capacidade de enfrentar os incautos, tal como fosse um verdadeiro soldado. Contudo, esse é um poder limitado a um curto período de tempo, pelo que deve ser utilizado com muita atenção, cuidado e apenas em situações merecedoras de tal capacidade.

Zelda pode replicar objetos que a façam alcançar locais mais altos, distantes, atravessar rios ou lava...

LONGEVIDADE

Em termos de jogabilidade, The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom tem muito para oferecer aos jogadores, uma vez que o reino de Hyrule é vasto e repleto de locais para visitar e explorar. Se optarmos apenas por nos centrarmos na história principal ou, melhor escrevendo, nos objetivos primordiais, qualquer coisa como 20 a 25 horas, serão perfeitamente suficientes para concluirmos a aventura.

Contudo, essa forma de jogar, pelo menos para mim, é bastante redutora, até porque o mundo ao dispor do jogador é tão rico, que merece ser descoberto, pedaço a pedaço, cantinho a cantinho do mapa. Para além das missões principais, existem imensas Side Quests (missões secundárias), minijogos divertidos que premeiam o nosso esforço, puzzles aliciantes, inúmeros acessórios e roupas que podem ser descobertas, enfim uma panóplia incomensurável de atividades para realizar, que certamente irão agradar a todos os fãs.

Por fim, uma situação que também ocorria num dos títulos mais recentes da franquia, o The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom e que me apraz referir, é o facto de podermos ultrapassar os desafios que enfrentamos de várias formas diferentes. Tal situação, aumenta exponencialmente a longevidade, pois é interessante experimentar novos métodos e abordagens, para superar as diversas adversidades.

The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom tem muito para oferecer aos jogadores, uma vez que o reino de Hyrule é vasto e repleto de locais...

GRAFISMO E SONOPLASTIA

Relativamente aos gráficos e efeitos sonoros, The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom apresenta bastantes analogias e parecenças com o The Legend of Zelda: Link's Awakening. O jogo presenteia o jogador com um mundo aberto, repleto de detalhes e pormenores, como já é habitual nos títulos Zelda. A atenção ao minucioso é realmente de louvar, as personagens são muito bem caracterizadas, os diferentes cenários emanam charme e beleza, sendo realmente um trabalho incrível por parte da equipa de desenvolvimento, apesar de já não ser propriamente novidade, por grande parte disso já foi visível no jogo referido acima.

O mesmo pode ser dito, no caso da banda sonora no seu todo, ou seja, tal como em quase todos os títulos da franquia Zelda, a sonoplastia (música ambiente e efeitos especiais) é sempre de eleição, sendo impossível ficar indiferente, uma vez que acrescenta qualidade (e muita) à experiência, contribuindo para elevar o jogo a outro patamar. Convém referir, que os responsáveis são os mesmos (pelo menos alguns) que estiverem presentes (como não poderia deixar de ser) no The Legend of Zelda: Link's Awakening, entre outros.

CONCLUSÃO

The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom é sem dúvida uma experiência interessante, agradável e num universo incrível que tantas alegrias já nos proporcionou e continua, ano após ano, a oferecer. Uma nota de muita satisfação, para a presença do idioma de Portugal, que para meu regozijo, está cada vez mais presente nos títulos da Nintendo.

The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom é um título obrigatório para os apaixonados do fantástico mundo de Hyrule, apesar das (muitas) semelhanças com outros títulos da franquia. A presença do idioma Português é sempre um motivo a salientar.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas


 
 

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