JOGOS: Ghostrunner 2 | Análise

24.10.23

Numa altura de muitos títulos novos, tivemos acesso a mais um jogo, desta feita o Ghostrunner 2, na versão PlayStation 5.

Desenvolvido pelo os estúdios One More Level e publicado mundialmente pela 505 Games, Ghostrunner 2 segue as pisadas do seu antecessor, Ghostrunner lançado no ano de 2020, recebendo bastantes críticas positivas por parte da imprensa especializada e tendo inclusive vendido qualquer coisa como 2,5 milhões de unidades.

Ghostrunner 2 é a sequela direta do seu antecessor e a história ocorre precisamente um ano após os eventos do primeiro jogo. Recordando um pouco, os jogadores voltam ao último refúgio da humanidade, a Dharma Tower, uma localidade célebre pelo caos e violência, governada por um tirano, o Keymaster. Depois de derrotado, o povo pensava que finalmente tinha chegado a liberdade, porém estavam completamente errados. A morte do líder originou uma desmedida sede de poder, aparecendo muitos membros de duvidosos gangues a tentarem a todo o custo serem nomeados governador. Contudo, o crescimento do Interface Council afigura-se uma luz ao fundo do túnel. Os jogadores assumem o papel de um Ninja Cibernético, auxiliando ao Interface Council a repor a ordem e paz, neste mundo completamente disfuncional.

Ghostrunner 2 é a sequela direta do seu antecessor...

Ghostrunner 2 é carinhosamente descrito pelos seus desenvolvedores como um título “Fisrt-Person Platformer Action-Combat, push-forward, momentum, movement, semi-open level design, motorcycle combat.”! Tal como o seu antecessor, é ambientado num mundo pós-apocalíptico e cyberpunk, saltando de imediato à visa a ação vertiginosa e alucinante. Tudo é executado a velocidades elevadas, sendo completamente obrigatório estudar bem as opções que devemos tomar antes de decidirmos arriscar o nosso movimento. A personagem tem de atravessar ambientes perigosos, correndo, saltando, deslizando, quer pelo chão, como pelas paredes. Pelo caminho, encontrará inimigos, como não poderia deixar de ser, porém, tal como na movimentação, todo o cuidado é pouco, uma vez que podemos matar ou morrer através de um golpe solitário. Á medida que avançamos na história, podemos desbloquear habilidades e melhorias, para a nossa personagem, tornando-a mais poderosa e capaz de enfrentar todos os desafios.

Ghostrunner 2 é carinhosamente descrito pelos seus desenvolvedores como um título “Fisrt-Person Platformer Action-Combat, push-forward, momentum, movement, semi-open level design, motorcycle combat.”!

Uma novidade em relação ao seu antecessor é o facto de em Ghostrunner 2, o jogador pode recorrer a um motociclo para ainda ser mais veloz, deslocando-se pelo cenário, conduzindo sobre telhados e paredes, aumentando o ritmo (que também já era bastante acelerado), cortando inimigo por inimigo. É impossível não tecer comparações com o título de 2020, por isso apraz-me referir que tudo aquilo que o Ghostrunner original se destacava, foi de facto atualizado e ampliado, tornando os níveis mais expansivos desde o início, existindo agora vários ângulos a partir dos quais se pode abordar muitos dos inimigos. E vice-versa, por isso, toda a atenção é pouca. Outra inovação introduzia são as estrelas ninjas com uma espécie de corda que permite à personagem alcançar locais mais altos ou hologramas para distrair os adversários.

Uma novidade em relação ao seu antecessor é o facto de em Ghostrunner 2, o jogador pode recorrer a um motociclo para ainda ser mais veloz, deslocando-se pelo cenário...

Morrer, repetir, morrer, repetir, este é o ciclo de Ghostrunner 2. A repetição é fundamental, sendo um título onde o jogador tem que saber conviver com a tentativa e erro. Tentar de uma forma, morrer, depois tentar de outra, é assim que funciona. Sinceramente, ao fim de algum tempo acabamos por nos acostumar e aceitar essa situação, no entanto compreendo que possa causar muita frustração, sobretudo naqueles que não se conseguirem conviver com essa situação. Eu próprio, vivenciei momentos em que a irritação começou a apoderar-se do meu estado de espírito, mas nada como uma respiração profunda para ultrapassar essa perturbação.

A nível gráfico, Ghostrunner 2 prima por uma estética visual apurada, repleta de néons coloridos e vibrantes, caracterizando de sobremaneira o ambiente cyberpunk, pós-apocalíptico, futurista e cibernético. Este tipo de cenários já não são propriamente novidade no mundo dos videojogos, porém este título chamou-me a atenção, muito por causa dos ecrãs brilhantes e intensos que iluminam a noite escura e taciturna. Tudo isto, com um nível de detalhe incrível e aprimorado, tornando-se deveras apelativo. A sonoplastia também assume um papel vital na aventura, uma vez que cria sensações de tensão e pressão, ao mesmo tempo que parece aumentar a velocidade de jogo, fruto de efeitos especiais ou até mesmo da componente musical mais intensa quando nos aproximamos dos inimigos.

A nível gráfico, Ghostrunner 2 prima por uma estética visual apurada, repleta de néons coloridos e vibrantes...

Existem imensos jogos espalhados por este universo mágico dos videojogos que ficam célebres e são idolatrados pelos mais variados aspetos. Uns devido às suas histórias marcantes e cativantes, outros pelos grafismos fantásticos e realistas, outros simplesmente por o mundo que em que inserem é completamente incrível. Ora, Ghostrunner 2 é simplesmente divertido de se jogar e quando assim é, está tudo dito (neste caso escrito). Ainda assim, e novamente em comparação com o título anterior, o estúdio de desenvolvimento optou por estender a experiência ao invés criar algo diferente, inovador e mais apelativo.

Em suma, Ghostrunner 2 dá seguimento ao que de bom foi apresentado no seu antecessor, porém não é um título propriamente fácil. A introdução de motociclos, aumenta ainda mais a sensação de velocidade e de ritmo. A repetição é constante e o jogador tem que saber conviver com a tentativa e erro.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas


 
 

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