JOGOS: Fae Farm | Análise

6.10.23

Voltando novamente atenções para títulos da Nitendo Switch, desta vez para escrever algumas palavras sobre o Fae Farm, um simulador de vida numa quinta, com alguns elementos de RPG.

Desenvolvido e publicado pelos estúdios canadianos Phoenix Labs, Fae Farm é o segundo jogo disponibilizado pelo estúdio, depois de Dauntless um RPG free-to-play lançado no passado ano de 2019, que obteve reações mistas por parte da imprensa especializada.

Para o jogador ter uma ideia daquilo que o espera, Fae Farm recolheu inspiração em títulos como Animal Crossing, Stardew Valley e Harvest Moon e apresentou uma proposta com contornos semelhantes, mas salpicando-o aqui e ali, com um cunho pessoal, tentando marcar a diferença em determinadas áreas.

Neste género de jogos, a história é claramente remetida para um plano secundário, começando quase de imediato a aventura. A nossa personagem encontra uma a garrafa a boiar no mar. No seu interior, uma enigmática mensagem, indicando que o primeiro que visitasse Azoria, o país das fadas, teria direito a um local mágico para habitar. Rapidamente entra a bordo do seu navio, com o destino traçado, porém, um redemoinho destrói a embarcação e graças a um pedaço de madeira, a personagem consegue a terra firme, sendo salvo pelo President Merrit, responsável máximo de uma comunidade agrícola, que de imediato nos acolhe e nos oferece uma pequena quinta. Porém, ele conta que o local está infestado de magia negra e é impossível fugir pelo mar. A partir desse momento, o jogador dá início à sua jornada.

Neste género de jogos, a história é claramente remetida para um plano secundário, começando quase de imediato a aventura.

A primeira tarefa é o processo de personalização da personagem, que gera sempre alguma controvérsia, uma vez que é amado por uns e considerado uma perda de tempo por outros, tanto neste jogo como em todos os outros que possuem processos de customização semelhantes. Ainda assim, Fae Farm disponibiliza as opções habituais, como o formato do corpo, os olhos, a boca, o cabelo, pelos faciais, acessórios e até sons. De salientar que não é possível dar o nome à personagem, pois ele assume aquele o utilizador tem na consola. Por outro lado, é importante não esquecer de atribuir um nome à quinta ou propriedade, uma vez que se não o fizer nesta altura, não o irá conseguir alterar mais tarde.

A jogabilidade é bastante semelhante aos títulos indicados acima, assente numa premissa relaxante e sem demasiada violência, amiúde noutros tipos de jogos. Basicamente, existem questões ambientais que necessitam de ser resolvidas, como por exemplo gás venosos, plantas com espinhos e redemoinhos, sendo da responsabilidade do jogador a sua resolução. Para isso, é necessário coletar recursos, cultivar alimentos, ganhar moedas, reunir materiais, tudo para criar antídotos e poções essenciais para ultrapassar esses obstáculos. Para além disso, existem masmorras, que apesar de serem pouco desafiantes, são divertidas para quebrar um pouco a repetibilidade da ação. Através da nossa varinha mágica, enfrentamos pequenas criaturas que depois de superadas, garantem-nos itens importante, como minerais e carvão, para melhorar as nossas ferramentas.

Para isso, é necessário coletar recursos, cultivar alimentos, ganhar moedas, reunir materiais, tudo para criar antídotos e poções essenciais para ultrapassar esses obstáculos.

A magia também pode ser usada para agilizar e facilitar o processo de desenvolvimento das nossas plantas e alimentos, pois podemos regar ou recolher de uma só vez, todas as plantações. Depois existe todo um processo cativante de decoração da nossa casa, bem ao estilo The Sims, obviamente que mais limitado, onde podemos decorar com móveis a gosto, quadros, no fundo, uma personalização ao gosto de cada jogador.

Fae Farm tem inúmeras missões, desde as principais, as secundárias e até mesmo quests, porém todas elas são simplistas e adequadas ao estilo do jogo, passando por ir a determinado local recolher um objeto, ou ir pescar um peixe especial, sempre dentro mesmo género. No entanto, tenho de referir que as personagens com quem interagimos parecem (todas elas) ter falta de personalidade ou carisma, apenas debitando linhas de diálogo muito superficial e sem emoção. O jogo inteiro pode ser jogado no modo multijogador até quatro jogadores em simultâneo, o que o torna, por razões óbvias, mais divertido. As responsabilidades de pescar, cultivar e cuidar das criaturas são partilhadas entre amigos, o que lá está, aumenta exponencialmente a diversão.

Fae Farm tem inúmeras missões, desde as principais, as secundárias e até mesmo quests, porém todas elas são simplistas e adequadas ao estilo do jogo...

Graficamente, Fae Farm pode ser apelidado de “fofinho e carinhoso”. Um pouco estranho, mas na verdade são talvez os melhores adjetivos para o caracterizar. Muitas cores, cenários e personagens baseados em séries de desenhos animados ou livros juvenis, porém apresentado uma direção de arte bastante cativante. A sonoplastia é razoável, isto porque as personagens não falam, apenas emitem alguns sons como “Ah Oh” ou soltam risadas divertidas. Nota menos positiva para os demorados e enfadonhos loadings, porém o título permanece estável e sólido durante todo o gameplay.

O jogo inteiro pode ser jogado no modo multijogador até quatro jogadores em simultâneo, o que o torna, por razões óbvias, mais divertido.

Resumindo, Fae Farm é uma experiência divertida, sobretudo para os amantes de títulos mais relaxantes, tranquilos e de simulação de agricultura, sempre com muitas atividades para realizar. A falta de vida e entusiasmo das personagens pode ser um contratempo, porém o grafismo cativante compensa esse pequeno aspeto menos positivo.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas


 
 

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