DESPORTO: Liga dos Campeões | Mónaco – FC Porto | Rescaldo e opinião

27.9.17


O FC Porto reagiu da melhor maneira à derrota caseira da primeira jornada da Liga dos Campeões tendo infligido ao atual campeão francês uma derrota pesada por três bolas a zero.

Se os números do resultado final podem ser surpreendentes, mais ainda foi a novidade no onze inicial apresentada por Sérgio Conceição, colocando e estreando na equipa Sérgio Oliveira, até aqui sem qualquer minuto de jogo em qualquer competição. Ao contrário do jogo com o Besiktas, desta vez o meio campo azul e branco foi constituído por três elementos o que se veio a verificar decisivo para o desfecho da partida, pois permitiu ter mais consistência na zona intermediária, o que a este nível é imprescindível.

 imagem fcporto.pt

Foi um FC Porto diferente do habitual, menos pressionante e autoritário, mais expectante e cauteloso, mas sem nunca descurar a baliza adversária. Sem o domínio absoluto do jogo e com menos posse de bola, os azuis e brancos também nunca permitiram grandes ocasiões aos adversários. Foi então que Danilo aos 31 minutos num remate à meia volta proporciona uma defesa de recurso a Diego Benaglio permitindo a recarga a Vincent Aboubakar que só à segunda tentativa conseguiu finalmente marcar o primeiro golo da partida. Seguiram-se alguns bons momentos, com ambas equipas na procura de marcar, mas até final da primeira metade, as melhores ocasiões pertenceram sempre aos portistas.

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Na segunda parte esperava-se um Mónaco mais afoito no ataque e um FC Porto mais retraído e foi exatamente isso que se verificou, no entanto a defensiva azul e branca esteve sempre muito atenta e ia anulando todas as tentativas de ataque dos monegascos. Numa de muitas saídas rápidas para o ataque, Moussa Marega isolado com grande mestria através de um passe de 40 metros de Sérgio Oliveira, remata à figura do guardião adversário, falhando assim aquele que poderia ter sido o segundo golo da partida. No entanto, esse tento não tardou muito, novamente numa rápida jogada de transição, iniciada por Yacine Brahimi desmarcando o velocíssimo Moussa Marega que cruzou com conta, peso e medida para Vincent Aboubakar que não teve dificuldades para marcar o segundo golo. De imediato e se calhar demasiado precipitado, Sérgio Conceição retira de campo Yacine Brahimi e Vincent Aboubakar, possivelmente já a pensar no próximo jogo de domingo, e coloca Miguel Layún e Jesús Corona e se Radamel Falcao transforma em golo a melhor oportunidade em todo o desafio, os portistas podiam ter que sofrer, mas para além de não marcar o Mónaco ainda sofreu o terceiro golo após uma jogada de insistência e finalizada por Miguel Layún.

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Destaque individual para Vincent Aboubakar que depois de algumas criticas no final do confronto com o Besiktas por aparecer no balneário do conjunto turco, respondeu da melhor forma ao marcar dois golos importantes e Moussa Marega, incrível a forma como luta, corre e desgasta os seus adversários e apesar de ter visíveis limitações técnicas, é notável o seu crescimento dentro da equipa sendo já um dos elementos fundamentais deste excelente inicio de temporada por parte do FC Porto. Nos monegascos, apesar de estar recheado de elementos com grande potencial ninguém se evidenciou em demasia e a escolher alguém teria que ser João Moutinho pois apresentou grande qualidade no passe.

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Resumindo, vitória sem margens para dúvidas e ganhar desta forma tão evidente frente ao campeão francês no seu reduto, não está ao alcance de todos. Os pontos perdidos em casa frente ao Besiktas já estão recuperados e agora é necessário dar seguimento a esta vitória já no próximo confronto frente aos alemães do Leipzig.

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