Chegou a hora de analisar a Liga de futebol Italiana - Serie A, que outrora foi o expoente máximo do futebol Europeu, mas que ano após ano vem perdendo qualidade para outras ligas atualmente mais prestigiadas como a Inglesa (Premier League), Espanhola (La Liga) ou a Alemã (Bundesliga).
Em termos pessoais sempre fui um grande
adepto do futebol Italiano, inclusive sempre nutri um carinho muito especial
pela Squadra
Azzurra e pelo Inter de Milão, agora bastante longe
dos tempos em que lutava pelo Scudetto.
A Juventus conquistou o
título, o seu 6º consecutivo, mas desta vez sem larga vantagem sobre os diretos
opositores, Roma e Nápoles. Foi uma época quase
perfeita para a Juve, pois para além do Scudetto, conquistou a Taça
de Itália (TIM Cup) e perdeu na Final da Champions contra Real
Madrid.
Os atuais rivais Roma
e Nápoles
fizeram uma época semelhante as anteriores onde foram alternando o 2º
e 3º
lugar, e deram luta até ao final, no entanto, mais uma vez não
conseguiram alcançar o tão ambicionado título. De salientar pela positiva as
excelentes campanhas de Atalanta que terminou num fantástico
4º
lugar e da Lázio que para além do 5º posto atingiu a final
da Taça de Itália, perdendo-a para a Juventus. Nota de
destaque também para o Crotone que a dada altura parecia
condenado à descida de divisão, no entanto efetuou uma fantástica recuperação
na tabela conseguindo garantir a manutenção no principal escalão, graças a uma
ponta final deveras impressionante.
Pela negativa tenho que assinalar
as duas equipas de Milão, (AC Milão e Inter) que mais uma vez protagonizaram
épocas para esquecer, onde nem de perto chegaram a incomodar as equipas do topo
da tabela apesar de grandes investimentos realizados. Registo negativo também
para a Fiorentina de Paulo Sousa, que entretanto
abandonou o comando da equipa, pois não conseguiu atingir um lugar europeu e
tinha potencial na equipa para alcançar esse feito. Relativamente aos
despromovidos, Pescara e Palermo cedo se percebeu que não
teriam grandes hipóteses de garantir a permanência na Serie A, sendo que quem o
acompanhou na descida de divisão foi a equipa o Empoli quando tudo
parecia indicar que iram ficar no 1º escalão, mas a recuperação fantástica do Crotone
assim não permitiu.
A nível individual, o destaque
vai para:
Apesar da boa época de Gigi Donnarumma (AC Milão) que
vem sendo apontado como o seu sucessor natural, Buffon realizou mais uma época ao
seu nível habitual, sendo um dos responsáveis pela conquista do Scudetto e pela
defesa menos batida da prova. Aos 39 anos provou que a idade ainda é um posto.
O jovem lateral é o responsável por todo o corredor direito da sua equipa tendo marcado 8 golos e realizado 4 assistências. Foi um dos jogadores mais influentes em toda a manobra da Atalanta e contribui e muito para o regresso as competições europeias 26 anos depois da ultima presença. Veremos se irá continuar ou sairá para uma equipa de maiores ambições.
Defesa Central – MATTIA CALDARA (Atalanta)
Mais um jovem valor que realizou uma grande temporada sendo bastante
importante na coesão defensiva, mas sem nunca descurar a possibilidade de
contribuir com golos tendo apontado 7, o que para um defesa central é sempre de
assinalar. É jogador da Juventus, mas vai voltar a jogar na Atalanta na condição
de emprestado para o próximo ano estando previsto fixar-se na Juve apenas no
final da próxima época.
Defesa Central – GIORGIO CHIELLINI (Juventus)
Apesar de não ser apreciado por
muitos e também por exagerar na dureza com que disputa de alguns lances,
Chiellini é um jogador chave na sua equipa e também na Squadra Azzurra. Joga
sempre com a mesma intensidade e determinação num sistema com 3 defesas
descaído para a esquerda ou com apenas 2 centrais, sendo fundamental para a
solidez defensiva.
Foi dos jogadores mais influentes da Juve, jogando a defesa esquerdo ou
como ala, fazendo todo o corredor sempre muito consistente e auxiliando os seus
colegas do setor ofensivo. Despertou a cobiça dos maiores emblemas europeus e
veremos se a Juve resiste as milionárias propostas que poderá receber.
Médio Centro – RADJA NAINGGOLAN (Roma)
Um autentico médio “box to box”,
com excelentes atributos físicos, capacidade de trabalho fora do comum e enorme
versatilidade, o belga é um dos jogadores mais desejado pelos grandes clubes da
Premier League, onde o seu estilo de jogo combativo encaixaria bem. Para além
disso, este ano conseguiu ainda marcar 11 golos na Seria A (14 no total das
competições).
Médio Centro – LUCAS BIGLIA (Lazio)
Depois de um início conturbado da
Lazio, onde Bielsa deixou o clube 2 antes do começo do campeonato, Biglia foi o
principal aliado de treinador Simone Inzaghi tendo colocado em campo todo o seu
carisma e personalidade, mostrando ser em campo um verdadeiro líder e natural
capitão. Conduziu o clube a um fantástico 5º lugar e foi igualmente importante
na seleção Argentina.
Se não foi o melhor jogador da época, andou lá perto, tal a qualidade de
jogo demonstrada nos relvados transalpinos. Realizou a sua melhor época de sempre,
marcando 16 golos e efetuando 10 assistências. Teve oportunidade de assinar em
janeiro pelo AC Milão, mas preferiu ficar, veremos até quando.
Depois de perder Higuain e Milik se ter lesionado com gravidade, o
treinador Maurizio Sarri decidiu apostar em Mertens como um falso 9, mas se
calhar nunca imaginou o sucesso que essa mudança iria originar. Mertens formou
com Insigne e Callejon o tridente atacante mais temível na Seire A,
contribuindo com 28 golos (38 em todas as provas) a 1 do melhor marcador Dzeko
e 9 passes certeiros para golo. Atraiu as atenções de grandes clubes europeus.
Avançado – EDIN DZEKO (Roma)
Depois de uma primeira época
emprestado pelo Man City onde foi pouco produtivo, este ano provou toda a razão
do investimento feito nele, sendo o melhor marcador na exigente Serie A com 29
golos (43 no total das competições), estando ao nível dos avançados mais
produtivos de todas as Ligas.
Avançado – LORENZO INSIGNE (Nápoles)
Considerado como uns dos
jogadores com mais talento da Serie A, este ano provou que deixou de ser uma eterna
promessa passando a indispensável quer na sua equipa com na Squadra Azzurra. 18
golos e 9 assistências são números indesmentíveis da sua preponderância em
campo.
Imagens: zerozero.pt
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