JOGOS: Greak: Memories of Azur | Análise

24.8.21

Recentemente tivemos acesso ao título Greak: Memories of Azur, na sua versão para Playstayion 5, um jogo indie desenvolvido pelos estúdios Navegante Entertainment e publicado pela Team17.

Greak: Memories of Azur é um jogo side scrolling, com uma particularidade que salta imediatamente à vista, ou seja, todas as personagens, cenários, animações e componentes do jogo são desenhadas e pintadas à mão.

A história resume-se às vivências de três irmãos, Greak, Adara e Raydel e o objetivo passa por guiá-los, alternadamente, pelos perigosos e sinistros caminhos das terras de Azur. Cada um tem a sua habilidade especifica, útil para determinadas situações, tendo como pano de fundo, escapar da invasão dos Urlags. Cada nível é concebido de forma que cada personagem possa dar o seu contributo, utilizando as suas habilidades únicas, auxiliando os outros dois a progredir no jogo.

Mas antes disso, convêm dizer que Greak, que também dá o título ao jogo, é o nome da personagem principal, no caso o irmão mais novo dos três e que pertence a uma tribo apelidada de Courines, que fazem da magia as suas maiores virtudes. A batalha frente aos Urlags já se arrasta há um longo tempo e Greak procura a todo o custo um reencontro com os seus irmãos, de modo a construírem um dirigível para escaparem das assoladas terras de Azur

 

Greak é o mais rápido, ágil e por causa do seu reduzido tamanho, cabe em espaços pequenos e estreitos, possuindo ainda uma útil espada, de nome Laurean que foi oferecida por Raydel.


 Adara é uma aprendiza muito talentosa do mosteiro Prya e é a irmã do meio. As suas habilidades de levitação e de mergulho, fazem dela uma excelente opção para quando necessitamos de explorar os cenários. Ela utiliza magia para fazer ataques à distância contra os inimigos. 

 

Por fim, Raydel, o irmão mais velho é um dos melhores guerreiros de Azur, sendo excelente no confronto corpo a corpo, por causa da sua espada sagaz e do seu escudo poderoso. Para a sua movimentação em locais mais complexos, Raydel faz uso do seu robusto gancho.


Ao longo da demanda, os jovens irmãos irão deparar-se com quebra-cabeças, que quando resolvidos com sucesso, permitem coletar as peças necessárias para a construção da tão ambicionada aeronave. Podem esperar um pouco de tudo, porém nada de extremamente complexo, resumindo-se essencialmente em encontrar formas de destrancar portas ou passagens, colocar determinados itens nos locais certos, alinhar feixes de luz em espelhos, tudo situações cativantes e nada aborrecidas. Mas nem tudo se resume a puzzles, pois os inimigos estão bem presentes e dificultam assertivamente a nossa árdua tarefa. Existem vários tipos de incautos, todos eles com artimanhas díspares, que tentam a todo o custo, parar a nossa evolução na trama.

A jogabilidade é a típica de um jogo deste género, ou seja, bastante fluída e de fácil aprendizagem, porém tenho que salientar que por vezes pode parecer um pouco confusa, sobretudo quando temos que percorrer os caminhos com os três irmãos selecionados. Era uma boa oportunidade para os criadores terem apostado no modo cooperativo, tão bem presente noutros títulos, mas temos que ter em mente que se trata de um indie e muito provavelmente com um baixo orçamento. 

Porém e apesar de uma história cativante, sobre a união da família, o que realmente impressiona é a fantástica direção de arte. Toda a animação, cenários, personagens, cada detalhe, parecem saídos de um autentico livro de ilustrações desenhadas à mão. A variedade de minuciosos pormenores é tanta, desde a azáfama nas pequenas vilas, às profundezas das sinistras e taciturnas cavernas, que muito sinceramente, é um autentico regalo para os nossos olhos.

A sonoplastia é outro componente deste jogo que consegue elevá-lo a nível um pouco acima- dos tradicionais indies, pois todos os temas musicais, assim como os efeitos especiais, que estão realmente muito bem conseguidos e conferem ao jogo uma alma bastante especial e única.  Uma nota final para a presença do idioma português, ainda que a sua versão portuguesa do brasil, nos menus existentes no jogo, o que é sempre de salientar e destacar.

Resumindo, Greak: Memories of Azur é uma experiência bastante agradável, assente sobretudo num visual bem cuidado e repleto de detalhes, bem acompanhado por uma admirável banda sonora. A existência de um modo cooperativo poderia eleva-lo a outro patamar, ainda assim não deixa de ser um grande exemplo para outros indies.

Esta análise foi realizada com uma cópia cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.


 
 

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