JOGOS: Metro: Redux | Análise

12.2.19


Recentemente, tive a oportunidade de jogar pela primeira vez o título Metro: Redux, que apesar de já ter sido lançado em agosto de 2014, decidi agora experimentar, por três motivos. Primeiro porque o argumento do(s) jogo(s) é baseado no célebre e premiado romance do escritor russo Dmitry Glukhovsky, segundo porque Metro: Redux é uma compilação de dois jogos, Metro 2033 e Metro Last Light disponibilizados em consolas da geração anterior, mais concretamente em março de 2010 e maio de 2013, respetivamente, e terceiro porque o lançamento do novo Metro Exodus está quase a chegar, mais concretamente no dia 15 de fevereiro.

Em Metro, a histórica passa-se na cidade Russa de Moscovo, devastada por um apocalipse, mergulhada num caos e destruição, onde os poucos sobreviventes procuram a todo o custo e meios, sobreviver. Para tal, decidem ocupar os túneis subterrâneos do metro da cidade, dando inicio a uma nova esperança de vida, desta vez sem a possibilidade de ver a luz do dia. Obviamente que os mistérios, temores e horrores, estão presentes quer sob a forma humana, onde frações inimigas pretendem tomar de assalto aquilo que estoicamente conquistamos ou quer através dos ferozes e atrozes ataques de criaturas horripilantes que compartilham as vivencias da cidade estando sedentas de carne humana. Em ambas as aventuras, assumimos o papel de um jovem russo de nome Artyom que indignado perante o incauto cenário, procura perceber a razão que originou a decadência da sociedade originando o caos e a desordem.


Ao jogar ambos os jogos, que deverão ser experienciados pela ordem Metro 2033 e só depois Metro Last Light, temos que ter sempre em mente que pertencem à geração anterior das consolas, apesar de sofrerem inúmeros melhoramentos na jogabilidade, grafismo e até inclusão de novas funcionalidades. Por isso é impensável comparar com títulos mais recentes ou mesmo atuais, sobretudo do mesmo género, First Person Shooter.

Para nos auxiliar nas nossas tarefas, estão ao nosso dispor diversas armas, que podem ser customizadas de acordo com as nossas preferências, poder de fogo, silencio no disparo ou apoio à pontaria, entre outros. Facas para ataque corpo a corpo ou para serem atiradas aos inimigos, também estão presentes e são extremamente úteis quando queremos adotar uma postura mais stealth e poupar as poucas e sempre necessárias balas. A juntar a todo o arsenal, ainda temos dinamite e granadas de outros tipo, importantes para zonas infestadas de criaturas monstruosas ou repletas de inimigos, no entanto o barulho que provocam, podem atrair ainda mais seres indesejáveis.


Nas zonas mais superficiais do metro ou onde os níveis de radiação estão mais altos e ativos, é indispensável o uso de uma máscara de gás que se vai deteriorando nos combates e cujos filtros duram determinado tempo, sendo necessário troca-los. Outro aspeto que pode e deve ser utilizado a nosso preceito é a luz ou a falta dela em determinados locais, pois os movimentos dos inimigos podem ser reconhecidos graças as luzes que possuem e em locais mais escuros podemos evitar determinados hostis, simplesmente escondendo-nos na obscuridade.

A jogabilidade está interessante, nada de muito inovador e surpreendente, mas cumpre o necessário para ser um bom First Person Shooter. Nesse aspeto, saliento situações como a obrigação de vasculhar todos os cantos do mapa à procura de itens preciosos como filtros para a máscara e as indispensáveis e raras balas, porque a nossa salvação depende disso. 


A nível gráfico, como não joguei as versões das consolas da geração anteriores, a minha opinião apenas se cingirá a esta versão “remasterizada”, sendo que ambos os jogos estão bastante razoáveis, apesar de não deslumbrarem. O que realmente mais me impressionou foi a sensação de claustrofobia e medo de estar num ambiente hostil, transmitida em alguns dos cenários recriados nas profundezas do metro, um fator deveras importante para o um título deste tipo. 

Por fim, uma pequena nota ambígua sobre a sonoplastia. Se por um lado é visível o lado medíocre nas cutscenes, onde as expressões faciais não coincidem com as vozes das personagens e até mesmo nos sons dos disparos de algumas armas, por outro lado, o sotaque russo acentuado amiudamente presente nas principais personagens e o tenebroso som emitido pelo aproximar das criaturas, são elementos que conferem positividade e credibilidade ao título.

Em suma, Metro: Redux revela-se uma excelente oportunidade para jogar ambos os títulos, agora melhorados e otimizados para as consolas da nova geração e sobretudo para aqueles que nunca vivenciaram o universo recriado por Dmitry Glukhovsky. Aqueles que já os jogaram noutras plataformas e não forem fãs acérrimos da série, não encontraram nada de muito inovador para voltarem a reviver as adversidades em Moscovo pós-apocalipse.


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