LIVROS: Sugestão de Leitura: O Jardim da Minha Avó | Jordan Scott

20.6.24

Jordan Scott, poeta premiado, e Sydney Smith, vencedor do prémio Hans Christian Andersen 2024, na categoria de Ilustração, voltam a criar uma obra de rara beleza.

Depois de Eu Falo Como um Rio, o poeta recorre de novo às suas memórias de infância, desta vez ligadas à avó polaca, a sua amada Baba. As ilustrações artísticas e calorosas e o texto pungente evocam um mundo quase desaparecido, que continuamos a procurar em pequenos rituais e recordações familiares. 

«Ela mal falava inglês, por isso comunicávamos por meio de gestos, toques e risos.» Numa nota inicial, o poeta conta a origem desta história sobre esta avó que «tinha uma forma diferente de viver.» Uma evocação da relação entre os mais velhos e as crianças, por vezes feita de poucas palavras, mas gestos imensos. 

«Percebi, em tenra idade, que ela tinha uma forma diferente de viver. Guardava restos de sabão debaixo do lava-louça até ter o suficiente para uma nova barra. Armazenava alimentos em todos os cantos da casa. Quando eu deixava cair, sem querer, um pedaço de comida ao chão, a minha Baba apanhava-o num pestanejo, dava-lhe um beijo e devolvia-mo. Depois, ficava a ver-me comer e dizia: “Come, seu lingrinhas!” Às vezes, ria-se quando me dizia isso, outras vezes chorava.»

SINOPSE

Um menino relata as suas visitas diárias a casa da Baba, a sua amada avó, que sobreviveu à guerra, com muitas dificuldades. Não falam a mesma língua, mas, enquanto comem, fazem jardinagem e caminham juntos, ela ensina-o a apreciar e a cuidar dos outros e da terra.

Este livro, baseado nas memórias de infância do próprio Jordan Scott e ilustrado por Sydney Smith, é um digno sucessor da obra anterior desta dupla, Eu Falo como um Rio, vencedor de vários prémios e distinções.

Uma celebração bela e terna da relação entre avós e netos, e dos laços profundos que se criam através de simples gestos de amor.

O AUTOR

Jordan Scott é um poeta canadiano cuja obra inclui Silt, Blert, Decomp e Night & Ox. Blert, que explora a poética da gaguez, foi objeto do documentário Flub and Utter: A Poetic Memoir of the Mouth, de Scott Nihill e Sabrina Saccoccio (National Film Board of Canada, 2012). Em 2018, o autor recebeu o Latner Writers' Trust Poetry Prize pelo seu contributo para a poesia canadiana. Eu Falo Como Um Rio recebeu o aplauso da crítica e vários prémios e nomeações internacionais.

O ILUSTRADOR

Sydney Smith é um ilustrador canadiano consagrado que já recebeu importantes prémios pelo seu trabalho. Os seus livros, entre os quais Ser Pequeno na Cidade, o primeiro que simultaneamente escreveu e ilustrou, têm sido aclamados pela crítica. Este livro recebeu o Governor General's Literary Award, assim como a Medalha de Prata da Society of Illustrators, em Nova Iorque. Recebeu ainda o Governor General's Award for Illustrated Children's Books e os seus livros foram nomeados, por quatro vezes consecutivas, para a distinção de Melhor Livro Infantil Ilustrado do Ano pelo New York Times.

Eu Falo como um Rio (ed. Fábula) recebeu vários prémios e distinções, e Sydney Smith foi distinguido este ano com o mais importante prémio da Literatura Infantil, o prémio Hans Christian Andersen, na categoria de Ilustração.

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