JOGOS: Clockwork Aquario | Análise

10.12.21

Nos últimos dias recebemos o título Clockwork Aquario na sua versão para a Nintendo Switch, um jogo desenvolvido pelos estúdios Westone, os mesmos responsáveis pelo clássico Wonder Boy de 1986 e publicado pela Strictly Limited Games.

Clockwork Aquario tem uma particularidade bastante peculiar, uma vez que era suposto ter sido lançado há qualquer coisa como 30 anos atrás! Sim, leu bem e não é engano. Por dispares motivos, o projeto nasceu, mas nunca chegou a ver a luz do dia, até agora! Num esforço conjunto entre a os estúdios de desenvolvimento Westone e a Strictly Limited Games, foi finalmente concluído dando a possibilidade a todos os interessados, reviver os momentos gloriosos do passado.

Clockwork Aquario é um jogo de plataformas de ação, que contém traços de outros títulos com muito sucesso como o Super Mario Bros ou Wonder Boy III: Monster Lair. Como não podia deixar de ser, neste tipo de títulos, o jogador é convidado de imediato a entrar em ação, assumindo o papel de Huck Rondo ou Elle Moon ou Gash, um pequeno robot. E a premissa não podia ser mais simples e trivial, ou seja, a sua missão é impedir um tirano, Dr. Hangyo, de dominar o mundo.

Ao todo são cinco níveis, onde no fim de cada um o jogador necessita de derrotar um mini-boss, de modo a conquistar uma chave especial que dá acesso ao covil do boss principal. As personagens conseguem socar os inimigos ou pegar no incauto e atira-lo contra os outros, fazendo combos e aumentando o multiplicador de pontos. A jogabilidade é bastante simples e prática, uma vez que são precisos poucos botões para começarmos diretamente na ação. Existe um sistema rudimentar de energia, em que são precisos dois acertos dos inimigos para nos derrotar. Existem formas de recuperar a energia, coletando itens de saúde, porém são escassos, por isso é necessária muita preocupação e cuidado, mas atenção o relógio não pára. Perdendo todas as vidas, o jogador necessita de começar o nível desde o seu inicio. 

Clockwork Aquario é realmente um título sucinto e rapidamente, com maior ou menor dificuldade o jogador consegue terminar a aventura, não existindo grandes motivos para reviver a experiência. Porém, isso não significa que seja uma má experiência, aliás antes pelo contrário, uma vez que a repetibilidade não é excessiva. O modo cooperativo local até um máximo de dois jogadores, confere-lhe um pouco mais de longevidade e diversão, uma vez que jogando em conjunto, a experiência torna-se ainda mais agradável.

Graficamente é realmente bastante agradável, assente numa palete de cores bastante coloridas e garridas, com um estilo retro, onde o pixel é o rei. Obviamente temos que ter em mente que o jogo foi pensado no ano de 1992 e as ambições gráficas dessa era eram claramente outras. Ainda assim, nos dias que correm, consegue facilmente despertar atenções, ou melhor, saudades. É sempre um privilégio recordar, por isso é sem sombra de dúvidas um gosto voltar atrás no tempo e reviver gloriosas aventuras que tanto nos fizeram sonhar. A acompanhar, a banda sonora presente, da autoria de Shinichi Sakamoto, uma lenda da Westone, confere-lhe uma agradável melodia, elevando o título a um patamar bem alto do seu segmento.

Resumindo, Clockwork Aquario é uma experiência agradável, permitindo recuar a outros tempos onde o pixel era o rei e vivenciar uma aventura curta, mas ao mesmo tempo valorosa. O modo cooperativo acrescenta um pouco mais longevidade, partilhando a diversão com outro amigo.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.


 
 

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