JOGOS: Emio - The Smiling Man Famicom Detective Club | Análise

20.9.24

Numa altura de muitos lançamentos, tivemos acesso a mais um título para a consola Nintendo Switch, desta vez o Emio - The Smiling Man: Famicom Detective Club, um jogo point-and-click de aventura com aspetos de visual novel ou melhor escrevendo um, thriller policial macabro. Intrigados?

Desenvolvido através de uma colaboração entre a Mages (responsável por inúmeros jogos essencialmente produzidos para o mercado asiático) e a Nintendo, sendo publicado mundialmente pela própria Nintendo, Emio - The Smiling Man: Famicom Detective Club é quarto título da saga Famicom Detective Club, tendo a curiosidade de ser o primeiro título novo em mais de 27 anos.

NARRATIVA

A história ocorre no Japão e tem o seu epílogo no misterioso assassinato de Eisuke Sasaki, um comum aluno do terceiro ciclo de uma escola nipónica. Inicialmente tudo apontava para um homicídio isolado, contudo, percebeu-se que este caso está diretamente conectado com uma antiga lenda urbana, o assassino em série apelidado de Emio, que conta com um passado tenebroso a cometer terríveis crimes. Emio ou o The Smiling Man tem a particularidade de atuar com uma máscara feita de um saco de papel, com um largo sorriso desenhado e que dava às suas vítimas um "sorriso que irá durar para sempre".

...The Smiling Man pois tem a particularidade de atuar com uma máscara feita de um saco de papel, com um largo sorriso desenhado e que dava às suas vítimas um "sorriso que irá durar para sempre".

O jogador assume o papel de um investigador privado, com ligações à Agência de Detetives Utsugi, que em conjunto com as autoridades locais, vão tentar encontrar o criminoso e desvendar as razões de mais um macabro crime ou descobrir outras aclarações, como por exemplo, perceber se o The Smiling Man existe mesmo... ou haverá um novo culpado a dar continuidade ao seu legado?

JOGABILIDADE

Emio - The Smiling Man: Famicom Detective Club, tal como referido um pouco mais acima, é um jogo de aventura do género point-and-click, ou aquilo que no passado, os jogadores mais experientes chamavam de aventura gráfica. O jogador controla a personagem principal, porém no decurso da trama consegue comandar os destinos de outros investigadores, mas todos são muito semelhantes nas suas capacidades. Mover-se de local em local, de cenário em cenário, falar com outros elementos que são constituintes do jogo, investigar pistas e resolver alguns quebra-cabeças, são as principais ações que o jogador tem de realizar para ser bem-sucedido nas investigações.

Como já perceberam, a jogabilidade é do mais simples que existe, porém, essa situação é amiúde neste tipo de jogos, todavia, com o avançar da aventura acaba por chegar a ser demasiado repetitiva e até mesmo algo entediante. Os diálogos são com alguma frequência excessivamente longos e monótonos, fazendo transparecer que tudo já se encontra delineado para o jogador escolher a opção correta.

Os diálogos são com alguma frequência excessivamente longos e monótonos...

Sinceramente senti falta de um sistema similar a outros jogos, onde cada escolha tinha uma consequência, ainda que pudesse ser errada ou fatal, mas que nos fazia sentir embrenhados na trama. Em Emio - The Smiling Man: Famicom Detective Club e de uma forma completamente sincera, fiquei com a sensação (ainda que possa estar redondamente errado, foi aquilo que senti) que podemos ter sucesso nos objetivos, se optarmos apenas pela tentativa-erro, o que na minha opinião é demasiado redutor e minimalista para os dias de hoje.

LONGEVIDADE

Escrever algumas palavras sobre a longevidade de títulos deste segmento é uma tarefa complexa, até porque uma vez terminada a história, não encontramos grandes motivos para voltar a comandar os destinos dos jovens detetives. Ainda assim, muito fruto da necessidade de ler os diálogos exaustivos, necessitamos que qualquer coisa como umas boas 12 a 13 horas para desvendar o mistério.

GRAFISMO E SONOPLASTIA

A nível gráfico, Emio - The Smiling Man: Famicom Detective Club também não entusiasma apesar de ter uma direção de arte razoavelmente interessante, muito semelhante às séries anime ou manga. Contudo, apesar de serem bem estruturadas não apresentam grandes expressões e dinamismo, muitas vezes parecendo que são completamente estáticas e sem pingo de sentimentos.

A nível gráfico, Emio - The Smiling Man: Famicom Detective Club também não entusiasma...

A componente sonora cumpre os seus propósitos sem deslumbrar, salientando que o título apenas tem disponível os diálogos de voz em japonês, ainda assim, o texto no ecrã poderá ser definido para as línguas inglês, francês, alemão, italiano e espanhol. Porém, mais uma vez, o idioma Português não está presente, nem na sua versão do Brasil, sendo claramente um sinal negativo e afastador daqueles que não dominam qualquer outro idioma mencionado.

CONCLUSÃO

Emio - The Smiling Man: Famicom Detective Club não é título que seguramente irá agradar de imediato a todos, atrevendo-me mesmo a afirmar que apenas irá satisfazer um pequeno grupo de fãs mais acérrimos da franquia. De lamentar, mais uma vez, a ausência do idioma Português.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas


 

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