JOGOS: Shadow of the Ninja Reborn | Análise

19.9.24

O mais recente título que nos chegou à redação foi o aclamado pela crítica mundial Shadow of the Ninja Reborn, na sua versão da Nintendo Switch e que serviu como base para este artigo de opinião, apesar de também estar disponível para todas as outras plataformas.

Numa era em que as remasterizações, remakes e redesigns são uma constante no universo dos videojogos, eis que somos presenteados com um remake do clássico Shadow of the Ninja, um jogo de ação e plataformas que revive a essência dos títulos de ninja, lançado em 1990 no Japão e América do Norte e um pouco mais tarde, já no ano de 1991, em toda a Europa, para a saudosa consola de 8-bits, NES. Como já seria espectável, o enredo manteve-se inalterado e bastante sucinto, como era apanágio da época, contudo, o título recebeu uma fantástica remodelação estética, aproximando-o do nível gráfico dos jogos atuais, mas sempre se mantendo fiel às suas raízes e origens.

...um remake do clássico Shadow of the Ninja, um jogo de ação e plataformas que revive a essência dos títulos de ninja...

NARRATIVA

A curta trama ocorre no ano de 2029, numa versão futurística da cidade de Nova Iorque que se encontra sobre as leis do ditador, tirano e imperador Garuda, que contra a vontade dos habitantes, tomou o controlo da região. De modo a impedir os intentos do maléfico imperador e simultaneamente vingar as vidas inocentes perdidas, dois membros do clã Iga, são destinados para se infiltrarem na fortaleza de Garuda e por fim ao seu agonizante reinado.

JOGABILIDADE

Shadow of the Ninja Reborn, como já mencionado acima, é o jogo de ação, numa perspetiva side-scrolling, saltando de imediato à vista, uma funcionalidade muito apreciada nessa geração (e que a mim também me agrada pessoalmente, mesmo na atualidade), o modo cooperativo local. O título permite que dois jogadores joguem simultaneamente, escolhendo as duas personagens disponíveis, dois ninjas de géneros díspares, mas com capacidades e atributos similares.

Shadow of the Ninja Reborn, como já mencionado acima, é o jogo de ação, numa perspetiva side-scrolling...

E mal começamos a dar os primeiros passos na jogabilidade, começam a surgir algumas novidades, sobretudo na movimentação das personagens. Se originalmente o jogador estava limitado a saltos e pendurar-se nos telhados, nesta versão Reborn, os ninjas conseguem também executar saltos giratórios e mais longos, recorrer às paredes para efetuar corrida e até mesmo realizar saltos evasivos, de modo a desviar-se dos ataques inimigos.

Outro melhoramento evidente, foi a modernização do sistema de armas, uma vez que atualmente é possível recorrer a uma panóplia de armas, desde pistolas, espadas de dimensões dantescas, granadas destrutivas, shurikens, entre outras mais. O mesmo se pode aplicar aos itens para recuperar a energia, que agora são em maior número e divergem na qualidade e quantidade regenerativa.

Inimigos não faltam e são para todos os gostos, apesar de alguma repetibilidade, contudo, com maior ou menor dificuldade, o jogador consegue ultrapassá-los. Os chefes são apelativos, consistente e alguns proporcionam um desafio justo, mas igualmente exigente.

Os chefes são apelativos, consistente e alguns proporcionam um desafio justo, mas igualmente exigente.

LONGEVIDADE

No campo da longevidade, Shadow of the Ninja Reborn não nos ocupa demasiado tempo, sobretudo para os mais veteranos neste tipo de jogos, sendo perfeitamente possível concluir o jogo em aproximadamente meia dúzia de horas. Obviamente que muitos vão pretender efetuar uma passagem mais vincada no título, vasculhando todas as áreas e recantos dos cenários, sendo obrigatoriamente necessário mais tempo, mas mesmo assim não necessitaram de muito mais. É necessário referir, que o título também possuí outro modo de jogo, para além do principal (que contém duas dificuldades, a normal e a difícil) e do cooperativo local, que é o Time Attacks que desafia o jogador a concluir uma fase inteira, sem checkpoints e com apenas uma vida.

O que realmente acrescenta longevidade ao título é, como não poderia deixar de ser, o seu modo cooperativo local, uma vez que a possibilidade de partilhar a ação com aqueles que mais gostamos, eleva a diversão a um patamar muito mais alto e sendo sempre uma grande mais-valia.

GRAFISMO E SONOPLASTIA

A nível gráfico, Shadow of the Ninja Reborn foi completamente melhorado e aperfeiçoado. É impossível recorrer ao plano comparativo com o clássico de 1990, pois as diferenças são gritantes. Em SOTN Reborn as cores são intensas, garridas, com cenários repletos de detalhes e pormenores que nem sequer afetam diretamente a jogabilidade, só existem para dar um conforto visual e elevar a experiência a um patamar superior. A versão usada para o artigo de opinião, tal como referido no início do artigo, foi a de Nintendo Switch e como todos nós sabemos, não é uma consola com grandes capacidades gráficas e de processamento, contudo, o jogou decorreu sem grandes problemas de desempenho, mesmo em ocasiões que existiam muitos elementos no pequeno ecrã.

A vertente sonora, também se encontra a um nível bastante satisfatório. Algumas faixas musicais foram remisturadas, aumentando a sua qualidade, porém existe a possibilidade de optar pelas originais existentes no jogo original.

A nível gráfico, Shadow of the Ninja Reborn foi completamente melhorado e aperfeiçoado.

CONCLUSÃO

Shadow of the Ninja Reborn é uma excelente forma de revisitar um clássico dos anos 90, totalmente remodelado a nível gráfico, proporcionando uma jogabilidade sólida e estável, com alguns modos de jogo interessantes, com natural destaque para o cooperativo local. Nota para a elevada dificuldade de algumas fases, algo que não era tão punitivo no título original.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas

 

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