O mais recente título que nos chegou à redação foi o aclamado pela crítica mundial Shadow of the Ninja Reborn, na sua versão da Nintendo Switch e que serviu como base para este artigo de opinião, apesar de também estar disponível para todas as outras plataformas.
Numa era em que as remasterizações, remakes e redesigns são uma constante no universo dos videojogos, eis que somos presenteados com um remake do clássico Shadow of the Ninja, um jogo de ação e plataformas que revive a essência dos títulos de ninja, lançado em 1990 no Japão e América do Norte e um pouco mais tarde, já no ano de 1991, em toda a Europa, para a saudosa consola de 8-bits, NES. Como já seria espectável, o enredo manteve-se inalterado e bastante sucinto, como era apanágio da época, contudo, o título recebeu uma fantástica remodelação estética, aproximando-o do nível gráfico dos jogos atuais, mas sempre se mantendo fiel às suas raízes e origens.
...um remake do clássico Shadow of the Ninja, um jogo de ação e plataformas que revive a essência dos títulos de ninja... |
NARRATIVA
A curta trama ocorre no ano de 2029, numa versão futurística da cidade de Nova Iorque que se encontra sobre as leis do ditador, tirano e imperador Garuda, que contra a vontade dos habitantes, tomou o controlo da região. De modo a impedir os intentos do maléfico imperador e simultaneamente vingar as vidas inocentes perdidas, dois membros do clã Iga, são destinados para se infiltrarem na fortaleza de Garuda e por fim ao seu agonizante reinado.
JOGABILIDADE
Shadow of the Ninja Reborn, como já mencionado acima, é o jogo de ação, numa perspetiva side-scrolling, saltando de imediato à vista, uma funcionalidade muito apreciada nessa geração (e que a mim também me agrada pessoalmente, mesmo na atualidade), o modo cooperativo local. O título permite que dois jogadores joguem simultaneamente, escolhendo as duas personagens disponíveis, dois ninjas de géneros díspares, mas com capacidades e atributos similares.
Shadow of the Ninja Reborn, como já mencionado acima, é o jogo de ação, numa perspetiva side-scrolling... |
E mal começamos a dar os primeiros passos na jogabilidade, começam a surgir algumas novidades, sobretudo na movimentação das personagens. Se originalmente o jogador estava limitado a saltos e pendurar-se nos telhados, nesta versão Reborn, os ninjas conseguem também executar saltos giratórios e mais longos, recorrer às paredes para efetuar corrida e até mesmo realizar saltos evasivos, de modo a desviar-se dos ataques inimigos.
Outro melhoramento evidente, foi a modernização do sistema de armas, uma vez que atualmente é possível recorrer a uma panóplia de armas, desde pistolas, espadas de dimensões dantescas, granadas destrutivas, shurikens, entre outras mais. O mesmo se pode aplicar aos itens para recuperar a energia, que agora são em maior número e divergem na qualidade e quantidade regenerativa.
Inimigos não faltam e são para todos os gostos, apesar de alguma repetibilidade, contudo, com maior ou menor dificuldade, o jogador consegue ultrapassá-los. Os chefes são apelativos, consistente e alguns proporcionam um desafio justo, mas igualmente exigente.
Os chefes são apelativos, consistente e alguns proporcionam um desafio justo, mas igualmente exigente. |
LONGEVIDADE
No campo da longevidade, Shadow of the Ninja Reborn não nos ocupa demasiado tempo, sobretudo para os mais veteranos neste tipo de jogos, sendo perfeitamente possível concluir o jogo em aproximadamente meia dúzia de horas. Obviamente que muitos vão pretender efetuar uma passagem mais vincada no título, vasculhando todas as áreas e recantos dos cenários, sendo obrigatoriamente necessário mais tempo, mas mesmo assim não necessitaram de muito mais. É necessário referir, que o título também possuí outro modo de jogo, para além do principal (que contém duas dificuldades, a normal e a difícil) e do cooperativo local, que é o Time Attacks que desafia o jogador a concluir uma fase inteira, sem checkpoints e com apenas uma vida.
O que realmente acrescenta longevidade ao título é, como não poderia deixar de ser, o seu modo cooperativo local, uma vez que a possibilidade de partilhar a ação com aqueles que mais gostamos, eleva a diversão a um patamar muito mais alto e sendo sempre uma grande mais-valia.
GRAFISMO E SONOPLASTIA
A nível gráfico, Shadow of the Ninja Reborn foi completamente melhorado e aperfeiçoado. É impossível recorrer ao plano comparativo com o clássico de 1990, pois as diferenças são gritantes. Em SOTN Reborn as cores são intensas, garridas, com cenários repletos de detalhes e pormenores que nem sequer afetam diretamente a jogabilidade, só existem para dar um conforto visual e elevar a experiência a um patamar superior. A versão usada para o artigo de opinião, tal como referido no início do artigo, foi a de Nintendo Switch e como todos nós sabemos, não é uma consola com grandes capacidades gráficas e de processamento, contudo, o jogou decorreu sem grandes problemas de desempenho, mesmo em ocasiões que existiam muitos elementos no pequeno ecrã.
A vertente sonora, também se encontra a um nível bastante satisfatório. Algumas faixas musicais foram remisturadas, aumentando a sua qualidade, porém existe a possibilidade de optar pelas originais existentes no jogo original.
A nível gráfico, Shadow of the Ninja Reborn foi completamente melhorado e aperfeiçoado. |
CONCLUSÃO
Shadow of the Ninja Reborn é uma excelente forma de revisitar um clássico dos anos 90, totalmente remodelado a nível gráfico, proporcionando uma jogabilidade sólida e estável, com alguns modos de jogo interessantes, com natural destaque para o cooperativo local. Nota para a elevada dificuldade de algumas fases, algo que não era tão punitivo no título original.
Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas
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