JOGOS: 6 Souls | Análise

21.12.21

Recebemos recentemente mais um título para a plataforma Nintendo Switch, desta vez um indie de nome 6 Souls, desenvolvido por BUG-Studio e publicado pela Ratalaika Games.

A história de 6 Souls centra-se nas vivências de Jack e o seu fiel amigo, um canino apelidado de Butch, que um dia encontram um mapa misterioso. Ávidos de aventuras, os dois partem numa jornada épica, tentando descobrir um possível tesouro, escondido algures num castelo abandonado que pertencia à família Clifford. Rapidamente se apercebem que a demanda não será fácil e o caminho até à fortuna está repleto de inúmeros perigos e inimigos ameaçadores.

6 Souls é um jogo de plataforma apinhado de ação, que presenteia o jogador com aproximadamente oitenta níveis em oito locais exclusivos, icónicos e assustadores, onde para além dos comuns incautos, Jack e Butch terão que enfrentar os temidos chefes.

Jogar 6 Souls realmente conseguiu fazer recordar-me do passado, sobretudo através do aspeto pixelizado, mas também um pouco por causa da jogabilidade exibida. Obviamente que aqui e ali, conseguimos ver polimentos mais recente, mas a sua essência remete-nos claramente para os anos 80/90, onde estes tipos de jogos estavam em voga e eram atração principal no universo dos videojogos.

Como é facilmente percetível a jogabilidade de 6 Souls é relativamente simples, onde o conceito de mudar entre as duas personagens funciona assertivamente e obriga o jogador a pensar, para resolver os puzzles e quebra-cabeças que vão aparecendo ao longo da aventura. Para dar apenas um sucinto exemplo, existem locais inacessíveis a Jack e aí temos que recorrer ao Butch para termos sucesso. Por outro lado, mais uma vez uma excelente decisão da equipa de desenvolvimento, as duas personagens jogáveis complementam-se muito bem, ou seja, enquanto Jack ataca os inimigos, salta e utiliza armas, Butch, o cão, atua de uma forma mais furtiva, fugindo dos inimigos e sendo especialista em aceder a locais inóspitos.

De salientar que em algumas ocasiões, não foi necessário enfrentar os inimigos, limitando-me a passar por eles e ignorando-os completamente. É com um misto de sensações que verifiquei essa questão, uma vez que o jogador pode optar por deixar a ação de lado e passar a ter mais atenção à furtividade. Também não existem grandes motivos para enfrentar os inimigos, pois o jogo não contempla uma premiação, de qualquer forma, ao jogador por esse desígnio. Fiquei sinceramente sem perceber qual o objetivo da equipa de desenvolvimento e qual o caminho que o jogador deverá adotar, assim que começar a disfrutar da experiência. 

Em termos de longevidade, quando acima indiquei que o título tem 80 níveis, os jogadores poderão pensar que é realmente longo, no entanto, existem diversas fases (talvez a grande maioria) que são objetivamente curtas e onde conseguimos ser bem-sucedidos em questão de poucos minutos. Atrevo-me mesmo a afirmar que são apenas necessárias aproximadamente 5/6 horas para concluir a jornada, obviamente dependendo da destreza e capacidade de cada jogador.

Graficamente 6 Souls é um completo flashback ao passado, um convite às boas recordações, onde passávamos horas seguidas a jogar e a diversão era o ponto principal. O estilo retro é predominante, o pixel é dono e senhor e a palete de cores escolhida funciona efetivamente da forma correta, cumprindo com distinção o seu desígnio. A sonoplastia não deslumbra, mas cumpre os seus intentos. Uma nota negativa para a não presença do idioma português.

Resumindo, 6 Souls é mais um título indie que foi desenvolvido com cabeça, tronco e membros, sendo uma experiência divertida e prazerosa. Uma direção de arte bem conseguida, onde o pixel é rei, funcionando completamente como um convite ao passado.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.


 
 

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