JOGOS: Okinawa Rush | Análise

26.11.21

Recentemente tivemos acesso ao título Okinawa Rush na sua versão para a Nintendo Switch, um jogo desenvolvido pelos estúdios Sokaikan, um pequeno estúdio indie, especializados em jogos com estilo pixel art e publicado pela PixelHeart/Just For Games.

A história em Okinawa Rush é simples e resume-se em poucas palavras. O clã Black Mantis deslocou-se para Okinawa, espalhando o terror e o caos, onde o jogador, assumindo o papel de Hiro, Meilin ou Shin tem como missão enfrentar e deter a todo o custo as hordas infindáveis de ninjas e demónios, de modo a restaurar a paz.

Tal como os bons e velhos beat’ em up, a ação em Okinawa Rush também é frenética, intensa e explosiva, uma vez que os inimigos, uns mais fortes que outros, aparecem de todos os lados, cantos e afins. A nossa personagem tem a capacidade de os enfrentar e derrotar, utilizando os punhos ou os pés, porém com o avançar da trama, conseguimos ter acesso a armas que o auxiliam nessa demanda. A jogabilidade é bastante simples e prática, uma vez que apenas utilizamos dois botões para os ataques e outro para saltar. Aliás, a simplicidade é a chave do sucesso, uma vez que é exatamente essa questão que faz o jogo ser divertido, partindo de imediato para os desvairados confrontos.

Existem ainda alguns movimentos especiais, combos insanos e outros que consomem alguma energia do medidor de saúde, bem semelhante ao que existe noutros títulos de luta. Esse aspeto confere ao jogo, uma componente interessante, nunca o desviando do seu propósito, porém é claramente um ponto positivo. Paralelamente a isso, existem ainda outros detalhes curiosos, como elementos RPG, ainda que de uma forma bastante leve, permitindo ao jogador evoluir um pouco as suas personagens. Tudo isto pode ser feito a solo, ou então através do modo cooperativo com mais um jogador extra, partilhando a diversão, o caos, a ação, nesta intensa aventura. Para finalizar, quer a solo ou em cooperativo, todas as fases possuem tempo para serem concluídas, por isso é obrigatório partir de imediato para a ação, se a intenção é serem bem-sucedidos.

Como acontece em títulos similares, Okinawa Rush pode padecer de um detalhe importante, ou seja, a repetibilidade. É um facto incontornável! Depois do impacto inicial e de avançar um pouco na aventura, concluímos que a repetição existe e apesar de não chegar a ser exasperante, aborrece ligeiramente, sobretudo quando jogado a solo, uma vez que em modo cooperativo a diversão sobrepõe-se claramente.

Graficamente Okinawa Rush apresenta um estilo retro, onde o pixel art é dominante, em 2D, onde quer os cenários, quer a personagens e tudo o que os envolve, estão bem recriados e em perfeita harmonia. É realmente um flashback ao passado, fazendo relembrar os saudosos tempos de outras gerações, onde o grafismo assumia um papel secundário, prevalecendo a diversão da jogabilidade. A sonoplastia não apresenta grande inovações, porém os efeitos sonoros acrescentam qualidade a aventura, cumprindo claramente os seus intentos. Uma nota final para a presença do idioma Português, nos menus existentes no jogo, o que é sempre de salientar e destacar.

Resumindo, Okinawa Rush é uma boa opção, essencialmente para aquelas ocasiões que pretendemos jogar algo menos complexo e sem grandes componentes de narrativa, partindo de imediato para a ação. O modo cooperativo acrescenta longevidade, partilhando a diversão, mas a repetibilidade pode ser efetivamente um problema.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.


 
 

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