Sérgio Conceição colocou em campo o onze mais vezes utilizado, com a exceção de André André que jogou no lugar do castigado de Héctor Herrera. A nota de maior destaque foi o regresso de Felipe á titularidade em partidas a contar para o campeonato, relegando Diego Reyes para o banco de suplente.

Desde cedo que se percebeu que os portistas iam assumir as despesas da partida, mas da mesma forma se compreendeu que iriam sentir imensas dificuldades. O Feirense apresentou-se intencionalmente a jogar com o bloco defensivo muito compacto e bem perto da sua área, limitando-se a defender e sem conseguir sequer sair em rápidas transições para o contra-ataque. Os azuis e brancos pressionavam alto, ganhavam as segundas bolas, mas enfrentavam sempre muitas complicações na hora de rematar com sucesso para a baliza adversária. Aos 22 minutos e na primeira grande ocasião, fruto de uma insistência de Yacine Brahimi que ganhou na raça uma bola dividida com Luís Aurélio, serviu Vincent Aboubakar que com muita sorte à mistura, viu o seu remate desviar no oponente, só parando no fundo da baliza adversária. Estava aberto o ativo e supostamente o mais difícil estava feito, mas não foi isso que se verificou. Pouco tempo depois, aos 26 minutos, na sequência de uma bola parada bombeada para área dos portistas, Luís Rocha de cabeça empata o desafio. Voltava tudo à estaca inicial e até final o FC Porto, teve no pé esquerdo de Alex Telles uma grande oportunidade para estar novamente em vantagem no marcador, mas o seu remate na marcação de um livre direto frontal foi defendido com grande perícia pelo guarda redes Caio Secco.

Para a segunda metade e dada a importância desta partida, os portistas sabiam que era crucial marcar o quanto antes, pois a cada minuto que passasse a ansiedade e o nervosismo aumentavam, mas apesar do domino total de todas as incidências da partida, o FC Porto enfrentava muitas dificuldades na circulação da bola em zonas mais avançadas. Nuno Manta, reforça a zona defensiva, fazendo entrar mais um defesa central Antonio Briseño, e Sérgio Conceição não demorou a responder, lançado o desaparecido Óliver Torres, que foi importante para que o jogo dos azuis e brancos melhorasse, quer no último passe, quer na posse de bola. Depois de tanto insistir, e já bem perto do final, na marcação de um pontapé de canto, Felipe eleva-se e cabeceia para o golo da vitória portista. Até final, Felipe ainda acabaria por ver o segundo amarelo e receber ordem de expulsão, proporcionando alguma intranquilidade, mas a vitória acabou por não escapar.

Destaque individual para Felipe, que esteve no melhor e pior, mas sobretudo decisivo no lance que originou o golo da vitória portista, elevando-se a uma enorme altura e cabeceando fulgurantemente para o fundo da baliza, colocando justiça no resultado. Do lado do Feirense, a sua estrutura defensiva esteve sempre muito sólida e Flávio Ramos destacou-se ao cortar grande parte das bolas nas alturas.