Normalmente o meu Natal não é muito diferente do tradicional, começando-o a prepara-lo antecipadamente, surgindo as primeiras ideias ainda antes do mês de dezembro.

A época é iniciada com a montagem da arvore de Natal, sempre com a ajuda dos mais novos, que tanto auxiliam com atrapalham, mas importante mesmo é a sua participação e alegria que nos transmitem. Nesse aspeto, os infantários e escolas primárias, têm uma contribuição de salientar pois normalmente colaboram sempre com enfeites personalizados pelos nossos filhos, conferindo um toque pessoal à nossa árvore.

Segue-se o planeamento dos presentes a oferecer, desde compras a efetuar ou a preparar com a ajuda do robot de cozinha preferido, estipulando um valor a gastar, mas que por uma ou outra razão é sempre ultrapassado. O processo tem muito que se lhe diga, pois apesar de todo um esforço em segui-lo à risca, as compras ou confeções das receitas selecionadas, só são concluídas à última da hora, bem à boa maneira portuguesa.

Com o aproximar da data festiva, os lanches ou jantares de Natal entre amigos e familiares, festas dos infantários ou escolas, ou espetáculos das diversas atividades onde os mais novos estão envolvidos, marcam o momento de uma forma sã e salutar.

Chegado momento tão ansiado por todos, a véspera de Natal, o convívio inicia-se com o almoço em família em casa da qual não será passado o serão festivo, de modo a ser possível aos mais novos receberem as primeiras prendas, aquelas que não é o Pai Natal que traz, começando a agitação e exaltação a aparecer. Terminado o primeiro de período de confraternização, deslocamo-nos para os outros familiares, e depois da indispensável ceia de Natal, repleta de ingredientes típicos e montanhas de doces, o alvoroço pouco a pouco vai tomando contas dos pequenos. Lembro-me perfeitamente como me sentia quando era eu mais novo, sempre a perguntar aos meus pais se já estava na hora de abrir os presentes e quanto custava ouvir a resposta negativa. Cinco minutos volvidos, a mesma pergunta e igual resposta.

Lentamente, filhos impacientes vencem pais e avós e começa a abertura das prendas, ao som de gritos de euforia e loucura semi-controlada. Papeis de embrulho a esvoaçar por todo o lado, locais organizados que rapidamente se desorganizam e sorrisos estampados nas caras de todos. Muito vagarosamente, a excitação vai dando lugar a algum cansaço, mas nada que impeça que os mais novos permaneçam acordados até bem tarde, mas o Natal é isto mesmo, felicidade, alegria, entusiasmo, na companhia de quem mais gostamos, mesmo que por vezes a situação profissional não permita.

Fiquem com algumas fotos: