No seguimento do objetivo traçado por mim no artigo anterior, venho aqui partilhar a minha análise/opinião sobre o segundo jogo da fantástica saga Far Cry.
Em primeiro lugar para ser
analisado de modo correto e à semelhança do título antecessor, temos que nos
situar na data do seu lançamento, outubro de 2008, pois é injusto estarmos a
fazer as inevitáveis comparações com novidades existentes atualmente no mundo
dos jogos.
Far Cry 2 ao contrário do
que poderíamos esperar, não é a continuação da história do primeiro, aliás
atrevo-me mesmo a afirmar que apenas herdou o nome pois tudo o resto é díspar.
A narrativa de Far Cry 2 é passada numa zona fictícia do continente Africano,
permitindo ao jogador explorar densas e frondosas savanas bem características desse
continente. O jogador inicialmente pode optar por uma das sete personagens ao
seu dispor, assumindo o papel de mercenário tendo como principal objetivo acabar
com a guerra civil existente, que tem em Jackal uma espécie de senhor da
guerra, alimentando com armamento ambas as frações em confronto.
No que concerne à jogabilidade, Far
Cry 2 é um jogo de mundo aberto onde somos completamente livres de
escolher qual o caminho que achamos mais adequado para concluir a missão que em
mãos, sendo que a história só avança assim que a findarmos. Temos ao nosso
dispor imensos veículos, uns mais poderosos e devastadores do que outros, que
nos auxiliam quer na deslocação pelo mapa, quer no combate contra os inimigos.
Podemos optar por um confronto direto, mais ao estilo “Rambo” onde enfrentamos todos
os adversários sem receios, ou um estilo mais “Stealth” sendo
necessário aproximarmo-nos camuflados pela selva, estudando as defesas do território
inimigo de modo a optar pela melhor das estratégias.
Outros aspetos que me apraz
indicar são algumas situações que se assemelham à vida real, como por exemplo,
assim que corremos ou nadamos por grandes períodos, a imagem fica ligeiramente
desfocada tentando transmitir uma sensação de cansaço ou alturas em que as
armas encravam em pleno combate, expondo-nos ao fogo inimigo.
O grafismo é brilhante,
obviamente situando-nos na data do seu lançamento, e na minha opinião tem o seu
ponto mais alto nas lindíssimas transições de dia para noite ou nas chamas
quando existe uma explosão ou incendio, que aliás está extremamente bem
conseguida pois as chamas não seguem uma linha reta, mas sim espalham-se
dinamicamente consoante as condições climáticas e geográficas ou os detalhes da
rica e diversificada vegetação presente nas selvas Africanas.
A sonoplastia é bastante razoável
e o que se destaca é o cuidado que os produtores tiveram ao escolher uma
pronuncia característica para as diversas personagens com quem interagimos. A longevidade
é grande, se tivermos em conta todas as missões principais e secundárias, mas
também porque o mapa é incrivelmente vasto e caso pretendam vasculhar todos os
cantos vão ter que dispensar umas largas horas para o fazer.
No plano inverso, pela negativa
saliento a pouca variedade das missões pois acabam por ser bastante semelhantes,
do género ir do ponto A ao ponto B e matar todos os inimigos, voltar ao ponto A
e iniciar tudo novamente. Para além disso e apesar de existir locais do mapa
que pudemos apanhar um autocarro que nos desloca automaticamente para outro
local através de um “loading”, se optarmos por nos deslocarmos num dos veículos até
ao destino, perdemos mais tempo nessa deslocação do que a concluir propriamente
a missão, tornando-se deveras monótono e aborrecido.
Em jeito de conclusão, Far
Cry 2 é um bom jogo do estilo FPS (First Person Shooter) com um enorme
mapa em mundo aberto, com particularidades bem próprias do continente Africano,
mas que a determinada altura satura devido a sua repetibilidade.
Resta-me registar que depois de
terminar Far Cry e Far Cry 2 vou fazer uma pausa desta
saga, e vou abraçar um novo desafio, Outlast 2. Para que estiver interessado
deixo aqui
o link da minha opinião sobre o primeiro título.
Fiquem com um video de gameplay:
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