JOGOS: FIFA 22 | Análise

14.10.21

Mais uma vez por esta altura do ano, a Electronics Arts faz-nos chegar a sua nova versão do tão famoso FIFA, desta vez com o nome FIFA 22.

Os lançamentos sazonais são sempre encarados com um misto de emoções, ou seja, se por um lado estamos sedentos de receber novidades, por outro lado, abandonar o antecessor, que tantas horas nos fez despender, pode ser realmente um pouco penoso.

Normalmente, as comparações com o seu rival da Konami são sempre um assunto ao qual é impossível fugir, porém este ano, devido à situação atual do jogo da concorrência, nem sequer vou tocar nesse aspeto, pois é de todo injusto, atrevendo-me a afirmar que este ano, FIFA 22 está sozinho nesta competição de comparações e mesmo antes de ela verdadeiramente começar, já existe o vencedor.

Certamente a esmagadora maioria já ouviu falar de FIFA e mesmo muitos obviamente já se aventuraram por esses relvados pelo mundo fora. Ora uma vez dentro desse enorme universo futebolístico, o jogador tem ao seu dispor inúmeras opções, no entanto, algumas destacam-se cada vez a cada ano que passa, como o FIFA Ultimate Team, Pro Clubs e Volta. Para além da oferta rica em conteúdo, FIFA 22 continua com algumas das maiores competições a título mundial totalmente licenciadas, como a Liga dos Campeões, Liga Europa e as principais ligas nacionais dos mais importantes países. Uma palavra de apreço para o modo carreira, talvez o que mais gosto a título pessoal e que está cada vez mais interessante, com novas funcionalidades e que nos faz sonhar com conquistas atrás de conquistas.

Este ano, o que salta logo à vista de todos é a nova tecnologia Hypermotion utilizada para a captura dos movimentos dos atletas, que tanto foi comentada antes do lançamento do título. Atualmente disponível apenas para a versão da PlayStation 5, esta nova tecnologia registou movimentos precisos e personalizados dos mais diversos atletas, replicando-os na perfeição durante a jogabilidade, o que permitiu ao FIFA 22 ficar um pouco mais perto do realismo. Paralelamente, sobretudo nos clubes totalmente licenciados, os jogadores e treinadores, estão fielmente recriados, com traços absolutamente distintos e sendo facilmente identificados pela maioria dos apaixonados pelo desporto rei, que é o futebol. 

É claramente visível a preocupação do estúdio responsável pelo desenvolvimento do jogo em aproximar o futebol virtual do futebol real, e apesar de ainda ter um longo caminho a percorrer, o FIFA 22 já apresenta uma excelente base para conseguir atingir esse desígnio, no entanto todos sabermos que é quase impossível atingir esse patamar. Ainda assim, as movimentações dos jogadores, as animações, o toque na bola, os dribles, a receção, estão realmente incríveis e conferem ao título uma roupagem cada vez mais coerente e digna.

Ainda no campo das novidades, no modo carreira é agora possível criar um clube ao invés de escolher um para iniciar o nosso trajeto, sendo que as opções de personalização são realmente bastantes e bem estruturadas. Desde a criação do emblema, equipamentos até à personalização do estádio, tudo é possível, ainda que em certas situações careçam de limitações. De salientar, que para regozijo essencialmente dos adeptos portugueses, tanto o Estádio do Dragão como o Estádio da Luz, estão presentes no jogo e recriados na perfeição, para além de outros terrenos de jogo icónicos presentes por esse mundo fora.

Como todos sabem, um dos modos com maior destaque, até no impacto financeiro que proporciona ao título, é sem dúvida o FIFA Ultimate Team. Sem que existam significativas alterações, é quase de certeza o modo mais jogado por todos os amantes do desporto rei, muito por culpa do sistema viciante de cartas de jogadores, construção de plantéis e muito mais. É realmente incrível o que os jogadores gastam na micro-transições, na tentativa de ter o melhor plantel e vencer tudo e todos. Sem dúvida alguma que é o modo que faz com que o utilizador tome a decisão de adquirir um título sazonal, quando por vezes nem existam suficientes motivos para isso.

No campo da sonoplastia não se notam grande mudanças e evoluções, mantendo os padrões que já nos habituaram durante os anos mais recentes. Para finalizar, é percetível uma enorme alteração gráfica nos menus, estando agora mais intensos e garridos, bastante mais coloridos e em algumas ocasiões claramente mais confusos e complexos. Ainda assim é uma lufada de ar fresco, um refrescamento e uma inovação, que depois do normal período de habituação, conseguimos dominar perfeitamente. A linguagem portuguesa está presente e como é apanágio nos FIFA, sendo mais um excelente motivo para nos aventurarmos nestas andanças futebolísticas.

Resumindo, FIFA 22 é mais completo título da simulação deste desporto tão idolatrado por esse mundo fora e este ano, sem concorrência à altura, levanta o troféu de campeão logo no início do campeonato. Díspares opções e modos de jogos, muitas ligas e jogadores completamente licenciados, estádios recriados fielmente incluindo dois dos maiores de Portugal, são razões de sobra para avançarem para a sua aquisição.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas


 
 

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