Recentemente chegou à nossa redação um título muito particular, Asterix & Obelix XXL 3: The Crystal Menhir, desenvolvido pelos estúdios franceses Osome Studio e publicado pela editora Microids. Apesar de já ser o terceiro jogo da saga, para mim, foi a primeira experiência guiando os destinos de duas personagens tão icónicas quanto Asterix e Obelix.
Mundialmente conhecido e
idolatrado por milhares de pessoas, a história centra-se numa premissa semelhante
a tantas outras que encheram páginas dos livros aos quadradinhos, ou seja, é o
ano de 50 a.C., onde Gália está inteiramente ocupada pelos romanos, com exceção
de uma pequena vila onde os heroicos gauleses ainda resistem e lutam contra os
invasores. Aí a paz reina e os seus habitantes levam uma vida normal, sendo que
os nossos dois heróis Asterix e Obelix zelam pela
segurança da comunidade. Um dia, o druida da vila, Getafix, recebe uma carta
estranha de Avina Gandir, a alta sacerdotisa de Thule. Ela adverte o
druida sobre uma grave ameaça ao seu povo e pede que ele recorra a um misterioso
Menhir para ajudar a enfrentar essa terrível ameaça. E é aí que entram em cena as nossas
personagens, Asterix e Obelix que irão lutar contra os
incautos romanos, na tentativa de garantir a paz à sua aldeia.
Asterix & Obelix XXL 3: The
Crystal Menhir é uma aventura emocionante, com base num tema que tantas
histórias já nos proporcionaram e desta vez oferece conteúdo tão abrangente que
irá certamente deliciar os fãs de todas as idades, apesar de considerar que os
mais novos serão público alvo do estúdio que o desenvolveu. Durante o nosso
percurso iremos passar por distintos locais onde o clima é diversificado, enfrentando
romanos em longas batalhas e outras zonas onde teremos que explorar todos os
cantinhos em busca de itens que nos auxiliaram a nossa demanda, bem como
resolver alguns quebra-cabeças e missões secundárias.
A sua jogabilidade é extremamente
fluída e competente, sendo simultaneamente bastante intuitiva e viciante,
replicando perfeitamente bem o que já todos nós vimos em filmes do Asterix
e Obelix,
mais concretamente os famosos “upercuts”
que projetam os romanos para o ar ficando apenas as suas sandálias no chão ou quando
Asterix
bebe a poção mágica e fica em êxtase, derrotando todos e quaisquer inimigos
apenas com um simples toque, só para citar alguns exemplos que torna esta
aventura realmente especial. Pela primeira num título desta saga, que o modo
cooperativo está disponível, permitindo jogar no mesmo ecrã com amigos ou
familiares, onde as ações de Asterix e Obelix são complementares
tornando a ação e interatividade ainda mais divertida.
O grafismo apresentado é o
esperado, bastante semelhante aos seus antecessores, muito ao estilo das bandas
desenhadas que são caracterizadas pela abundancia de cores vivas, intensas e
garridas. Esse estilo visual confere a Asterix & Obelix XXL 3: The Crystal
Menhir uma característica bem própria e importante para ambientar o
jogador na aventura, resultando bem. No plano da longevidade, talvez o menos positivo
do título, isto porque a nossa viagem é demasiado curta, deixando alguma água
na boca. No entanto existem algumas missões secundárias e colecionáveis que
prologam ligeiramente esse desígnio, mas considero que são insuficientes. A
considerar, depois de concluir o jogo é iniciar novamente a aventura, mas agora
optando pela outra personagem que não foi escolhida anteriormente, sendo garantido
mais algum tempo de boa disposição e diversão.
A sonoplastia está a um nível
bastante aceitável e é um complemento importante da trama, no entanto tenho que
deixar registado o meu desagrado com o facto da não existência do idioma
Português nos menus e informações do jogo, o que para mim é incompreensível nos
tempos que correm, uma vez que os custos nem são de todo elevados.
Resumindo, Asterix & Obelix XXL 3: The
Crystal Menhir é mais uma divertida aventura do universo Asterix
& Obelix que proporciona momentos divertidos e de boa disposição,
sobretudo jogado no modo cooperativo partilhando o mesmo ecrã. De menos
positivo, assinalo a sua curta duração e a não existência do idioma Português.
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