JOGOS: Avatar: Frontiers of Pandora | Análise

14.12.23

Recentemente recebemos na nossa redação, Avatar: Frontiers of Pandora, na versão para a PlayStation 5, um dos últimos títulos do ano de 2023, que foi sem dúvida, repleto de muitos e bons jogos.

Desenvolvido pelos estúdios suecos Massive Entertainment AB, responsável por títulos como Just Dance Now e Tom Clancy's The Division, e publicado mundialmente pela Ubisoft, Avatar: Frontiers of Pandora é um jogo de ação-aventura em mundo aberto, numa perspetiva de primeira pessoa, baseado, por razões obvias, nos fantásticos filmes de James Cameron, Avatar. Para os mais curiosos, este é o segundo jogo do franchise Avatar que foi disponibilizado no mercado, depois de Avatar: The Game lançado no longínquo ano de 2009, para a PlayStation 3, Xbox 360, PC e Nintendo Wii.

Apesar de não ser obrigatório ter de assistir a ambos os filmes, antes de nos aventurarmos pelo fantástico mundo aberto de Avatar, é totalmente aconselhado, sobretudo o primeiro, uma vez que os eventos de Avatar: Frontiers of Pandora ocorrem precisamente no final desse, simplesmente ignorando o que acontece no segundo filme, ou melhor, vivendo uma espécie de paralelismo da trama original e presenteando os jogadores com uma narrativa completamente díspar. Ainda assim, o melhor é mesmo ver ambos os filmes, até porque são de excelente nível, porém, caso não o queiram mesmo fazer, o jogo recorda os factos mais importantes ocorridos (ainda que de uma forma bastante sucinta), colocando o jogador devidamente informado e preparado para uma aventura épica!

A história de Avatar: Frontiers of Pandora ocorre no distante ando de 2146, no planeta Pandora e precisamente 8 anos do final do primeiro filme, onde o protagonista Jake Sully liderou a rebelião do povo Na’vi frente aos humanos. A organização militar RDA (Resources Development Administration) através do The Ambassador Program (TAP) raptam cinco jovens Na’vi para os treinar em soldados, servindo os maléficos intentos dos humanos, que passam por roubar os preciosos recursos do planeta. O jogador assume o papel de uma desses crianças, apelidado de Sarentu, que paulatinamente vai percebendo que foram tirados à força das suas comunidades e em conjunto, planeiam uma fuga das instalações. No entanto, os seus intentos não correm como esperado, muito por culpa de John Mercer, líder militar que os confronta de uma forma drástica. Entretanto, devido à rebelião do povo Na’vi, as forças RDA são forçadas a abandonar Pandora e Mercer ordena a extermínio das crianças, porém Dra. Alma Cortez, cientista responsável pelo TAP, tem uma visão distinta e salva-os, preservando-os em criogenização.

A história de Avatar: Frontiers of Pandora ocorre no distante ando de 2146, no planeta Pandora...

Muito tempo depois, qualquer coisa como 16 anos, as crianças são subitamente despertadas por um grupo apelidado de Resistance, que são formados por elementos desertores da RDA e têm como líder, precisamente a Dra. Alma Cortez. Como não poderia deixar de ser, Mercer vai evidenciar esforços desumanos para os impedir de escaparem das instalações e aniquilar qualquer tentativa de rebelião, uma vez que os objetivos da RDA continuam a ser roubar os preciosos recursos de Pandora. A partir deste ponto, é melhor descobrirem por vocês mesmo o que irá acontecer, porém, posso afirmar com toda a certeza que não vão faltar momentos intensos e alguns vão mesmo causar enorme surpresa!

Muito tempo depois, qualquer coisa como 16 anos, as crianças são subitamente despertadas por um grupo apelidado de Resistance...

Em termos de jogabilidade, Avatar: Frontiers of Pandora, tal como referido acima, é um título com uma perspetiva na primeira pessoa, onde o jogador assume o comando de um jovem Na’vi e terá que realizar determinadas missões num local de Pandora nunca antes visitado nos filmes Avatar, a Western Frontier, experienciando novos biomas e espécies de Na’vi distintos. A personagem tem ao dispor diverso tipo de armamento, desde armas da RDA, como metralhadoras e caçadeiras, bem como armas dos Na'vi, destacando-se arcos e flechas e lanças mais arcaicas, tudo bem conotado com aquilo que visualizamos nos filmes. Com o desenrolar da ação e a finalização das diversas missões, sejam principias ou secundárias, vamos desbloqueando melhorias nos equipamentos e habilidades da personagem. Ainda nessa vertente e como amiúde em diversos títulos, a exploração do cenário traduz-se de capital importância, uma vez que através de materiais recolhidos da natureza é possível fabricar objetos de arremesso, munições especiais e até consumíveis para restaurar a saúde. Os Na'vi são elementos com capacidades distintas dos humanos, sendo maiores e mais ágeis, por isso conseguem realizar determinados movimentos como saltos longos ou duplos e até mesmo recrutar animais para os auxiliarem na movimentação no mapa. É o caso dos Ikran, que depois de domados ou domesticados, conseguem transportar-nos no seu dorso, voando para longas distâncias. Para além disso, o jogador tem a possibilidade de utilizar o "Na'vi sense", para destacar no mapa itens importantes e/ou pontos vulneráveis nos inimigos. O jogo também suporta um modo multijogador cooperativo para 2 jogadores.

É o caso dos Ikran, que depois de domados ou domesticados, conseguem transportar-nos no seu dorso, voando para longas distâncias.

Avatar: Frontiers of Pandora foi evidentemente “beber” inspiração em alguns títulos com a chancela Ubisoft, tendo surgido de imediato no pensamento o nome Far Cry. As evidências são mais que muitas, quer ao nível de jogabilidade, como algumas características do enorme mundo aberto, assim como missões principais e secundárias extremamente análogas e até mesmo as personalidades ditadoras dos rivais principais. Não é necessariamente um ponto menos positivo, mas também não abona muito a favor. Os fãs desta fórmula que a Ubisoft adotou há muitos anos, seguramente vão gostar desta nova aventura. Outros vão achar que se manteve a base, a estrutura e as mecânicas, modificando apenas o plano cosmético. Por fim, existirão sempre os que nem sequer vão experimentar o jogo, simplesmente porque para eles não é atrativo o suficiente. Sendo o mais sincero possível, pessoalmente fique agradado, até porque sou um confesso adepto de Avatar e de Far Cry, no entanto, não posso deixar de referir que senti por diversas ocasiões alguma repetibilidade e falta de mecânicas inovadoras, mas no cômputo geral, foi uma experiência compensadora e enriquecedora.

Graficamente Avatar: Frontiers of Pandora é extremamente agradável, um espetáculo visual para os nossos olhos, aliás como também acontece nos filmes. A forma com o Ubisoft recriou o muito particular e complexo mundo de Pandora merece os maiores dos elogios, pois acreditem, é realmente fenomenal. A fauna, a flora, a dimensão do mapa, os inimigos, os veículos e (quase) tudo o resto, estão mesmo deslumbrantes, sendo que por diversas ocasiões foi “obrigado” a parar por alguns momentos, de modo a observar apenas os detalhes e minuciosidades apresentadas. Fica aqui registada a minha vénia a equipa de desenvolvimento responsável por esta vertente. Todo este festim visual é sobejamente complementado com efeitos sonoros de elevado nível e uma banda sonora de igual registo.

Graficamente Avatar: Frontiers of Pandora é extremamente agradável, um espetáculo visual para os nossos olhos, aliás como também acontece nos filmes.

Resumindo, Avatar: Frontiers of Pandora é um jogo interessante que agradará, seguramente, aos fãs mais acérrimos da franquia Avatar. Baseado numa estrutura comum nos títulos da Ubisoft, mudando essencialmente o cenário de fundo, o título peca por introduzir poucas inovações, porém, o grafismo é brilhante e caracteriza Pandora de uma forma deslumbrante.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas


 
 

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