JOGOS: Disney Illusion Island | Análise

13.9.23

No seguimento dos artigos de opinião sobre as mais recentes novidades para a Nintendo Switch, desta vez chegou a hora do simpático e carismático Disney Illusion Island.

Desenvolvido pela Dlala Studios e publicado pela Disney Electronic Content, o exclusivo da Nintendo Switch, é um jogo de plataformas 2D, side-scrolling, com aspetos de Metroidvania, onde algumas personagens da Disney são as principais protagonistas. Para ser mais preciso e concreto, estamos a falar de Mickey, Minie, Pato Donald e Pateta que efetivamente são algumas das personagens mais famosas a título mundial e totalmente idolatradas por uma infindável legião de fãs.

Em Disney Illusion Island e como em qualquer outra aventura da Disney, a história assume um papel primordial. Mickey, Minie, Pato Donald e Pateta desembarcam numa ilha, apelidada de Monoth Island, para realizarem um belo e divertido picnic. Pelo menos era isso que eles expetavam, porém rapidamente perceberam (e nós jogadores também) que não era realmente isso que ia acontecer. Toku, o líder de umas estranhas criaturas apelidadas de Hokuns, confessa que os convidou para um falso picnic, pois na verdade ele necessitava do auxílio deles para encontrar três valiosos livros desaparecidos, nada mais, nada menos que os Tomes of Knowledge, eternos protetores da Monoth Island. Entusiasmados pela possibilidade de se tronarem verdadeiros heróis e sem pensarem nos eventuais perigos, Mickey e companhia, não hesitam e partem celeremente em busca serem bem-sucedidos na desafiante missão.

Mickey, Minie, Pato Donald e Pateta desembarcam numa ilha, apelidada de Monoth Island, para realizarem um belo e divertido picnic

Tal como referido um pouco acima, Disney Illusion Island é um jogo de plataformas 2D, side-scrolling e depois de selecionar qualquer uma das quatro diferentes personagens ao dispor, todas elas com o mesmo estilo de movimentação, mas com animações dispares, o jogador começa verdadeiramente a aventura, percorrendo diferentes áreas do mapa da ilha. Monoth Island possui três biomas distintos, Pavonia: o bioma da Botânica, Gizmopolis: o bioma da engenharia e Astrono: o bioma da Astronomia. Como é habitual neste género de jogos, a personagem possui determinadas habilidades iniciais, como andar, correr, saltar, porém, ao longo da demanda e de acordo com a progressão, o jogador tem a possibilidade de desbloquear novas capacidades, como o duplo salto, salto nas paredes ou até mesmo um gancho, só para citar alguns exemplos.

De salientar que em Disney Illusion Island não existe uma real mecânica de combate direto, ou seja, a personagem não tem a capacidade de atacar diretamente os inimigos, seja através de murros ou socos, ou com saltos em cima dos adversários, nem tão pouco com o recurso a armas. O objetivo do jogador passa por evitar os ataques dos opositores ou realizarem determinadas ações/atividades que envolvam partes do cenário que prejudicam indiretamente os adversários, garantindo o sucesso da missão. Esta é uma situação que me despertou uma sensação agridoce! Por um lado, consigo perceber as razões do estúdio de desenvolvimento ao criar um título sem combate, claramente vocacionado para um público-alvo mais jovem, aliás a sua classificação etária é PEGI 7, por outro ao limitar o jogador a apenas movimentações de esquiva e pouco mais, torna a jogabilidade demasiado limitada.

De salientar que em Disney Illusion Island não existe uma real mecânica de combate direto, ou seja, a personagem não tem a capacidade de atacar os diretamente os inimigos

Talvez de forma a compensar essa limitação, Disney Illusion Island possui um modo multijogador cooperativo local até um máximo de quatro jogadores em simultâneo (o online não está disponível, o que também é algo redutor), aumentando exponencialmente a diversão, uma vez que partilhar a experiência com alguém que gostamos é realmente mais gratificante. Para terem uma ideia, nesse modo os jogadores podem recorrer a habilidade únicas como o Rope Drope que permite passar uma corda a um amigo para o ajudar a subir para um local, o Leap Frog, algo semelhante ao salto ao eixo, permitindo que um jogador dê saltos mais longo ou o Hug que consiste em dar um abraço ao jogador de modo a recuperar energia. De salientar que experienciar o modo cooperativo, recorrendo apenas ao pequeno ecrã da Nintendo Switch pode ser demasiado confuso, sendo recomendado jogar com a consola conectada a um monitor/televisão de maiores dimensões.

...Hug que consiste em dar um abraço ao jogador de modo a recuperar energia.

Outra situação que me apraz referir são os diversos itens colecionáveis, sobretudo os Glimts, pequenas bolas de luz espalhadas pelos cenários, que permitem desbloquear arte conceitual do jogo. Existem outros, que vão premiando o esforço do jogador, como referências das personagens da Disney, histórias do passado e desenhos animados mais antiquados.

Visualmente Disney Illusion Island não deixa os seus créditos por mãos alheias e oferece ao jogador um fantástico espetáculo, digno de uma série de desenhos animados que tantas vezes passam pelas nossas televisões, anos a após anos. Cenários arrebatadores, repletos de detalhes e pormenores charmosos, algo que a Disney já nos habituou ao longo dos tempos. Cada bioma tem uma palete de cores única, cativante e diferenciada, fazendo lembrar autênticas páginas de cadernos com desenhos feitos à mão, tornando claramente o título numa experiência visual deveras atraente. A sonoplastia, não é tão memorável quanto o grafismo, porém ajusta-se perfeitamente ao conceito, através de melodias divertidas e alegres que contribuem muito para o tom otimista do jogo. A banda sonora faz recordar o tipo de música existia nos antigos desenhos animados do Mickey, pontuando a ação e mantendo a constante sensação de movimento.

Por último, sinto-me na obrigação de referir que, mais uma vez, e ao contrário de outros títulos em que a Nintendo está a apostar no idioma português, desta vez este não está incluso neste título, o que é sempre de lamentar.

Visualmente Disney Illusion Island não deixa os seus créditos por mãos alheias e oferece ao jogador um fantasioso espetáculo

Resumindo, Disney Illusion Island é no geral uma experiência interessante e relaxante, vocacionada essencialmente para o público de uma faixa etária mais nova. Jogabilidade simples e pouco desafiante, no entanto, repleto do charme mágico que só a Disney consegue proporcionar.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas


 
 

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