JOGOS: Uncharted: Legacy of Thieves | Análise

8.2.22

Recentemente tivemos acesso a mais um título, ou melhor dizendo a dois, uma vez que Uncharted: Legacy of Thieves é composto pelo conjunto de Uncharted 4: A Thief’s End e o Uncharted: The Lost Legacy, modernizados e otimizados para a consola PlayStation 5.

Os grandes jogos possuem uma particularidade que os diferem de todos os outros, a eternidade. A saga Uncharted já atingiu esse marco e seguramente a maior parte dos jogadores de todo o mundo já ouviram essa denominação, no entanto faltava uma vertente, a passagem para o grande ecrã. Nem sempre é sinónimo de qualidade, aliás o que não faltam são exemplos onde isso não foi uma situação satisfatória, manchando a competência quer do jogo ou do filme. Pois, isto para dizer que Uncharted, o filme, tem data de estreia nos cinemas portugueses no próximo dia 10 de fevereiro de 2022 e conta com Tom Holland e Mark Wahlberg como protagonistas principais.

Isso seguramente serviu de mote para o lançamento da coleção Uncharted: Legacy of Thieves, aproveitando a ocasião para presentear os jogadores com mais uma opção, desta vez para na plataforma PlayStation 5.

Ainda mesmo antes de partir para a minha opinião sobre o Uncharted: Legacy of Thieves relembro que não é propriamente obrigatório jogar todos os títulos antecessores, Uncharted: Drake's Fortune, Uncharted 2: Among Thieves e Uncharted 3: Drake's Deception uma vez que cada um deles possui uma história própria, que é totalmente assimilada jogando apenas esse título. No entanto, por razões mais do que evidentes é claramente aconselhado iniciar a demanda pelo primeiro e assim sucessivamente, seguindo a linha temporal do enredo, sabiamente delineada e desenvolvida pela Naughty Dog, que nos consegue captar toda a atenção desde o primeiríssimo segundo. Para tal, aqueles que nunca jogaram antes ou aqueles que pretendem relembrar pormenores da narrativa, podem recorrer à Nathan Drake Collection, que incluí os três primeiros jogos, remasterizados e modernizados para a PlayStation 4.

Direcionando atenções propriamente para os jogos, tanto Uncharted 4: A Thief’s End como Uncharted: The Lost Legacy mantêm-se exatamente fiéis ao desígnio original, ou seja, a narrativa é precisamente a mesma e não existem inovações na jogabilidade, nem em qualquer outro aspeto. O que realmente acontece é um upgrade a nível visual que eleva ambos os títulos, que até já eram de grande de nível, a um patamar ainda mais elevado. Apesar de já terem sido disponibilizados a alguns anos, surgem agora devidamente otimizados para a PlayStation 5, podendo chegar a resoluções de 4K a 30 fps ou 60 fps, ficando visualmente deslumbrantes e como nunca vistos anteriormente.

Outra questão importante e que tem a quota parte de importância é a utilização das capacidades do comando DualSense, recorrendo ao feedback háptico e gatilhos adaptativos, em determinadas ocasiões, conferindo doses de imersão ainda mais realistas. Uma nota final para os tempos de carregamento, que como seria de esperar são quase nulos.

Por outro lado, sobretudo para aqueles que já jogaram algumas vezes estes títulos na geração anterior e não forem fãs acérrimos da saga, poderão achar um desperdício de tempo e/ou dinheiro, pois as novidades serão apenas visuais e de performance. O que também pode contribuir um pouco mais para uma eventual frustração é não presença dos modos multiplayer e cooperativo, que apesar de não considerar essencial para este título, acrescentaria sempre um pouco mais de longevidade.

Resta-me acrescentar algumas palavras finais sobre a possibilidade de transferir os saves da PlayStation 4 para a consola da geração atual, sendo uma boa oportunidade para tentar concluir o jogo recorrendo a outros níveis de dificuldade e em busca de tesouros e colecionáveis que escaparam na primeira passagem. 

Para terminar, quem estiver na disponibilidade de ler o que foi escrito por mim sobre o Uncharted: The Lost Legacy, pode fazê-lo clicando neste link, ficando aqui um registada parte da minha opinião sobre o título: 

“Se forem fãs de tudo o que caracteriza o universo Uncharted, então O Legado Perdido é mais do que obrigatório, caso contrário e se optarem só por jogar este título também não se irão arrepender e darão por bem empregue todo o tempo despendido, mas aconselho vivamente a percorrer todas as aventuras desde o seu início.”

 

Resumindo, Uncharted: Legacy of Thieves é uma excelente oportunidade para revisitar locais onde certamente já fomos muito felizes, recordando-os com visuais deslumbrantes e maravilhosos. Atrevo-me mesmo a afirmar que estes títulos são aqueles que fazem vender consolas e que se já eram de grande nível nos anos em que foram lançados, com este upgrade visual, subiram a um patamar de excelência.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.


 
 

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