JOGOS: Mario Party Superstars | Análise

9.11.21

Antes de avançarmos para a análise propriamente dita, permitam que vos escreva estas pequenas palavras, para congratular uma marca, a Nintendo, que é líder mundial e bem destacada da concorrência, na capacidade de vender o seu produto, mesmo que este seja, ano após ano, mais do mesmo ou sofrendo apenas algumas modificações superficiais.

Certamente que todos já ouviram falar da icónica personagem Super Mário e muitos estão bem familiarizados com os títulos do canalizador mais conhecido do mundo, ora Mario Party Superstars traz de volta o conceito do jogo de tabuleiro para o mundo digital, dando seguimento aos lançamentos anteriores, sendo um dos mais recentes e com críticas bastante positivas, o Super Mario Party.

Em Mario Party Superstars, o jogador tem ao dispor cinco tabuleiros, que fizeram as delícias de muitos em consolas de gerações passadas da Nintendo e na companhia de três amigos, fisicamente presentes ao nosso lado ou no mundo virtual (uma das novidades desta edição), onde o objetivo passa por terminar o número de rondas com mais estrelas conquistadas. Estrelas essas que são adquiridas através de moedas que vamos recebendo ao longo da nossa prestação no tabuleiro de jogo. No final de cada ronda, somos chamados a participar num minijogo, sendo que nesta edição estão presentes cerca de 100 (sim leu bem), todos os eles bem conhecidos das edições passadas, mas obviamente com grafismo adequado para a geração atual. Aí podemos não só ganhar moedas extra, como fazer o inverso ao nosso rival, por sim deverão ser encarados com a maior da seriedade e motivação.

Esses minijogos são essencialmente simples, divertidos e acessíveis para todas as idades e é exatamente nesse aspeto que reside a sua qualidade. Por outras palavras, a diversão é garantida e mesmo o mais assertivo ou concentrado jogador pode ser claramente surpreendido por um concorrente com mais destreza ou que possua uma pontinha de sorte, no momento certo e na altura certa. Nos minijogos, a sorte decide se competimos no modo 1 vs 3 ou 2 vs 2, ou o mais justo todos contra todos.

Existem vários tipos de modos de jogo, ou seja, podemos optar por uma partia onde todos os elementos jogam na mesma consola ou cada jogador no seu equipamento, mas lado a lado, ou então no online, frente a adversário virtuais. Para além do modo tradicional, podemos ainda usufruir da enriquecedora experiência de disputar apenas os minijogos, numa espécie de treino para a competição oficial. Existe ainda a loja do Toad, onde podes gastar os ganhos nas partidas, adquirindo novos elementos de personalização do cartão de apresentação, desbloquear músicas ou os divertidos autocolantes que podes usar em forma de reação quando estamos a jogar, bem ao estilo dos emojis, mas todos ambientados no mundo de Mario.

Como se trata de um título vocacionado para os mais jovens, apesar de a diversão ser garantida jogando na companhia dos adultos, a sua jogabilidade é bastante simples, aliás como já referi acima, esse é um dos grandes trunfos do estúdio de desenvolvimento, por isso qualquer um, mesmo aqueles que não são tão experientes em manusear os comandos, podem e devem avançar para uma participação condigna, disputando uma saudável partida.

A contrastar com a existência de inúmeros minijogos, destaco pela negativa, apenas a presença de cinco tabuleiros de jogo, ainda que todos eles estejam carregados de conteúdo. Como Mario Party Superstars é uma espécie de reunião de minijogos de sucesso das gerações anteriores, era expectável que fossem incluídas mais opções. O mesmo pode ser referido sobre a personagens ao dispor do jogador, uma vez que são poucas as disponíveis, o que não se percebe de todo, uma vez que o universo Mario é repleto de figuras icónicas, que deveriam aumentar o leque de escolhas do jogador. Será que poderão ser adicionadas novas, numa atualização futura, ao estilo DLC? Fica a questão no ar e o futuro responderá.

Graficamente, Mario Party Superstars está ao nível do que nos habituou no passado, repleto de cor, movimento, alegria, boa disposição, ou seja, um autêntico regalo para os olhos, agradando quer aos mais jovens como também aos adultos. Ao nível da sonoplastia, tudo bastante semelhante ao passado, sendo que mais uma vez as personagens não possuem fala, o que realmente parece um pouco estranho e aquém do que já se faz noutras produções. A língua portuguesa, ainda que na sua versão do Brasil, está presente e apesar de não ser o ideal, é motivo suficiente para ser assinalado.

Em suma, Mario Party Superstars é mais um título para ser disfrutado na companhia de amigos e família, onde estarão garantidos momentos divertidos e de boa disposição. Por outro lado, como se trata de uma espécie de best-of merecia ter mais conteúdo, sobretudo mais tabuleiros de jogo e personagens.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas

 

 

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