Depois de ver O Guarda-Costas e o Assassino, que apesar de não apresentar nada de inovador, garante entretinimento, longas gargalhadas e momentos de humor marcantes, sendo excelente para passar um bom bocado em frente à televisão, decidi ver o Sicário - Infiltrado que me foi recomendado, como sendo um bom filme.
A história do filme incide sobre
as situações vividas por Kate Macer (Emily Blunt, de No Limite do
Amanhã ou O Diabo Veste Prada), uma agente especial do FBI em ascensão,
que ao tentar desvendar um crime vê alguns dos seus colegas a serem mortalmente
atingidos por uma explosão. Dave Jennings (Victor Garber, de Titanic ou
Argo), o seu superior hierárquico recomenda-a para membro de uma equipa
cujo objetivo é desvendar quem esteve por trás do crime, tendo com líder Matt
Graver (Josh Brolin, de Este País Não é Para Velhos ou Milk).
Kate vive um misto de
emoções, por um lado anseia por descobrir quem foi o responsável pela morte dos
agentes, no entanto sabia que passando a fronteira para o México, as regras iriam
ser outras, não podendo contar com a proteção do FBI. No terreno conta com o
apoio de Alejandro (Benicio Del Toro, de Guardiões da Galáxia ou Star Wars:
Episódio VIII - Os Últimos Jedi), um elemento que conhece bem como tudo
funciona para lá do território norte americano, no entanto, à medida que novos desenvolvimentos
acontecem, Kate percebe que não lhe foram transmitidas todas as
informações, vendo-se envolvida numa conspiração e num esquema com proporções
dantescas, levando-a a questionar tudo aquilo que sempre acreditou.
Sicário - Infiltrado foi realizado
por Denis
Villeneuve (Blade Runner 2049 ou O Primeiro Encontro), conta ainda com
a presença de atores como Jon Bernthal (The Waking Dead ou Baby
Driver), Daniel Kaluuya (Black Panther ou O Regresso de Johnnu English) e
Jeffrey
Donovan (Hitch – A Cura para o Homem Comum ou Espião Fora de Jogo).
Nomeado para três óscares em
2016, Sicário – Infiltrado é um filme cuja premissa é semelhante a
tantos outros, o FBI descobre um cenário dantesco, sofre algumas baixas, envia
elementos em busca de culpados e tenta fazer justiça, no entanto, em Sicário
– Infiltrado não temos aquele cliché habitual que facilmente conquista
a atenção do espectador comum, ou seja, não existe um herói que avança contra
tudo e todos, sozinho e atinge o seu objetivo, acompanhado de explosões e
demais efeitos especiais, saindo facilmente vitorioso da sua jornada. Neste
filme, a incidência maior é a carga dramática que existe em cada cena, o lado
humano e moral dos agentes, conferindo-lhe outra dimensão mais empolgante e
complexa. Para além disso, envolto neste enredo de violência surgem questões
como a ambiguidade de poderes, a complexidade do narcotráfico e a fragilidade
da moralidade humana, o que torna ainda mais cruel todo o panorama presente no
filme.
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