Recuando 37 dias, o FC Porto encontrava-se a perder por 1-0 ao intervalo, quando a estrutura da bancada visitante cede e impede a realização dos segundos 45 minutos, por falta de segurança. Desde esse dia até ontem, data em que os segundos 45 minutos se realizaram, muita coisa mudou. Passou todo um período de transferências, com entradas e saídas, diversos jogadores se lesionaram e outros recuperaram, bastantes jogos foram entretanto disputados, ou seja um conjunto de condicionantes que obrigatoriamente influenciaram a segunda parte.

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Independentemente das alterações introduzidas por ambos os treinadores nas suas equipas, os portistas sabiam de antemão que uma reviravolta os deixava com um avanço de 5 pontos para os perseguidores e diretos rivais, o que nesta fase da temporada e com um clássico à porta, era certamente importante. Por isso não foi de estranhar que os azuis e brancos entrarem a todo o gás, pressionantes e até em certos momentos asfixiantes, encostando totalmente os canarinhos ao seu reduto defensivo. Foram necessários apenas 15 minutos para que o FC Porto conseguisse virar o resultado, primeiro através de um livre de Alex Telles, com muita polémica à mistura e depois pelo imparável Tiquinho Soares que só teve que empurrar a bola para o fundo da baliza, na sequencia de uma das muitas jogadas de ataque protagonizadas pelos avançados. Apesar da vantagem, os portistas não baixaram o ritmo e alcançaram o golo da tranquilidade, fazendo o 1-3 novamente por Tiquinho Soares, fruto de mais uma jogada de envolvimento. O resultado final cifrou-se nos 1-3, sem contar com as oportunidades desperdiçadas na primeira metade, mas poderia ter sido muito mais dilato, sobretudo devido à avalanche ofensiva exibida pelos comandos de Sérgio Conceição nestes últimos 45 minutos.

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Destaque individual, novamente para Tiquinho Soares que apresenta uma fulgurante capacidade física, aparecendo como primeiro elemento a pressionar os adversários, aliando a isso uma veia goleadora impressionante (nos últimos 5 jogos apontou 7 golos), mas sobretudo aparecendo no momento exato da época, onde quer Vincent Aboubakar, que Moussa Marega, apresentavam naturais sinais de fadiga.

Em suma, vitória crucial por vários motivos, desde logo o aumento da vantagem para 5 pontos de diferença, mas também pelo facto de ser moralmente importante virar um resultado negativo em apenas 45 minutos. O futebol não para e já no próximo domingo, o FC Porto desloca-se ao reduto do Portimonense para mais uma jornada da Liga NOS.