FILMES: Warcraft: O primeiro encontro de dois mundos (2016) | A minha opinião

3.7.17


Normalmente os filmes que se baseiam no universo dos videojogos nunca se conseguem consagrar totalmente, pois são e sempre serão julgados/comparados aos seus homólogos no formato jogo, e Warcraft também não escapa a essa norma.

Este filme baseia-se no jogo de estratégia WarCraft - Orcs and Humans da Blizzard, tendo sido lançado no longínquo ano de 1995. Entretanto esse jogo deu origem a diversos outros títulos sendo que atualmente Warcraft é uma das sagas mais aclamadas pelos amantes dos jogos. Pessoalmente, joguei à muitos anos atrás WarCraft - Orcs and Humans na companhia da minha irmã e se ainda hoje vir algum gameplay é com imensa nostalgia que recordo os efeitos sonoros das lutas entre os Humanos e o Ogres.


Relativamente ao filme em si, apesar de ter jogado apenas o título que deu origem, e não sendo dos maiores admiradores da saga, vi o filme tentando abstrair das inevitáveis comparações com o jogo, e posso afirmar que gostei. Obviamente não podemos equiparar a outros filmes de fantasia como Senhor dos Anéis ou Hobbit, autênticos marcos épicos nessa categoria, mas no geral e apesar de algumas questões desfavoráveis que mais adiante analisaremos, no seu computo geral agradou-me.

A história é simples, existem dois tipos de povos, os Humanos e os Ogres, que vivem em mundos distintos. Os recursos naturais do mundo onde habitam os Ogres estão esgotados e só existe uma possibilidade, uma invasão ao mundo dos Humanos. E como fazem isso? Através de um portal. E como funciona o portal? O portal só abre se o líder dos Ogres, Gul’Dan utilizar uma espécie de magia negra de nome Fel que suga a vida de outros povos capturados, transformando-a em combustível para o portal. Simples!


No entanto, ao contrário de tantos outros filmes análogos, neste não existe aquela questão Humanos = Heróis e Ogres = Vilões, ou seja, existem heróis e vilões em ambas os lados, e é nesse aspeto que o torna curioso. Durotan (Toby Kebbell (Planeta dos Macacos, Principe da Pérsia e Quarteto Fantástico)), é um Ogre que percebe que algo está errado com o seu líder e tenta apelar aos Humanos que os auxiliem a derruba-lo, de modo a ficarem ambos os povos a viver em paz no mesmo mundo.


Os efeitos especiais são soberbos, e talvez o melhor deste filme. Sempre que vemos uma cena de luta, a sensação de força bruta que os Ogres nos transmitem é simplesmente impressionante, bem como os efeitos presentes nas cenas em que envolve diversos tipos de magia, sendo igualmente cativante.
Pela negativa tenho que salientar a velocidade desmesurada com que as personagens são introduzidas aos espectadores, sobretudo aqueles que não as conhecem dos jogos, pois fiquei com a sensação que foi tudo muito apressado. Depois o desenlace da historia é demasiado previsível, ficando logo nas primeiras cenas bem definido quem vão ser os heróis e os vilões.


Ao nível dos atores principais destaque para Travis Fimmel (Série Vikings) que dá vida ao herói dos Humanos de nome Lothar e de Toby Kebbell do qual já falamos acima. Os restantes, Garona (Paula Patton (Missão Impossíve: Ghost Protocol)) uma espécie de híbrido, metade humano metade Ogre, Medivh (Bem Foster (O Sobrevivente)) o feiticeiro dos Humanos e o Rei Llane (Dominic Cooper (Capitão América e Need for Speed: O Filme)) poderiam e deveriam ter transmitido mais carisma e determinação ás personagens que interpretaram.


Em conclusão, arrisco afirmar que este título é um bom filme para o público que não conhece a saga Warcraft do mundo dos jogos e ao mesmo tempo um filme que deixa muito a desejar para os fãs mais acérrimos. Inicialmente apontado como uma possível trilogia, veremos se Duncan Jones (Source Code e Moon) conseguirá levar a cabo a sua intenção inicial.

Fiquem com o trailer: 

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