Normalmente os filmes que se
baseiam no universo dos videojogos nunca se conseguem consagrar totalmente,
pois são e sempre serão julgados/comparados aos seus homólogos no formato jogo,
e Warcraft
também não escapa a essa norma.
Este filme baseia-se no jogo de
estratégia WarCraft - Orcs and Humans da Blizzard, tendo sido lançado
no longínquo ano de 1995. Entretanto esse jogo deu origem a diversos outros
títulos sendo que atualmente Warcraft é uma das sagas mais
aclamadas pelos amantes dos jogos. Pessoalmente, joguei à muitos anos atrás WarCraft
- Orcs and Humans na companhia da minha irmã e se ainda hoje vir algum gameplay é com imensa
nostalgia que recordo os efeitos sonoros das lutas entre os Humanos e o Ogres.
Relativamente ao filme em si, apesar
de ter jogado apenas o título que deu origem, e não sendo dos maiores
admiradores da saga, vi o filme tentando abstrair das inevitáveis comparações
com o jogo, e posso afirmar que gostei. Obviamente não podemos equiparar a
outros filmes de fantasia como Senhor dos Anéis ou Hobbit,
autênticos marcos épicos nessa categoria, mas no geral e apesar de algumas
questões desfavoráveis que mais adiante analisaremos, no seu computo geral
agradou-me.
A história é simples, existem
dois tipos de povos, os Humanos e os Ogres, que vivem em
mundos distintos. Os recursos naturais do mundo onde habitam os Ogres
estão esgotados e só existe uma possibilidade, uma invasão ao mundo dos Humanos.
E como fazem isso? Através de um portal. E como funciona o portal? O portal só
abre se o líder dos Ogres, Gul’Dan utilizar uma espécie de magia negra de nome Fel
que suga a vida de outros povos capturados, transformando-a em combustível para
o portal. Simples!
No entanto, ao contrário de
tantos outros filmes análogos, neste não existe aquela questão Humanos
= Heróis e Ogres = Vilões, ou seja, existem heróis e vilões em ambas os
lados, e é nesse aspeto que o torna curioso. Durotan (Toby Kebbell
(Planeta dos Macacos, Principe da Pérsia e Quarteto Fantástico)), é um Ogre
que percebe que algo está errado com o seu líder e tenta apelar aos Humanos
que os auxiliem a derruba-lo, de modo a ficarem ambos os povos a viver em paz
no mesmo mundo.
Os efeitos especiais são soberbos,
e talvez o melhor deste filme. Sempre que vemos uma cena de luta, a sensação de
força bruta que os Ogres nos transmitem é simplesmente impressionante, bem como os
efeitos presentes nas cenas em que envolve diversos tipos de magia, sendo igualmente
cativante.
Pela negativa tenho que salientar
a velocidade desmesurada com que as personagens são introduzidas aos
espectadores, sobretudo aqueles que não as conhecem dos jogos, pois fiquei com
a sensação que foi tudo muito apressado. Depois o desenlace da historia é
demasiado previsível, ficando logo nas primeiras cenas bem definido quem vão
ser os heróis e os vilões.
Ao nível dos atores principais
destaque para Travis Fimmel (Série Vikings) que dá vida ao herói dos Humanos
de nome Lothar e de Toby Kebbell do qual já falamos
acima. Os restantes, Garona (Paula Patton (Missão Impossíve:
Ghost Protocol)) uma espécie de híbrido, metade humano metade Ogre, Medivh
(Bem Foster (O Sobrevivente)) o feiticeiro dos Humanos e o Rei Llane
(Dominic Cooper (Capitão América e Need for Speed: O Filme)) poderiam e
deveriam ter transmitido mais carisma e determinação ás personagens que interpretaram.
Em conclusão, arrisco afirmar que
este título é um bom filme para o público que não conhece a saga Warcraft
do mundo dos jogos e ao mesmo tempo um filme que deixa muito a desejar para os
fãs mais acérrimos. Inicialmente apontado como uma possível trilogia, veremos
se Duncan
Jones (Source Code e Moon) conseguirá levar a cabo a sua intenção
inicial.
Fiquem com o trailer:
0 comments