JOGOS: Batora: Lost Haven | Análise

5.4.23

Recentemente chegou à nossa redação, o jogo Batora: Lost Haven, para a plataforma PlayStation 5, um título de ação-aventura, desenvolvido pelos estúdios Stormind Games e publicado mundialmente pelo Team17.

A história de Batora: Lost Haven ocorre num mundo pós-apocalíptico, uma vez que a maior parte do planeta terra, foi destruída devido a um evento de origem desconhecida e envolto em muito mistério. Avril, a jovem personagem principal e aquela que é controlada pelo jogador, vive angustiada, uma vez que Rose, a sua irmã, faleceu exatamente devido a esse trágico evento que assola o planeta. Com o apoio da sua amiga Mila, ela descobre dois amuletos, com conotações cósmicas ao Sol e à Lua, iniciando uma épica aventura de modo a tentar restaurar o planeta Terra. Para tal, necessitam de viajar por quatro planetas díspares, Gryja, Huav, Mahdzam e Lume, cada um com uma essência elemental. Pelo meio, Avril terá de perceber que a linha entre o bem e o mal é muito ténue e a sua caminhada será influenciada pelas decisões que tomar, descobrindo o verdadeiro significado de sacrifício, amizade e traição.

A história de Batora: Lost Haven ocorre num mundo pós-apocalíptico, uma vez que a maior parte do planeta terra, foi destruída devido a um evento de origem desconhecida

Gryja é um planeta rochoso e desértico, forjado por terremotos constantes. O planeta abriga formas de vida geradas a partir da essência elementar da terra. Fortes e corajosos, os seus habitantes são feitos do mesmo material que envolve todo o planeta. Huav é o planeta que hospeda a essência elementar do ar. As suas rochas pontiagudas, aparentemente pesadas, podem flutuar como nuvens. Conhecidos pela sua astúcia, os seus habitantes tendem a ser neutros. Mahdzam é distinto pela essência elementar da água. O planeta engloba a água nos seus três estados: sólido, líquido e vapor. A sua fauna faz lembrar um recife de corais e a sua população flutuam como se estivessem a nadar. Lume é o planeta que ostenta a essência do fogo. Abriga formas de vida primordiais, mas não há vestígios de aldeias habitadas. Os seus dois vulcões gigantes emitem tanta luz que servem como uma espécie de sol para todos os outros planetas da galáxia.

Tal como referido acima, em Batora: Lost Haven as decisões do jogador influenciam diretamente o desenrolar da trama. Através de uma narrativa ramificada, podemos ir optando por uma postura mais defensiva, desbloqueando pontos de Defender ou adotar uma atitude mais guerreira, desbloqueando pontos de Conqueror. No seu conjunto, as decisões originam quatro tipo de finais antagónicos, pelo que esse desígnio aumenta significativamente a longevidade do título, uma vez que certamente quererão descobrir a que final levarão outro tipo de decisões. Ainda assim, o título tem uma duração relativamente curta, uma vez que 12 ou 13 horas e já sendo bem generoso, são mais do que suficientes para concluir todos os quatro finais.

Tal como referido acima, em Batora: Lost Haven as decisões do jogador influenciam diretamente o desenrolar da trama

Batora: Lost Haven é descrito como um jogo do género hack and slash isométrico de ação e aventura, numa perspetiva top-down, com diversos quebra-cabeças e alguns elementos RPG. Em termos de jogabilidade, Batora: Lost Haven permite que o jogador opte por dois modos de combate distintos. No modo laranja, Avril privilegia um confronto mais corpo a corpo, usando uma forte espada, ao passo que no modo roxo, a protagonista recorre a ataques à distância através de poderes psíquicos. Os incautos, possuem uma indicação colorida, que auxilia a distinguir qual dos modos que o jogador deve empregar para causar mais dano. No entanto, a classe de inimigos híbridos, pode ser atingida com qualquer tipo de modo, cabendo ao jogar optar pelo que se sente mais cómodo e confortável. Durante a demanda, Avril necessita de encontrar uma espécie de runas que permitem aumentar as suas capacidades e habilidades.

Graficamente, o estúdio de desenvolvimento de Batora: Lost Haven optou por uma palete de cores bastante atrativa, repleta de cores intensas, garridas e vibrantes. Porém, é nos pequenos detalhes que o jogo sobressai. Cada planeta possuí uma estética bem particular e própria, de acordo com a respetiva essência elemental que representam. No seu todo, o trabalho de design revela-se bastante idóneo e competente. A sonoplastia de Batora: Lost Haven encontra-se bastante agradável. Apesar de os efeitos sonoros não deslumbrarem, cumprindo apenas a sua função, a banda sonora eleva o título a um patamar um pouco mais alto. Isto porque, cada planeta possui o seu próprio tema musical ou orquestral e combina assertivamente com o ambiente e atmosfera existentes no astro. Um detalhe que faz toda a diferença. Um louvor para a presença do idioma Português, ainda que na sua versão do brasil, porém é sempre uma nota de destaque.

Graficamente, o estúdio de desenvolvimento de Batora: Lost Haven optou por uma palete de cores bastante atrativa, repleta de cores intensas, garridas e vibrantes.

Para concluir, necessito de referir alguns aspetos não muito positivos, sobretudo com movimentação da câmara, que em certas situações, está com demasiado zoom, dificultando o combate nas batalhas mais intensas. Por outro lado, pelo menos no modo normal, aquele que utilizei como base para este artigo de opinião, considero que a exigência deixou algo a desejar, uma vez que quer os inimigos como os próprios quebra-cabeças, são pouco desafiantes. Finalmente, a velha questão da repetibilidade, uma vez que apesar de mudar o figurino e roupagem dos díspares planetas por onde passamos, ao fim de algumas horas, a jogabilidade pode revelar-se demasiado repetitiva.

Finalmente, a velha questão da repetibilidade, uma vez que apesar de mudar o figurino e roupagem dos díspares planetas por onde passamos, ao fim de algumas horas, a jogabilidade pode revelar-se demasiado repetitiva.

Resumindo, Batora: Lost Haven é uma aventura agradável, assente numa competente direção de arte e com uma jogabilidade descomplexada, porém algo repetitiva. No entanto, o facto de ter quatro finais diferentes, certamente irá manter o jogador entretido por uma quantidade razoável de horas.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas

 

 

  • Share:

Também poderá gostar de

0 comments