Depois do segundo artigo, onde orientamos os espanhóis do Elche, hoje trago o terceiro episódio, agora ao comando dos franceses do Lorient, também eles apontados pela imprensa com a última equipa da Ligue 1.
Seguindo as regras iniciais, ou seja, começar um save numa dessas ligas e escolher a equipa que é apontada pela imprensa como a última classificada e o mais sério candidato a descer de divisão, todavia a nossa tarefa passa por evitar a todo o custo essa despromoção. Terminada a temporada e depois de realizar o respetivo balanço, dou por finalizado o meu trabalho e começo um novo save na próxima liga, escolhendo a respetiva equipa, até completar o lote dos The Big Five.
#02 - Lorient
A temporada arrancou com a normal verificação de quem cumpria os requisitos para ficar no plantel e realmente fiquei surpreendido pela positiva com a qualidade do plantel, o que me levou apenas a realizar pequenos ajustes. Chegaram ao clube, pela minha mão, apenas 4 jogadores, 3 no mercado de verão e 1 mais tarde, no mercado de inverno. Manuel Ugarte, jovem promissor uruguaio, médio defensivo, proveniente do Fénix a troco de €1,5 milhões de euros podendo chegar aos €2 milhões de euros e Daniel Bragança médio do Sporting CP por empréstimo, ambos bem conhecidos por mim, já que foram meus jogadores no save anterior. Chegou ainda Leonardo Gomes, defesa direito brasileiro, do Grémio por €1,2 milhões de euros. Mais tarde, em janeiro, juntou-se ao clube Pablo, defesa central brasileiro, por €850 mil euros, porque necessitávamos de mais opções, uma vez que foram transferidos alguns elementos.
No plano inverso, no mercado de verão saíram do clube pelas minhas ordens, Jonathan Delaplace experiente médio centro francês para o Zulte Waregem por €115 mil euros, Umut Bozok, ponta de lança turco com o qual contava, mas face à qualidade do plantel e às poucas oportunidades que iria ter, optei por vende-lo ao Galatasaray por €1,8 milhões de euros, Thomas Fontaine experiente central de Madagáscar para os turcos do Alanyaspor a troco de €850 mil euros. No mercado de inverno, saíram ainda mais alguns jogadores como, Fabien Lemoine e Paul Bellon, dois médios, ambos para o Wassland-Beveren, Laurent Abergel médio que até realizou alguns jogos, mas queria jogar mais, por sido foi transferido para o Nimes por €1,7 milhões de euros e finalmente, Matthieu Saunier defesa central para o Cercle Brugge por €60 mil euros.
Depois de analisado o plantel, após os ajustes efetuados no mercado de transferências e dos bons resultados que obtive nos outros saves, decidi atacar a temporada utilizando essencialmente duas táticas, sendo a principal a 451 e alternativa um 442 puro, com um construtor de jogo recuado no apoio e médio área a área no apoio, ambos no centro meio-campo, enquanto nos extremos decidi colocar dois médios ala no apoio. Na frente um ponta de lança a atacar e um avançado recuado a atacar.
A nível desportivo e como é habitual nas equipas orientadas por mim, o treinador-adjunto é que toma conta da equipa na pré-época, mas sempre utilizando as táticas delineadas inicialmente. No início da temporada a previsão da imprensa apontava-nos ao 20º lugar e último, mas conseguimos um impensável e inacreditável 2º lugar, apenas atrás do campeão PSG. Realmente, o Lorient tem muitos elementos de qualidade e com os ajustes certos no mercado foi possível realizar uma temporada bem acima da melhor das expectativas. Beneficiamos também, de prestações menos positivas de Lyon, Monaco e Marselha, que aliado a uma ponta final tremendamente regular, permitiu alcançar o segundo posto, a melhor classificação de sempre da história do clube.
Para registo, uma vez que não faz parte dos objetivos do save, na Coupe de France, fomos eliminados nos quartos de final, na marcação de grandes penalidades, depois de um 2-2 no tempo regulamentar, pelo Niort do segundo escalão francês. Até essa fase, eliminamos FC Versailles 78, Caen e Paris FC.
Foi uma época muita acima do planeado e do esperado, mas o plantel superou-se e existiram jogadores que realmente estiveram mesmo muito bem, como por exemplo, o guarda-redes Paul Nardi que realizou todos os 38 jogos da Ligue 1 terminando a temporada com média de 7.07, o que para a posição que ocupa é excelente.
O defesa central Julien Laporte foi igualmente importante, um autêntico esteio na zona central da defesa, realizando muitos jogos (32) e alcançando a média de 7.08.
O menino de casa, Enzo Le Fée, médio centro de apenas 20 anos (21 em fevereiro), foi um dos jogadores mais influentes na manobra da equipa, realizando todos os jogos e contribuindo com 3 golos e 15 assistências.
Para finalizar, uma palavra para o trio atacante, composto maioritariamente das vezes por Armand Laurienté, Adrian Grbic e Terem Moffi, que no conjunto foram responsáveis por 34 golos.
Posto isto, tal como referido inicialmente, o trabalho no Lorient foi dado como concluído, deste modo avanço para um novo save, sendo que a próxima Liga e consequente equipa, será apresentada no próximo artigo.
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