Depois do primeiro artigo, onde orientamos os alemães do Arminia Bielefeld, hoje trago o segundo episódio, agora ao comando dos espanhóis do Elche, também eles apontados pela imprensa com a última equipa da La Liga.
Seguindo as regras iniciais, ou seja, começar um save numa dessas ligas e escolher a equipa que é apontada pela imprensa como a última classificada e o mais sério candidato a descer de divisão, todavia a nossa tarefa passa por evitar a todo o custo essa despromoção. Terminada a temporada e depois de realizar o respetivo balanço, dou por finalizado o meu trabalho e começo um novo save na próxima liga, escolhendo a respetiva equipa, até completar o lote dos The Big Five.
#02 - Elche
A temporada arrancou com a normal verificação de quem cumpria os requisitos para ficar no plantel e apesar de termos um plantel com uma qualidade que me surpreendeu pela positiva, decidi trazer para o clube alguns jogadores emprestados e outros a título definitivo, uma vez que as finanças estavam bastante positivas. Chegaram ao clube pela minha mão e na condição de emprestados, Matheus Fernandes médio centro do Barcelona, Fábio Vieira extremo do FC Porto, Daniel Bragança médio defensivo do Sporting CP, Oriol Busquets médio defensivo do Barcelona. A título definitivo, mercado de verão, foi contratado Manuel Ugarte médio defensivo do Fénix a troco de €1,5 milhões de euros podendo chegar aos €3,6 milhões de euros. No mercado de janeiro, chegaram ainda Francisco Conceição extremo emprestado pelo FC Porto e a título definitivo, Andreas Voglsammer ponta de lança alemão do Arminia Bielefeld por €800 mil euros podendo chegar aos €950 mil euros e Olexandr Tymchyk defesa direito ucraniano do D. Kiev por €3,5 milhões de euros podendo chegar aos €4,2 milhões de euros.
No plano inverso, no mercado de verão saíram do clube pelas minhas ordens, alguns jogadores por empréstimo, sem grande expressão na equipa principal, no entanto, em janeiro optei por vender Luismi Sánchez médio centro para os belgas do Genk por €1,2 milhões de euros e Pere Milla extremo direito para os italianos do Verona por €2,5 milhões de euros podendo atingir os €3,4 milhões de euros. Saíram também mais alguns elementos por empréstimo, mas sobretudo dos escalões secundários da equipa.
Depois de analisado o plantel e após os ajustes efetuados no mercado de transferências, decidi atacar a temporada utilizando essencialmente duas táticas, sendo a principal a 451, habitualmente utilizada por mim na maioria dos meus saves, mas para alternativa desta vez optei por um 442 puro, com um construtor de jogo recuado no apoio e médio área a área no apoio, ambos no centro meio-campo, enquanto nos extremos decidi colocar dois médio ala no apoio. Na frente um ponta de lança a atacar e um avançado recuado a atacar.
A nível desportivo e como é habitual nas equipas orientadas por mim, o treinador-adjunto é que toma conta da equipa na pré-época, mas sempre utilizando as táticas delineadas inicialmente. No início da temporada a previsão da imprensa apontava-nos ao 20º lugar e último, mas com muito trabalho e dedicação conseguimos um incrível 5º lugar e consequente apuramento para a Liga Europa. Realizamos uma La Liga tremendamente regular, apesar das dificuldades iniciais onde nos primeiros 11 jogos apenas conseguimos 3 vitórias, porém e depois de os jogadores perceberem as minhas ideias, alcançamos um período de 17 jogos sem derrotas, tendo inclusive vencido o Real Madrid e empatado com Barcelona e Atlético de Madrid. Tudo conjugado, conseguimos contrariar todas as expectativas e igualamos a melhor posição no campeonato da história do clube, um 5º lugar que também tinha sido atingido no longínquo ano de 1963/64.
Apenas para nota de registo, uma vez que não faz parte dos objetivos do save, na Copa del Rey ou Taça de Espanha, o nosso desempenho foi muito modesto, tendo sido eliminados na 2ª eliminatória, frente ao histórico Deportivo que agora milita na 3ª divisão espanhola, perdendo por 1-0 no Riazor. Até esse jogo, apenas realizamos mais uma eliminatória, vencendo sem dificuldades o Comillas por uns esclarecedores 9-0.
Foi uma temporada muito positiva e apesar da muita qualidade existente no plantel, nunca pensei que o objetivo de evitar a descida de divisão fosse atingido com tanta tranquilidade. No plano individual destaco alguns jogadores que foram tremendamente importantes, como o guarda-redes Edgar Badía, titular indiscutível, realizando 38 jogos e não sofrendo golos em 13, terminando a temporada com uma média de 7.07.
A dupla de centrais composta por Dani Calvo e Diego González que foi a mais utilizada também muito importante para o desempenho da equipa, uma vez que ambos realizaram 33 partidas, tendo o primeiro terminado com uma média de 7.04 e o segundo marcado 7 golos, resultando numa organizada e competente zona defensiva.
Fábio Vieira, Francisco Conceição e Daniel Bragança também realizaram uma temporada positiva, com muitos jogos, golos e assistências, sendo igualmente importantes na manobra da equipa. No plano inverso, ou seja, abaixo das minhas expectativas, Manuel Ugarte a contratação mais sonante da equipa, ficou um pouco aquém, apesar dos 32 desafios realizados, a sua média cifrou-se apenas em 6.62.
Posto isto, tal como referido inicialmente,
o trabalho no Elche foi dado
como concluído, deste modo avanço para um novo save, sendo que a próxima Liga e
consequente equipa, será apresentada no próximo artigo.
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