DESPORTO: Liga dos Campeões | 2ª mão Oitavos de Final | FC Porto - Juventus | Rescaldo e opinião

10.3.21

O FC Porto deslocou-se Juventus Stadium e apesar da derrota por 3-2 após prolongamento, conseguiu o apuramento para os quartos de final da Liga dos Campeões, afirmando-se com uma das oito melhores equipas da europa.

Sérgio Conceição apresentou o seu onze base e teoricamente mais forte, sem invenções táticas e sem mais defesas ou médios defensivos para segurar a magra vantagem trazida do jogo da 1ª mão.

Uma equipa que se encontra em vantagem na eliminatória e a defrontar uma das equipas mais poderosas da europa, normalmente opta por uma postura mais defensiva, de contenção e à espera de ver o que o adversário iria fazer, mas o FC Porto não o fez. Obviamente com cautelas e com alguns sustos pelo meio, os dragões passaram grande parte dos primeiros 45 minutos a explorar as poucas debilidades da vecchia signora, colocando em sentido a zona mais recuada dos transalpinos. Zaidu enquanto teve forças, subiu inúmeras vezes pelo seu flanco, Mehdi Taremi cabeceou ao poste, Sérgio Oliveira, Otávio e Matheus Uribe remataram à baliza, dando sinais claros que os azuis e brancos queriam marcar em Turim. E marcaram mesmo, à passagem do minuto 19, através de uma grande penalidade cometida sobre Mehdi Taremi e convertida com a habitual classe por Sérgio Oliveira. Os italianos sentiram e ver algumas das maiores estrelas do futebol europeu a discutir entre si, só pode ser um mau pronuncio. O perigo para a baliza dos dragões aparecia apenas dos cruzamentos de Juan Cuadrado, das desmarcações rapidíssimas de Federico Chiesa e dos remates e cabeceamentos de Álvaro Morata, no entanto Agustín Marchesín foi gigante e levou o 0-1 para o descanso.

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Os 45 minutos de sonho, de capacidade, de querer e da vontade, ameaçaram rapidamente ruir após uma série de erros infantis, no recomeço da segunda parte. Sofrer logo um golo aos quatro minutos, permite o alento ao adversário, depois em pouco espaço de tempo, um jogador como o Mehdi Taremi ser expulso por chutar para longe uma bola, por fim, sofrer novo golo por falha de marcação defensiva, só podia acabar em desastre, mas não. Apesar da pressão de uma Juve completamente transfigurada para melhor, os estoicos jogadores azuis e brancos, foram buscar forças onde não tinham, uniram-se e bateram o pé ao colosso italiano. Já depois das muitas substituições em ambas as equipas e de alterações necessárias à disposição tática, o jogo caminhou para o necessário e cansativo prolongamento. 

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O prolongamento chegou e os dragões mantiveram-se disponíveis, a lutar, a defender e a espreitar o contra-ataque, perante uma Juve já menos pressionante e virada para o ataque fulgurante. Aos 115 minutos, livre frontal, Sérgio Oliveira remata forte, a bola passa por baixo da barreira e Wojciech Szczesny foi incapaz de defender. Loucura em pleno relvado, com todos os jogadores a correrem para dentro do campo a festejar, mas o jogo ainda não tinha acabado. Logo de imediato, Adrien Rabiot de cabeça, colocou novamente os italianos em vantagem e a precisarem apenas de mais um golo para seguirem em frente, no entanto, não o conseguiram.

Destaque individual três jogadores, Agustín Marchesín que defendeu o que conseguiu, realizando uma exibição monstruosa, Pepe que a idade parece não passar por ele, realizando inúmeros cortes decisivos e Sérgio Oliveira, o homem golo, decisivo pelos golos, mas também pelo que joga e faz jogar. Do lado transalpino, Federico Chiesa pelos golos, mas sobretudo pela velocidade que imprime no jogo, nas desmarcações e na capacidade de finalização.

Em suma, foi talvez uma das derrotas mais saborosas dos últimos tempos, uma vez que conjugada com o resultado da 1ª mão, permitiu a passagem do FC Porto aos quartos de final da Liga dos Campeões. O FC Porto volta aos jogos no próximo domingo, recebendo no Estádio do Dragão a equipa do Paços de Ferreira, para mais uma jornada da Liga NOS.


 
 

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2 comments

  1. É como escreve Carlos Silva no seu comentário. Foi talvez uma das derrotas mais saborosas dos últimos tempos.
    Sem dúvida. A equipa do FCPORTO fez uma primeira parte com bom futebol, com muito e belas jogadas de entendimento colectivo, nao descurando a sua defesa.Marcou cedo, o que lhe deu um certo alento, terminando ao intervalo a ganhar por um talvez escasso 1-0.
    Na parte complementar entrou mal no jogo, pois, com os dois golos marcados pela Juventus veio comlplicar um pouco, igualando a eliminatória. Porém, os Portitas com algum sofrimento consegui marcar mais um golo o que seria muito bom para a eliminação do adversário. Mas aconteceu o indesejável, o golo dos Italianos e, assim com menos um jogador o
    Porto por expulsão de Taremi, levou a partida para prolongamento.
    Foi duro, foi sofrido, mas este FCPORTO defendeu-se estoicamente fazendo então uma bela partida conseguindo passar a eliminatoria seguinte, um grande feito para a história do clube.
    Quanto ao destaque. Eu destaco toda a equipa do FCPORTO, porque esta equipa jogou com menos um elemento durante uma hora e tal e aguentuo-se muito bem. Embora haja três jogadores mais um pouco que outros, conforme escreve Carlos Silva, MARCHESIN, PEPE, SERGIO OLIVEIRA. Esta correcto aceita-se.
    Saudações desportivas e até à próxima.
    Abracos.

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    1. Obrigado pelo comentário. Noite histórica dos dragões, 17 anos após outra em Manchester. Vamos ver como vai correr daqui para a frente. Abraço

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