JOGOS: Nioh 2 | Análise

19.3.20


Nioh 2 cujo a data de lançamento foi o dia 13 de março, chega até nós pelas mãos dos estúdios de desenvolvimento Team Ninja, responsável por jogos como Ninja Gaiden e Dead or Alive e foi publicado na europa pela Sony Interactive Entertainment.

Nioh 2 que curiosamente é o jogo seguinte da franquia, depois de Nioh ter sido lançado em fevereiro de 2017, no entanto a sua história funciona como uma espécie de prequela do título original. As parecenças com o Nioh são por demais evidentes, no entanto neste novo título saltam à vista algumas particularidades que conferem mais robustez e vigor ao novo título da Team Ninja.


A história desenrola-se em 1555 na violenta região feudal do Japão do período Sengoku, mais precisamente 50 anos antes da ação de Nioh, onde depois de uma introdução que nos elucida um pouco sobre os terríveis acontecimentos que assolam a região, somos presenteados com uma ferramenta para a criação da nossa personagem. Como um bom RPG, as opções de caraterização do nosso guerreiro são imensas, detalhadas e tremendamente completas, pelo que é garantido que irão aparecer personagens incrivelmente concebidas e seguramente que o jogador irá despender imenso tempo a aprimorar e a personalizar o seu herói.

Terminado o processo, temos a possibilidade de centrarmos atenções em alguns tutoriais sobre os movimentos básicos da personagem ou técnicas de combate, pelo que sugiro a todos os que estão a iniciar esta aventura pela primeira vez e não passaram pelo primeiro Nioh, a não saltarem este aspeto, pois é extremamente útil para perceberem as mecânicas do jogo. Aos mais experientes, apesar de o apelo não ser tão vigoroso, recomendo pelo menos o tutorial de combate, pois em Nioh 2 existem algumas mudanças na forma como a personagem pode abordar os confrontos.


Sendo Nioh 2 um RPG de ação, o foco principal está no combate e se no seu antecessor essa característica já era bem evidente, posso adiantar que neste título o combate está num nível ligeiramente superior. Num título em que a história é quase um acessório é normal que o combate assuma protagonismo e nas lutas contra os temíveis bosses é claramente percetível a qualidade do trabalho desenvolvido nessa vertente. Nada é mais reconfortante do que derrotar um chefe, uma vez que a sensação gratificante da vitória se sobrepõe superiormente às inúmeras derrotas que iremos efetivamente sofrer e uma coisa vos garanto, não irão ser poucas.

Ainda no combate, uma inovação é a possibilidade de alternar entre as capacidades combativas de um humano com as místicas e espiritosas habilidades de um yokai, garantindo argumentos extras para derrotar os nossos inimigos. Uma espécie de funcionalidade que transforma o nosso guerreiro em metade humano, metade espirito, abonando-o com poderes especiais que vão desde golpes mais poderosos, ataque à distância ou maior velocidades em atacar os inimigos, os quais poderão fazer toda a diferença num intenso e duro combate. Para finalizar, em determinados locais existem as “Benevolent Graves” onde podemos evocar os espíritos de outros jogadores que passaram por este local, que controlados pela inteligência artificial, nos auxiliam na nossa demanda, sobretudo na luta contra os chefes principais.


Num titulo deste género é de extrema importância que a jogabilidade seja assertiva e fluída, porque senão pode comprometer toda a experiência. Se em Nioh essa faceta já era visível, em Nioh 2 a jogabilidade ainda evoluiu para patamares superiores. É incrível como tudo se conjuga de uma forma harmoniosa, resultando em combates completamente frenéticos e deveras intensos. O grafismo, aliado a uma sonoplastia de eleição, complementam toda a experiência, fazendo-nos sentir mesmo dentro do próprio combate. A versão que tive acesso tinha a possibilidade de escolher a linguagem em inglês ou japonês, acompanhado de legendas em português, no entanto, na minha opinião, se poderem optar pela linguagem no idioma original, o resultado final da experiência é mesmo impressionante.

Em suma, Nioh 2, tal como o seu antecessor, não é um jogo de fácil absorção, pois irá necessitar de muita atenção e paciência por parte do jogador, no entanto, quando nos entranhamos na experiência e começamos a ultrapassar os inimigos mais complicados, só queremos continuar a jogar, jogar e jogar.

Esta análise foi realizada através de uma cópia cedida pelo representante de relações públicas da PlayStation Portugal.

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