No seguimento da Temporada #03 hoje deixo aqui registado tudo o que ocorreu na minha quarta temporada comandando os destinos do Deportivo da Corunha.
Como é hábito nas pré-temporadas,
o mercado tem sempre um papel fundamental na constituição do plantel que irá
atacar a nova temporada. Sendo assim, chegaram ao clube diversos jogadores, como
Miguel
Angel Ruiz e Oleg Reabciuk, ambos livres, jovens
com valor, mas numa primeira fase para a equipa B, no entanto ambos foram
emprestados nessa mesma janela de mercado, Joe Hart, guarda-redes experiente
proveniente a custo zero do Manchester City para assumir a
titularidade da baliza, Éder Álvarez Balanta defesa central
colombiano, nem sequer estava a equacionar o reforço dessa posição, no entanto
surgiu como uma excelente oportunidade de negócio, a troco de €2
milhões de euros, depois de ser titular absoluto em duas temporadas e
ter chegado ao seu clube por €8 milhões de euros. Mikel
Merino, médio polivalente a troco de €11,5 milhões de euros (podendo
chegar ao €12.5 milhões de euros) do Borussia Dortmund, Marko
Grujic médio versátil por €4.2 milhões de euros proveniente do
Liverpool,
Moi
Gómez extremo direito por €7 milhões de euros vindo do Inter
de Milão e por fim Carles Aleñá jovem médio de largo
futuro, proveniente do Barcelona a troca de €650
mil euros. No total foram gastos cerca de €25.5 milhões de euros.
Entretanto, abandonaram o clube
diversos atletas, uns transferidos por montantes de assinalar apesar de ser
elementos importantes, outros vendidos porque não faziam parte das minhas
ideias, outros emprestados por contar com eles no futuro e outro saíram a custo
zero, pois o seu contrato terminou. Destaque para as saídas de Cristian
Tello para o Nápoles a troco de €21,5
milhões de euros, claramente um excelente negócio, pois chegou ao clube
a cerca de dois anos por uma verba de €3.8 milhões de euros, realizando
duas temporadas de grande nível, mas o valor oferecido era irrecusável. Marcos
Llorente também abandonou o clube de uma forma semelhante, ou seja, por
um valor considerável, €20 milhões de euros, mas ao
contrário de Cristian Tello, nunca foi um titular absoluto, apesar de ser um
elemento com quem eu contava. De salientar que chegou na época anterior e a
custo zero, por isso o lucro foi enorme. Foram também transferidos, mas por
valores inferiores, Alejandro Arribas defesa central titular durante 4 anos no Deportivo,
no entanto face à chegada de outros jogadores e fruto de estar no último ano de
contrato, decidi avançar para a venda ao Villarreal por €5 milhões de euros, Nicolás
Kippes jovem avançado contratado a custo zero no ano passado, depois de
um empréstimo bastante proveitoso aos belgas do KAS Eupen, avançamos para
a sua venda ao Real Zaragoza por €3.5 milhões de euros. No total
foram recebidos cerca de €53 milhões de euros.
Depois de uma pré-época com
muitos jogos e vitórias, iniciamos a La Liga com uma derrota caseira frente
ao Valencia,
no entanto a temporada de 2019-2020 seria mesmo histórica e de glória. Depois
de duas temporadas consecutivas em que ficamos em 2º lugar, desta vez
conquistamos mesmo o título, contribuindo muito para isso apenas os dois jogos
empatados. Renhida até ao fim, com os colossos Barcelona e Real
Madrid sempre por perto e a pressionarem, no entanto a La
Liga não fugiu. Destaque individual para Angeliño, 2º melhor
jogador do campeonato com classificação média exibicional, Juanfran 2º jogador com
mais assistências na prova, Maximilian Philipp que marcou 18
golos na La Liga e Cristian Pavón, talvez o melhor jogador
da temporada do Deportivo, contribuindo com 17 golos e 10 assistências.
Na Liga dos Campeões, conseguimos
o apuramento para os oitavos de final da prova ficando em 2º lugar do grupo,
atrás dos poderosos ingleses do Manchester City, mas à frente de Olympique
Lyonnais e Zenit. Nos oitavos, eliminamos os italianos da Roma,
com duas vitórias, seguiu-se os bem conhecidos FC Barcelona, que os
conseguimos eliminar, fruto de uma vitória categórica no Riazor por 5-3 e um
empate 2-2 em Camp Nou. Nas meias finais, o campeão Europeu em título Manchester
United seria mais forte, vencendo ambos os jogos com facilidade e mais
tarde sagrando-se Bicampeão Europeu. Foi a nossa melhor prestação na prova
milionária, desde que assumi o comando do Deportivo.
Na Taça do Rei, fizemos um
percurso perfeito até às meias finais da competição, contando por vitórias os
jogos realizados, no entanto nos jogos decisivos frente ao Real Madrid, acabamos por
ser derrotados em ambos, não alcançando a final. Até às meias finais batemos, Real
Jaén, Rayo Vallecano e Athletic Bilbao.
Ao quarto ano, finalmente um
troféu e logo o mais ambicionado e desejado, a La Liga. Nas restantes
competições, cumprimos os objetivos delineados no inicio da temporada, que na Liga
dos Campeões era Alcançar Fase de
Grupos, tendo atingido as meias finais e na Taça do Rei a direção
tinha assumido uma postura sem expectativa, tendo alcançado também as meias
finais da prova.
A nível pessoal, voltei a ser
considerado o Treinador do Ano, depois de o ter perdido no ano anterior para Zinedine
Zidane. Cumprido uma das minhas regras quando iniciei o save (- Quando
for campeão, abandono o clube e parto para novo projeto;), no final desta temporada,
decidi abandonar o clube, partindo assim para outra aventura.
Confiram tudo no próximo artigo,
onde irei continuar o meu percurso de treinador, no entanto relembro as diretrizes
impostas no inicio do save:
- Não pode ter sido campeão recentemente;
- Não pode ter sido recentemente promovido;
- Não pode ser um clube já treinado por mim em
versões anteriores;
- Usar as minhas táticas de sempre;
- Utilizar o maior número possível de jogadores
formados no clube;
- Valorizar o maior número possível de jogadores
(rácio valor de compra/venda);
- Quando for campeão, abandono o clube e parto para
novo projeto;
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