Sérgio Conceição, privado de Tiquinho Soares não inscrito e Vincent Aboubakar lesionado, optou por fazer alinhar mais um médio, neste caso Héctor Herrera, regressando ao onze inicial depois de dois jogos como suplente utilizado, mudando ligeiramente de esquema tático.

Melhor entrada em jogo era impossível, uma vez que logo aos 2 minutos de jogo e na primeira aproximação à área adversária, Moussa Marega muito bem servido por Maxi Pereira, ganha a linha de fundo e cruza atrasado, onde aparece Héctor Herrera para inaugurar o marcador. Face às condições climatéricas adversas, os jogadores de ambas as equipas sabiam que tinham de ser mais lutadores e trabalhadores, deixando de lado os lances vistosos e de fino recorte, mas jogadores como Óliver Torres, Jésus Corona e Yacine Brahimi, ainda assim conseguiam aliar toda a capacidade técnica num terreno cada vez mais pesado. Certo que o FC Porto, apesar de todo o domínio, pouco incomodou a zona mais recuada dos russos, mas controlava a partida. O Lokomotiv, pouco esclarecido na partida, não perturbou os azuis e brancos, mesmo quando cometeram alguns erros que normalmente a este nível, se pagam muito caro. Já quase a terminar o tempo parcial, Héctor Herrera com um passe de grande qualidade, isola Moussa Marega que à saída de Guilherme, coloca a bola por baixo das pernas do guarda redes, ampliando o resultado.

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Na segunda metade, os russos sabiam que tinham que fazer muito mais, se ainda queriam sonhar com o apuramento para os oitavos de final, e talvez mesmo por isso, o seu treinador faz sair um irreconhecível Manuel Fernandes, fazendo entrar Jefferson Farfán. A fase inicial foi o melhor período do Lokomotiv, criando diversos problemas aos azuis e brancos, sobretudo através de bolas paradas. O golo viria mesmo a ocorrer e através de um canto, onde Jefferson Farfán cabeceia para fundo da baliza de Iker Casillas. Seguiram alguns momentos de intranquilidade na zona defensiva portista, que paulatinamente foram sendo anulados. A pouco menos de 20 minutos para o final, finalmente a tranquilidade aparece, num lance onde Guilherme coloca a bola nos pés de Óliver Torres que rapidamente desmarca Jésus Corona, que depois de tirar o defesa do caminho, remata por baixo das pernas do guarda redes, colocando o resultado em 3-1. Com a vitória bem encaminhada, o ritmo da partida baixou ainda mais, contrastando com chuva intensa, mas para o final estava reservado o melhor golo da noite chuvosa. Depois de uma jogada de insistência, a bola sobra para a entrada da área onde aparece Otávio que remata forte e em arco, estabelecendo o resultado final.

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Destaque individual para Óliver Torres, o jogo do FC Porto mudou claramente para melhor desde que o pequeno mágico espanhol assumiu a titularidade, apresentando-se cada vez mais lutador e trabalhador, juntando esses importantes aspetos à capacidade técnica e de passe que lhe é unanimemente reconhecida. Do lado russo, Anton Miranchuk destaca-se claramente dos restantes jogadores, mas é claramente insuficiente para resolver sozinho todos os problemas.

Em suma, o resultado foi claramente melhor do que a exibição, no entanto nestas andanças o mais importante é ser eficaz e assertivo, e isso o FC Porto foi. O apuramento está apenas a 1 ponto de distância, quando faltam apenas dois jogos para terminar a fase de grupos, numa edição que está a ser claramente favorável aos portistas, no plano desportivo como no cada vez mais importante plano financeiro. No próximo sábado, o FC Porto tem mais um encontro importante, para a Liga NOS, que no Estádio do Dragão defronta o SC Braga, num embate entre os dois líderes da competição.