FM2017: Deportivo da Corunha - Temporada #02

12.7.18


No seguimento da Temporada #01 comandando os destinos do Deportivo da Corunha, estou de volta para mostrar todas as incidências que ocorreram no segundo ano.

Depois de na época anterior as entradas se terem resumido a apenas um jogador e por empréstimo, desta feita o mercado, quer de entradas, quer de saídas, foi deveras movimentado. No verão, chegaram ao clube 10 jogadores, dos quais 5 a custo zero e os restantes 5 com valor de transferência pouco exorbitantes, uma vez que era necessário cumprir os apertados orçamentos. Dos livres destaco Rachid Ghezzal extremo direito do Olympique Lyon, Maximilian Philipp jovem alemão, avançado móvel do Freiburg que vieram para ser opção no onze, ao passo que Gerard Gumbau e Sergio Reguilón foram contratados numa perspetiva de evolução e utilização futura. Fede Cartabia já tinha sido contratado pela direção, antes de eu assumir funções e apesar de não ser uma escolha minha, foi utilizado no plantel principal com alguma regularidade. Relativamente às outras entradas, Adrián Ortolà foi adquirido ao FC Barcelona por 350 mil euros (podendo chegar aos 400 mil euros) mas tal como outros jogadores já referidos, foi numa perspetiva de evolução e utilização futura, no entanto, neste mesmo mercado foi emprestado aos alemães do Wolfsburg. José Ángel veio para ser o titular do lado esquerdo da defesa, sendo comprado ao FC Porto por 400 mil euros (podendo chegar aos 450 mil euros), Robert Bauer para dar concorrência a Juanfran no lado direito da defesa, adquirido por 2.8 milhões de euros (podendo chegar aos 3.1 milhões euros) aos alemães do Werder Bremen, Danilo para ser o trinco titular, adquirido por 2.1 milhões de euros ao SC Braga e a maior transferência foi Cristian Tello, extremo para jogar sobretudo do lado esquerdo do ataque, comprado ao FC Barcelona por 3.8 milhões de euros. No mercado de inverno, em janeiro apenas um retoque, a chegada por empréstimo de Reiss Nelson proveniente do Arsenal para dar maior profundidade ao plantel. No total, foram investidos 9.5 milhões de euros.


No plano inverso, deixaram o clube muitos elementos, destacando Álex Bergantiños para os romenos do Astra Giurgiu por 350 mil euros, que apesar de não ser um jogador fundamental era dos mais experientes e formado no Deportivo, pelo que não queria abdicar da sua utilidade, no entanto, fui sensível ao seu pedido para sair. Fernando Navarro, experiente defesa esquerdo que foi utilizado com frequência na temporada passada, no entanto decidiu reformar-se, Laure defesa direito experiente e com utilização regular, mas face à entrada de outro jogador para a sua posição, decidi avançar para a sua venda aos ingleses do Middlesbrough por 600 mil euros, Fayçal Fajr, que foi pouco utilizado e vinha constantemente a reclamar minutos no onze titular, foi transferido para os franceses do Lille por 4 milhões de euros numa excelente operação financeira, Oriol Riera que não fazia parte das minhas contas para o plantel, vendido por 550 mil euros ao Getafe, Manu Molina que tinha sido promovido do Deportivo B em janeiro da época anterior, no entanto sem grandes oportunidades, decidi avançar para a sua venda ao turcos do Alanyaspor por 850 mil euros (podendo chegar aos 1.2 milhões euros), Luisinho titular no lado esquerdo da defesa na temporada transata, mas face às aquisições e à sua idade, foi transferido para os turcos do Mersin por 300 mil euros, Bruno Gama, que apesar de ter jogado muitos minutos nunca me convenceu e foi vendido aos franceses do Montpellier por 500 mil euros, Raúl Albentosa um defesa central diversas vezes utilizado saiu por empréstimo para os franceses do Bordéus, que acionaram a clausula de compra em janeiro por 1.8 milhões de euros. No mercado de inverno, saiu por empréstimo Borja Valle para o Las Palmas, pois queria jogar com frequência e não estava a ser escolha principal no Deportivo. No total, foi arrecadado cerca de 9 milhões de euros.



Depois de uma pré-temporada 100% vitoriosa, onde a equipa foi orientada pelo meu treinador adjunto, o arranque de época não se avizinhava nada fácil, já que num período de 8 dias tínhamos que enfrentar o AC Milan no play-off de acesso à Liga dos Campeões, intercalado com a visita ao Santiago Bernabéu para defrontar o Real Madrid referente à primeira jornada da La Liga. Estreamo-nos na competição com uma derrota por 3-1 frente ao Real Madrid, numa prova onde mais uma vez, excedemos todas as expectativas, ficando num incrível e impensável 2º lugar, logo atrás do Real Madrid campeão, mas à frente de equipas poderosas como FC Barcelona, Atlético de Madrid 9º classificado e desilusão da prova, Sevilla 10º classificado e Valencia 11º classificado. Foi uma caminhada difícil e complicada, mas o bom trabalho de todos permitiu alcançar um lugar de entrada direta na próxima edição da Liga dos Campeões. No total, 38 jogos, 23 vitórias. 9 empates e apenas 6 derrotas, tendo marcado 72 golos e sofrido 44, perfazendo 78 pontos. De salientar a vitória épica por 4-3 frente ao Atlético de Madrid no Vicente Calderón, com um fantástico hat-trick de Maximilian Philipp em apenas 3 minutos.


Para a Liga dos Campeões, tal como referido acima, enfrentamos o AC Milan no play-off de acesso. Na 1ª mão, a jogar em San Siro, empatamos 1-1 com um importante golo fora marcado por Florin Andone, no entanto, no jogo a contar para a 2ª mão e disputado no Riazor quase lotado, vencemos por uns surreais 5-0, com golos de Florin Andone 2, Cristian Tello, Sidnei e Rachid Ghezzal, garantindo assim um lugar na fase de grupos. Tivemos a companhia de equipas como Chelsea, Spartak Moscovo e Celtic, sendo que teoricamente poderíamos disputar o 2º lugar, uma vez que os ingleses eram claramente os favoritos, e acabaram por confirmar mesmo essa situação ao terminar em 1º lugar. Nós, depois de muita luta, conseguimos o apuramento apenas com diferença de 1 ponto para o 3º lugar e 2 para o 4º lugar, o que é revelador das dificuldades que enfrentamos. Nos oitavos de final, enfrentamos os milionários do Paris Saint-Germain e a jogar em casa na 1ª mão, ainda sonhamos com a vitória, depois de um golo madrugador de Edinson Cavani e já na segunda parte, Cristian Tello empata e pouco tempo depois, a cambalhota no marcador podia mesmo ter acontecido, mas Emre Çolak desperdiçou uma grande penalidade, terminando o encontro empatado e obrigando a marcar no Parque dos Príncipes para passar a eliminatória. Em frança, apesar de todo o favoritismo do PSG, perdemos apenas por 1-0 e apesar da eliminação, deixamos uma boa imagem.


Na Taça do Rei, realizamos um percurso fantástico, iniciando frente ao Racing Club de Ferrol dos escalões inferiores de Espanha, vencendo ambas as mãos pelo mesmo resultado, 2-0 e com a particularidade de alinhar com um lote de jogadores menos utilizados. Seguiu-se o desafio frente ao primodivisionário Real Bétis, onde levamos de vencido no Riazor por 2-0 e apesar da derrota por 2-1 no Benito Villamarín, passamos fruto do golo fora. Nos quartos de final, eliminamos o Málaga sem grandes dificuldades tendo vencido no La Rosaleda por 1-0 e fechado a eliminatória em casa com nova vitória por 3-0. Nas meias finais, um jogo completamente de loucos, onde a vitória nos sorriu por 4-3, escandalizando por completo o Camp Nou, no entanto sabíamos perfeitamente que a eliminatória não estava resolvida, mas a jogar em nossa casa e com o apoio dos nossos adeptos, conseguimos o apuramento para a final, empatando 1-1 frente ao FC Barcelona. Na final, curiosamente disputada no Camp Nou, frente ao outro colosso espanhol, Real Madrid, realizamos uma exibição assertiva tendo empatado no tempo regulamentar e prolongamento, 2-2, levando o jogo para a lotaria das grandes penalidades, onde acabaríamos por sair derrotados por 9-8.


Os objetivos delineados entre mim a direção do clube, apesar do fantástico 4º lugar alcançado na temporada anterior, eram terminar a La Liga na metade superior da tabela, alcançar a 5ª eliminatória da Taça do Rei e alcançar a fase de grupos da Liga dos Campeões, sendo todos superados, por isso e mesmo não tendo conquistado nenhum título, considero que foi uma época tremendamente positiva.


A nível pessoal, tal como o ano passado, foi distinguido com o prémio Treinador do Ano, ficando à frente de Zinedine Zidane, treinado campeão nacional e de Paco Herrera, treinador do Granada que os guiou a um fantástico 7 lugar e possível presença nas competições europeias.


A minha boa prestação ao serviço do Deportivo da Corunha originou alguns convites, mais concretamente da Juventus e curiosamente 2 vezes pelo Valencia, mas por presidentes diferentes e em datas distintas, no entanto, as entrevistas foram imediatamente rejeitadas uma vez que o objetivo passa por vencer a La Liga pelo Deportivo da Corunha e só depois partir para novos desafios.




No próximo artigo, avançamos para a terceira temporada ao leme do Deportivo da Corunha e será que iremos ter sucesso na Liga dos Campeões? Em que posição terminaremos na La Liga, será possível repetir o lugar da época transata? Quem deixou o clube e quem entrou? Conquistaremos algum troféu? Confiram tudo.

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2 comments

  1. Que está nova temporada seja uma temporada recheada de belos êxitos.
    Vamos aguardar então, como anteriormente com certo interesse.
    Saudações e até breve.

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    1. Obrigado pelo comentário. Não é fácil pois o Deportivo não tem o poderio financeiro de outros clubes...

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