JOGOS: Tekken 8 | Análise

6.2.24

Tekken 8 foi o mais recente título que tivemos acesso, na sua versão de PlayStation 5, um jogo pertencente a uma série com muitos adeptos e fãs, mas simultaneamente muitos anos de vida.

Desenvolvido em conjunto pela Arika e a Bandai Namco Studios, publicado mundialmente pela Bandai Namco Entertainment, Tekken 8, tal como o próprio nome assim o indica, é o oitavo capítulo de uma saga idolatrada e com bastante sucesso no segmento dos jogos de luta. Com os recentes lançamentos de títulos marcantes de séries como Mortal Kombat e Street Fighter, era de todo necessário para equilibrar a balança dos jogos de luta mais populares à escala mundial. Será que conseguiu competir ferozmente e bater-se assertivamente com a concorrência?

Iniciando pela narrativa, que como é do conhecimento geral, neste tipo de jogos é ligeiramente acessória, ainda assim, os tempos atuais exigem uma trama competente e idónea, sendo que esta surge no modo campanha, intitulado The Dark Awakens. Os seus acontecimentos ocorrem exatamente 6 meses após o fim do título antecessor, Tekken 7, por isso é aconselhado estarem a par do que aconteceu anteriormente. Sendo mais preciso, a sua trama aborda o confronto entre Jin Kazama e Kazuya Mishima, filho e pai respetivamente, onde o descendente tenta por fim ao caos vivido na linhagem familiar, matando o seu próprio progenitor. Saliente-se que a história surge apenas para interligar os combates, porém e apesar de sucinta, ela confere um dinamismo especial e bastante agradável ao modo, captando devidamente toda a atenção do jogador.

No entanto, estão presentes outros modos de jogo, como o Arcade Quest onde o jogador enfrenta diversos opositores, procurando ocupar o primeiro lugar na tabela classificativa e consequentemente vencer o torneio Tekken Wolrd Tour. O jogador, tem a possibilidade de criar o seu avatar, para combater uma grande variedade de rivais, necessitando de aprender a dominar as manobras básicas e as habilidades. Saliente-se que os confrontos são frente a inimigos controlados pela IA do jogo e não contra jogadores espalhados pela Internet fora. Um detalhe interessante é o facto de o jogador ser presenteado com itens de personalização das personagens, assim que termina e conquista o respetivo torneio, podendo ainda voltar a joga-lo com outros lutadores. Estão presentes outros modos, como o Tekken Ball, algo mais descontraído (se é que se pode dizer isso de um jogo de luta!), nas suas vertentes online e offline, onde a classificação geral não é um objetivo, mas sim um combate salutar e divertido.

A narrativa, que como é do conhecimento geral, neste tipo de jogos é ligeiramente acessória, ainda assim, os tempos atuais exigem uma trama competente e idónea, sendo que esta surge no modo campanha, intitulado The Dark Awakens

Em termos de jogabilidade, obviamente que Tekken 8 dá sequência ao que foi apresentado no título anterior, no entanto existem algumas nuances técnicas e novas mecânicas que dão dinamismo e conferem alguma agressividade extra ao combate, sobretudo porque neste novo jogo é premiado quem optar por uma abordagem mais ofensiva ao invés daqueles que preferem adotar uma postura de caracter defensivo. Uma das novas funcionalidades é o Heat, uma barra que aparece debaixo da barra de vida, que quando no seu estado máximo, potencia exponencialmente os ataques da nossa personagem, tronando-a ainda mais devastadora e fatal, incluindo a possibilidade de quebra da defesa pesada do oponente.

Por outro lado, Tekken 8 contêm pormenores aliciantes que conferem uma dose extra de violência, como por exemplo a existência, em determinadas fases, de locais de risco e perigosos, como paredes ou muros que necessitam de ser derrubados várias vezes por ataques pesados, ou outras onde os adversários são projetados por explosivos nas paredes e no chão. Outra situação que me apraz indicar é que Tekken 8 pretende dar mais enfâse a uma experiência de combate mais cinematográfica ao invés de se focar essencialmente no combate. Ou seja, foi dado destaque, por exemplo, à destruição dos cenários e às próprias reações das personagens quando isso ocorre. Dirão que são meramente detalhes, mas acrescentam realmente qualidade e atributos a título de luta, afastando-o um pouco daquele estereotipo próprio desse segmento de jogos. Relativamente às personagens jogáveis, existem um total de 32 díspares, pelo menos no jogo base, uma vez que no futuro próximo serão adicionadas mais algumas, exclusivamente no formato de atualizações ou DLCs.

...foi dado destaque, por exemplo, à destruição dos cenários e às próprias reações das personagens quando isso ocorre.

Escrever algumas palavras sobre a longevidade de Tekken 8 ou qualquer outro título do mesmo segmento, pode ser uma tarefa complicada e pouco ambígua. Isto porque o que agrada a uns jogadores pode ser claramente diferente para outros. Centrando atenções apenas no modo história ou modo principal, qualquer coisa como 5 a 6 horas é mais do que suficiente para se concluir a aventura. Obviamente que podemos repetir o objetivo repetindo a façanha com outras personagens, por isso, a longevidade é relativa. Por outro lado, um combate amigável frente a um amigo ou familiar, ou até mesmo com um desconhecido por essa internet fora, é sempre bem-vindo, aumentando exponencialmente a longevidade do título.

Graficamente Tekken 8, não defrauda as expetativas até dos mais exigentes, porque, seguramente até à data, a nível visual, é o melhor da sua série (obviamente também não seria de esperar outra situação, muito fruto das capacidades atuais do hardware existente no mercado), mas atrevo-me mesmo a afirmar, que estará entre os melhores da sua área. De referir que os visuais das personagens foram completamente redesenhados, sendo agora altamente detalhados e criados do zero. A complementar esse fator, evidentemente uma banda sonora extremamente competente, que proporciona mais emotividade aos combates. Nota final e claramente de lamentar, para a não inclusão do idioma português nos menus do jogo e na legendagem.

Graficamente Tekken 8, não defrauda as expetativas até dos mais exigentes, porque, seguramente até à data, a nível visual, é o melhor da sua série...

Em suma, Tekken 8 pode ser considerado um dos melhores jogos de luta existentes atualmente no mercado, com um grafismo impressionante e sem descorar uma jogabilidade assertiva e funcional. As novas mecânicas e funcionalidades acrescentam qualidade, apesar de certamente não agradarem a todos.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas


 
 

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