O Real Madrid conquistou o
título que já fugia á 4 anos, curiosamente o último foi conquistado na época
2011/12 pelas mãos de José Mourinho. Para além do título, Zinedine
Zidane guiou a equipa à conquista da segunda Liga dos Campeões
consecutiva, atingindo algo que até à data ninguém tinha alcançado.
Barcelona e Atlético
de Madrid completam os restantes lugares do pódio, ficando em 2º e 3º
respetivamente. O Barcelona viveu alguns momentos complicados durante a
temporada, o que precipitaram a saída de Luís Enrique no final da época, no
entanto, protagonizaram uma “remontada” histórica na Liga dos Campeões ao
virar uma eliminatória de 4-0 frente ao PSG em Paris para uns impensáveis
6-1 em Camp Nou e ganharam a Taça do Rei. O Atlético de Madrid não
foi tão regular como em anos transatos e não deu seguimento aos anos anteriores
em que mordeu os calcanhares aos crónicos candidatos.
Destaques adicionais para Sevilla
de Jorge Sampaoli que, entretanto, já rubricou contrato com
seleção Argentina, onde em determinadas alturas se pensou que pudesse ombrear
com os habituais 3 primeiros, mas acabou por fraquejar na parte final da época
terminado em 4º lugar. Relevo ainda para 2 clubes, Alavés promovido no ano
anterior, terminou num fantástico 9º lugar e foi finalista vencido da Taça do
Rei e Eibar que ano após ano vem cimentando o seu lugar na La Liga,
concluindo no 10º lugar.
Pela negativa, cedo se percebeu
que Granada
e Osasuna eram os maiores candidatos a serem despromovidos e
quem os acompanhou na descida de divisão foi o Sporting Gijón, apesar de
ter lutado estoicamente até às ultimas jornadas. Ressalvo a temporada negativa
de Valencia,
que esteve bem perto da zona de descida por diversas vezes e a desilusão Celta
de Vigo, habitualmente a lutar pelos lugares europeus e apesar de ter
estado próximo da final da Liga Europa, terminou no 13º lugar.
A nível individual, o destaque
vai para:
Numa competição onde enfrenta os melhores do mundo e consegue ser o
responsável pela defesa menos batida (27 golos) a 10 golos de diferença do
Barcelona e a 14 golos do Real Madrid, diz muito da qualidade do guardião
esloveno.
Defesa direito – DANI
CARVAJAL (Real Madrid)
Apesar de apenas marcar presença
em 23 dos 38 jogos da La Liga, uns falhados por lesão, outros pela gestão de
Zidane, Carvajal realizou um total de 47 partidas em todas as competições,
evidenciando sempre a mesma garra, atitude e querer, bem característicos deste
grande lateral.
Nos últimos 5 anos o Atlético de Madrid foi 4 vezes a defesa menos batida
e em grande parte o deve a Diego Godín. Terminou o seu 10º ano ao mais alto
nível (3 no Villarreal e 7 no Atlético) e em todas elas demonstrou a sua
superior capacidade defensiva, mas também conseguiu sempre marcar diversos
golos.
Autentico herói em diversas
ocasiões ao marcar golos salvadores nos minutos finais das partidas, este ano
conseguiu ser ainda mais produtivo que em anos anteriores, apontando uns
incríveis 10 golos em todas as competições, o que para um defesa é realmente
assinalável. A sua influência não se resume apenas aos golos, mas sim a todo o
carisma e perseverança que transmite aos colegas de equipa, apesar de exagerar
na dureza com que disputa alguns lances.
Defesa Esquerdo – MARCELO (Real
Madrid)
Apelida-lo de defesa esquerdo é pouco para toda a influência que tem no
corredor esquerdo da sua equipa, pois a capacidade técnica que possui e a
dimensão atacante que coloca em campo, fazem dele muito mais que um simples
defesa. Excelente no capitulo das assistências terminando a La Liga com 10.
Médio Centro – TONI KROOS (Real Madrid)
Ano após ano a sua influência vem
sendo fundamental no meio campo merengue e este ano mais uma vez demonstrou
isso. Um médio incansável que tem na capacidade de passe a sua maior virtude, tendo concluído a época 2016-17 com uma percentagem de passes corretos de 92% e
realizando 11 assistências para golo.
Fundamental para o fantástico 8º
lugar alcançado pela sua equipa, ao apontar 10 golos e ainda assistindo por 10
vezes os seus companheiros. Jogando atrás do ponta de lança, ou mais descaído
para as alas, foi o responsável máximo pela fluidez de todo o jogo ofensivo do
Espanyol.
Médio Ofensivo - ISCO (Real
Madrid)
Apesar de não ter sido titular em grande parte dos jogos, inclusive
chegou a demonstrar alguma insatisfação ponderando mesmo a saída no final da
época, no entanto realizou um ponta final excelente com muitos golos (10) e assistências
(9). É daqueles jogadores que parece que não sabem jogar mal e sempre que a
bola sai dos seus pés, sai com muita qualidade.
Avançado – LIONEL MESSI (Barcelona)
Poucas palavras existem para descrever o fenómeno argentino, pelo que apenas
registo que este ano foi o melhor marcador da prova com 37 golos (54 em todas
as competições) e mais uma vez, apesar de apenas ter conquistado a Taça do Rei,
irá novamente disputar o troféu de melhor do mundo com CR7.
Avançado – CRISTIANO RONALDO (Real
Madrid)
Tal como Messi, é impossível
descrever CR7 em palavras, mas se calhar consigo fazê-lo através de números
impressionantes (http://nectepempalavras.blogspot.pt/2017/05/desporto-o-que-sera-possivel-cristiano.html).
No entanto, este ano não foi tão influente para a La Liga como em outros anos
porque iniciou a época a curar a fatídica lesão da final do Euro 2016 e também
porque Zidane fez a gestão do plantel em várias jornadas do campeonato, jogos
que CR7 não participou.
Mais uma grande época realizada, com 29 golos (37 em todas as
competições) e 13 assistências, mas sobretudo sempre muito lutador, ativo e
empenhado na zona atacante dos Blaugrana. Juntamente com Messi e Neymar, formam
uma frente de ataque demolidora, apelidada de MSN, contribuindo para os 116
golos marcados pelo Barcelona.
Imagens: zerozero.pt
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