JOGOS: Donkey Kong Country Returns HD | Análise

29.1.25

O primeiro título de 2025 que tivemos o privilégio de receber na nossa redação, foi o fantástico Donkey Kong Country Returns HD para a consola Nintendo Switch, uma versão em alta definição (HD) do jogo Donkey Kong Country Returns lançado no longínquo ano de 2010 para a Nintendo Wii.

O estúdio de desenvolvimento responsável pela remasterização foi a Forever Entertainment, com provas dadas em títulos como The House of the Dead: Remake ou Panzer Dragon Remake, sendo publicado mundialmente pela própria Nintendo, contudo e ao contrário de outros títulos que sofrem modernizações, Donkey Kong Country Returns HD foi muito fiel ao produto original, apresentando aqui e ali, circunstanciais modificações, focando-se essencialmente na melhoria gráfica do jogo.

NARRATIVA

Amiudamente, nos jogos de plataformas, a trama não é demasiado elaborada, preferindo “atirar” o jogador rapidamente para a ação. Em parte, isso também ocorre em Donkey Kong Country Returns HD, todavia, uma sucinta introdução enquadra devidamente o jogador sobre o que se está a passar.

A maquiavélica e manipuladora The Tiki Tak Tribe, engendra um plano auspicioso, que passa por saquear por completo o enorme lote de bananas pertencentes a Donkey Kong. Para tal, hipnotizam os animais que habitam livremente na Donkey Kong Island, virando-os contra o protagonista principal, o símio DK. Quando estavam perto de serem bem-sucedidos na tarefa, eis que Donkey Kong se apercebe do furto, contundo e de uma forma extremamente célere, um membro da tribo tenta recorrer aos poderes hipnóticos, mas DK não se deixa levar na “cantiga” e parte de imediato para a recuperação dos seus amados alimentos.

A maquiavélica e manipuladora The Tiki Tak Tribe, engendra um plano auspicioso, que passa por saquear por completo o enorme lote de bananas pertencentes a Donkey Kong.

JOGABILIDADE

Aqueles que já viveram a experiência no título original, ou os outros jogos que pertencem à saga de Donkey Kong, já sabem perfeitamente que tipo de jogabilidade vão ter pela frente. No fundo, nada de muito dissemelhante e perfeitamente tradicional nos jogos de plataformas. Os jogadores controlam o possante e robusto Donkey Kong, que tem a capacidade de andar, correr saltar, rebolar e, claro está, bater. Tudo isto recorrendo apenas aos botões e manípulos do comando, apesar de ser possível ativar os controlos de movimento no menu de opções, tornando o jogo mais semelhante ao original onde existia a necessita de abanar o comando Wii e/ou o Nunchuck para rolar.

Existe uma mecânica, que na minha opinião, é um tanto quanto dúbia. Donkey Kong tem a capacidade de soprar, de uma forma bastante suave e tranquila, contrastando com todas as outras suas ações que são, amiudamente, veementes e enérgicas. Permite ao símio, agachar-se e soprar em flores, apagar fogos e interagir com objetos, obtendo recompensas, no entanto, penso que abranda o ritmo da aventura, uma vez que temos que parar o movimento da personagem e clicar em dois botões do comando (movimento para baixo + botão de X/Y).

Os jogadores controlam o possante e robusto Donkey Kong, que tem a capacidade de andar, correr saltar, rebolar e, claro está, bater.

Ainda no campo da jogabilidade, Donkey Kong possui um aliado de longa data, Diddy Kong, que o auxilia na demanda. Essencialmente, Diddy Kong salta para as costas de Donkey Kong e durante a aventura, sempre que necessitamos de saltar longas distâncias, ao premir e fixar o correspondente botão, as personagens planam, um pouco, no ar, permitindo alcançar os locais mais distantes.

No meio de cada fase, o jogador tem acesso à loja do Cranky Kong, onde pode adquirir itens especiais e específicos, que são uma peça chave para sermos bem-sucedidos em determinados níveis mais desafiadores. Para tal é necessário coletar umas moedas, mais conhecidas por reluzentes moedas banana, que estão sempre presentes no desenrolar da aventura, por isso, é determinante vasculhar todos os cantos do cenário. No geral, a jogabilidade é bastante fluída e assertiva, nada datada e ombreia com os novos títulos desenvolvidos do zero já para esta geração de consolas.

LONGEVIDADE

No campo da longevidade, Donkey Kong Country Returns HD faz parte daquele lote de jogos, que mesmo quando os finalizamos, quer seja a 100% ou concluir as fases principais, sem coletar todas as peças de puzzles e/ou as palavras “KONG”, mais tarde ou mais cedo, voltamos a pegar no comando e comandamos o poderoso DK, só por diversão.

A variedade de níveis é bastante razoável, apesar das evidentes semelhanças em alguns deles, contudo, uns presenteiam o jogador com maior dificuldade, do que outros, o que realmente faz do jogo, um desafio interessante, quer para os mais jovens (o seu público alvo), como também os mais experientes. No total são, aproximadamente 80 níveis, espalhados por nove mundos díspares, como a Selva, a Praia, as Ruínas, a Gruta, a Floresta, a Falésia, a Fábrica, o Vulcão e a Nuvem. No final de cada mundo, enfrentamos um desafiante Boss, que, seguramente, com maior ou menor dificuldade, conseguirão ultrapassar.

A variedade de níveis é bastante razoável, apesar das evidentes semelhanças em alguns deles...

Uma inovação, é a possibilidade de optarmos por dois tipos modos de dificuldade distintos, ou seja, o modo Original, que como o próprio nome indica, é exatamente igual ao título anterior ou então optar pelo modo Modern, onde as personagens possuem mais vidas e objetos adicionais.

E claro está, não poderia falta o modo cooperativo local, sempre divertido, que permite jogar em conjunto com aqueles que mais gostamos. Um jogador controla o Donkey Kong ou outro o Diddy Kong, este último capaz de afastar os inimigos recorrendo à sua fantástica arma dispara-amendoins. Todos nós sabemos que os modos cooperativos aumentam exponencialmente a longevidade, pois é, sem dúvida alguma, mais um motivo para reviver a aventura, garantindo diversão e boa disposição.

GRAFISMO E SONOPLASTIA

Como é amiúde nos títulos da marca nipónica e especialmente onde o mais famoso símio aparece, os tons coloridos e garridos são uma predominância do início ao fim. Se compararmos as versões, ou seja, o original de 2010, que também já era bastante vibrante e intenso nas suas cores, com Donkey Kong Country Returns HD, percebemos (evidentemente) que o trabalho da equipa de remasterização se focou, essencialmente, nessa vertente. Tudo está bastante mais polido e otimizado, desde personagens, cenários, biomas e ambientes, as novas texturas têm um excelente aspeto, elevando a experiência a um outro patamar.

Como é amiúde nos títulos da marca nipónica e especialmente onde o mais famoso símio aparece, os tons coloridos e garridos são uma predominância do início ao fim.

A banda sonora de Donkey Kong Country Returns HD, não sofreu grandes alterações, mas na minha opinião, também não era necessário. Músicas emotivas e repletas de intensidade, transmitindo a emoção certa na altura correta, seja ela de sentimento de dever cumprido ou até mesmo enervando quando estamos perante um obstáculo mais desafiador. Um aspeto comum do início ao fim, é a presença da mítica batida de tambor, que tanta nostalgia despertou.

Um pormenor que me desiludiu bastante é a não presença do idioma Português, ao contrário dos recentes títulos da Nintendo, que incluíram esse desígnio. Por outro lado, este título, tal como referido acima, não possui uma narrativa propriamente intrigada e os diálogos entre as personagens são extremamente sucintos.

CONCLUSÃO

Donkey Kong Country Returns HD é uma boa possibilidade de revisitar a aventura original, assente num grafismo modernizado e otimizado. As novidades são quase nulas, contudo o modo cooperativo aumenta e muito a longevidade. Todavia, o preço praticado pode afastar muitos potenciais jogadores, sobretudo por não ser tratar de um jogo novo, mas sim uma remasterização, essencialmente, gráfica.

Donkey Kong Country Returns HD é divertido, desafiante e apresenta um grafismo modernizado. Modo cooperativo aumenta a longevidade e diversão. Novidades quase nulas e preço elevado.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas

 

 

  • Share:

Também poderá gostar de

0 comments