A seleção portuguesa voltou aos jogos oficiais, depois do Euro 2020 e venceu com muita dificuldade a sua congénere da Rep. Irlanda, por 2-1, com os dois golos a serem apontados nos minutos finais da partida.

Fernando Santos apresentou um onze muito semelhante ao habitual, onde destaque foram as titularidades de João Palhinha e Rafa Silva.

Numa fase de apuramento teoricamente acessível e com poucos jogos, era imperativo vencer este jogo em casa, ainda por cima frente a uma Rep. Irlanda longe do valor de outros tempos e com 0 pontos no grupo, porém a entrada em jogo dos jogadores lusos, foi tudo menos intensa e assertiva. O fantasma do medíocre desempenho no Euro 2020 não foi completamente exorcizado e a exibição da seleção era pautada pelo desempenho individual dos jogadores, mas estes também não se mostravam propriamente inspirados. Ainda assim as fragilidades do adversário eram evidentes e depois de uma má saída da zona defensiva, Portugal recupera a bola e Bruno Fernandes recupera a bola e sofre uma infração dentro da grande área. CR7 com oportunidade de bater o recorde de golos, desperdiça a ocasião. Seguiram-se alguns momentos de desinspiração, onde o epílogo foi a bola cabeceada ao poste por Diogo Jota. Quando todos pensavam que o resultado parcial iria ser o 0-0, eis que na sequência de um canto, John Egan cabeceia para o fundo da baliza de Rui Patrício, levando ao delírio os adeptos irlandeses.

imagem fpf.pt

Era exigido muito mais a seleção portuguesa, no entanto e já com André Silva em campo no lugar do desaparecido Rafa Silva, parecia que nada tinha mudado. Falta de ideias, muito individualismo, imensos passes errados e sobretudo ocasiões desperdiçadas, umas mais escandalosas do que outras. Fernando Santos, alterou muitas peças, arriscando tudo e foi premiado muito perto do fim, onde apareceu o suspeito do costume, Cristiano Ronaldo que com dois belos golpes de cabeça, virou o resultado. Nota para as assistências de Gonçalo Guedes e João Mário, ambos lançados já no final da partida, mas a tempo de dar o seu contributo no jogo.

Destaque individual para CR7, não pelo que jogou, pois esteve abaixo do que já demonstrou, mas pelos decisivos golos que apontou. Do lado irlandês, Gavin Bazunu jovem guarda-redes, realizou intervenções importantes para a sua seleção.

Resumindo, vitória arrancada a ferros e apenas no último segundo da partida, que, no entanto, colocam Portugal numa situação privilegiada para garantir o apuramento para o Mundial 2022. A seleção volta aos jogos no sábado, defrontando o Catar no encontro amigável.