Depois do terceiro artigo, onde orientamos os franceses do Lorient, hoje trago o quarto episódio, desta vez na exigente Premier League à frente dos londrinos do Fulham, obviamente também eles apontados pela imprensa com a última equipa da Liga Inglesa.
Seguindo as regras iniciais, ou seja, começar um save numa dessas ligas e escolher a equipa que é apontada pela imprensa como a última classificada e o mais sério candidato a descer de divisão, todavia a nossa tarefa passa por evitar a todo o custo essa despromoção. Terminada a temporada e depois de realizar o respetivo balanço, dou por finalizado o meu trabalho e começo um novo save na próxima liga, escolhendo a respetiva equipa, até completar o lote dos The Big Five.
#04 - Fulham
A temporada arrancou com a normal verificação de quem cumpria os requisitos para ficar no plantel e apesar da exigência da Premier League, considerei que o plantel tinha realmente qualidade, por isso, para além das transferências que já tinham sido acordadas para a presente época, chegaram ao clube pela minha mão apenas Nicolás De La Cruz, extremo esquerdo uruguaio, proveniente do River Plate por €3,5 milhões de euros e Aidan Barlow a custo zero, mas para a equipa secundária. No mercado de inverno, apenas acordamos a transferência por empréstimo do extremo Àlex Collado, do Barcelona. Nota ainda para a aquisição de Mario Lemina que inicialmente estava emprestado, porém tinha uma cláusula de compra obrigatória de €6,5 milhões de euros se jogasse determinado número de jogos, o que se veio a verificar.
Em termos de saídas, apenas no mercado de janeiro é que aconteceram e as más significativas foram as de Terence Kongolo, o defesa esquerdo que até era uma das opções, porém a proposta de €4,1 milhões de euros foi aceite porque tínhamos alternativas credíveis e o dinheiro era necessário. Tim Ream defesa central experiente, não contava com ele e seguiu para o Seattle a troco de €2,5 milhões de euros.
A nível desportivo e como é habitual nas equipas orientadas por mim, o treinador-adjunto é que toma conta da equipa na pré-época, mas sempre utilizando as táticas delineadas inicialmente. No início da temporada a previsão da imprensa apontava-nos ao 20º lugar e último, porém e depois de muito trabalho e luta, conseguimos a manutenção, ficando em 13º lugar da classificação final. Foi uma temporada muito complicada, sobretudo a primeira volta, onde conviemos com muitas derrotas e onde chegou a pairar o espectro do despedimento. Para se ter uma ideia mais concreta, nos primeiros 18 jogos, apenas vencemos 2 e empatamos 2. No entanto, sobretudo a partir de fevereiro, conseguimos recuperar e ultrapassar alguns adversários que estavam na mesma situação que nós, especialmente Crystal Palace e Southampton. Apesar do 13º lugar, a diferença para o último lugar de descida foi apenas de 3 pontos, o que claramente indica a luta que nos debatemos para atingir a manutenção.
Para registo, uma vez que não faz parte dos objetivos do save, na FA Cup fomos eliminados na 4ª Eliminatória pelo Burnley nas grandes penalidades depois de 0-0 no final do tempo regulamentar. Antes desse jogo, apenas disputamos e vencemos uma eliminatória, ao Hull por 2-0.
Na EFL Cup, que também não faz parte dos objetivos do save, fomos eliminados na 3ª Eliminatória, frente ao colosso Chelsea perdendo por uns copiosos 7-2, com um jogador expulso aos 24 minutos. Até essa altura, apenas eliminamos o AFC Wimbledon e nas grandes penalidades.
Foi uma época muito complicada, sem sombra de dúvidas a mais difícil que enfrentei neste desafio The Relegation Challenge até hoje, porém conseguimos atingir os objetivos propostos, que era a manutenção. Apesar do plantel ser competente e apresentar qualidade, a exigente Premier League aliada a alguns egos dos jogadores e problemas no balneário, determinou que a temporada não fosse mais tranquila e proveitosa. Aqueles que mais se destacaram foram, Tosin Adarabioyo, defesa central que foi um dos indiscutíveis, sempre muito assertivo, terminando a temporada com média de 7,08 e realizando 33 dos 38 jogos possíveis na Premier League.
Nicolás De La Cruz umas das poucas aquisições efetuadas por mim, foi igualmente importante, contribuindo com 6 golos e 12 assistências, terminando a temporada com 7,05 de média.
Por fim, o possante avançado sérvio, Aleksandar Mitrovic foi o matador de serviço, marcando 15 golos e ainda assistindo os seus companheiros por 7 ocasiões.
Uma palavra especial para Michael Hector, Tom Cairney e Anguissa que também tiveram a sua influencia e contribuíram para a manutenção. Pena negativa saliento, uma vez que esperava mais de jogadores como o guarda-redes Alphonse Areola, o médio Jean Michael Séri, o português Ivan Cavaleiro e o extremo Ademola Lookman.
Posto isto, tal como referido inicialmente,
o trabalho no Fulham foi dado
como concluído, deste modo avanço para um novo save, sendo que a próxima Liga e
consequente equipa, será apresentada no próximo artigo.
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