Recentemente tivemos acesso ao jogo Tanuki Justice, um título de plataformas em 2D, side-scrolling, desenvolvido pelos estúdios Wonderboy Bobi e publicado pela PixelHeart, uma espécie de homenagem ao estilo de jogo “run'n gun” de outros tempos.
A versão que foi utilizada como base desta análise foi a da Nintendo Switch e a história em Tanuki Justice é pouco conhecida, sabendo-se apenas que dois irmãos guaxinins ninjas, aliás irmão e irmã (caso optem pelo modo cooperativo local), aventuram-se pelo Japão feudal onde enfrentam inúmeros inimigos, também eles animais, porém igualmente fortes e destemidos, enquanto tentam a todo o custo parar a intenções malignas do Senhor do Mal.
Distribuído por um total de seis níveis, mais um final ligeiramente díspar, o objetivo passa por ir eliminando todos os inimigos que nos aparecem pela frente, até ficarmos cara a cara com o boss. Mas não pensem que a tarefa é simples, pois todos os adversários, obviamente uns mais que outros, complicam-nos e bem a nossa demanda. Existe realmente uma razoável variedade de incautos para derrotar, como gatinhos ninja e peixes voadores guerreiros, todos eles com características bem próprias, por exemplo, uns que apenas se dirigem ameaçadoramente para nós, outros que atiram projéteis na nossa direção, mas todos com um propósito bem delineado, acabar com a nossa vida. Os bosses, como não poderia deixar de ser, são os mais complexos de ultrapassar, mas apesar de alguns casos existir uma ação frenética e insana, ao fim de algumas tentativas conseguimos perceber como se movimenta e como ataca, pelo que é só esperar pelo momento certo de o aniquilar.
Para além do habitual single player existe um modo cooperativo, muito interessante e divertido, para ser jogado em simultâneo com dois jogadores no mesmo ecrã. Sem dúvida que aumenta a diversão e a longevidade, mas também acrescenta ainda mais um pouco de confusão na aventura e no ecrã de jogo, uma vez que também entra em ação frenética o jogador dois. Um detalhe importante, neste modo como estão dois jogadores em simultâneo, as vidas são o dobro, três para cada jogador, pelo que as possibilidades de sucesso aumentam ligeiramente.
Durante os diferentes níveis de Tanuki Justice, os nossos pequenos mamíferos atiram estrelas ninja ou shurikens, para matar os inimigos, que no início são de curto alcance, no entanto podemos encontrar em pequenas caixas, upgrades de alcance, tornando-os mais eficazes a longa distância. Nessas caixas, também podemos encontrar vidas extra e escudos que nos protegem de apenas um ataque. Sempre que matamos um adversário, preenchemos uma barra de energia, que quando completa, permite ao pequeno Tanuki disparar uma enorme shuriken que destruirá tudo no seu raio de ação, sendo excelente para quando defrontamos um boss ou em zonas repletas de inimigos.
Tal como noutros títulos similares ou do mesmo género, Tanuki Justice possui uma dificuldade insana, caso optem por outro tipo que não o normal. Mesmo no modo tradicional, existem momentos em que o jogador vai desesperar, porém, repetindo algumas vezes o mesmo nível, conseguimos perceber onde erramos e onde podemos ser mais assertivos, de modo a concluir o nível. Os níveis ao dispor são relativamente curtos, mas recheados de desafios complicados, sendo que sempre que esgotamos as nossas vidas, voltamos ao início, tendo que repetir tudo novamente.
Graficamente, Tanuki Justice é um jogo tipicamente retro, onde sobressaem as cores garridas e vibrantes, obviamente repletos dos famosos pixels, numa espécie de homenagem a um saudoso passado. O mesmo se pode dizer da sonoplastia, onde o melhor elogio que pode ser feito, é que realmente nos transmite uma certa nostalgia, fazendo lembrar os jogos dessa era tão marcante para a indústria dos videojogos.
Resumindo, Tanuki Justice é essencialmente um jogo curto, apesar de ser desafiante e uma experiência agradável. Claro que podemos sempre recorrer aos modos onde a dificuldade é maior, aumentando exponencialmente longevidade, mas o ideal seria termos níveis diferentes ao nosso dispor.
Esta análise foi realizada com uma cópia cedida pelo estúdio
de produção e/ou representante nacional de relações públicas.
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