Recentemente recebemos para propósitos de análise um título ligeiramente desconhecido da maior parte dos amantes dos videojogos, mas com uma premissa clara e bem definida, ajudar o jogador a passar os tempos mais tediosos.
Damsel, desenvolvido e publicado pelo Screwtape Studios, é descrito pelos próprios como um desafiante jogo de plataforma de ação em ritmo acelerado, que pode causar alguma angústia e até mesmo um pouco de sublevação. A ideia passou por criar um jogo de plataformas que desencadeasse um sentimento de nostalgia aos jogadores, fazendo relembrar um pouco os clássicos de outras gerações.
A história de Damsel ocorre num mundo onde vampiros e humanos coexistem, graças a uma tênue aliança. Red Mist, uma empresa, mantém a sede dos vampiros saciada com uma bebida com o mesmo nome, porém o Departamento de Assuntos Sanguinários (DSA) envia a sua agente Damsel para investigar o misterioso desaparecimento de alguns humanos. Esta trama é explicada ao jogador através pequenos painéis, ao melhor estilo dos comic books e serve para interligar os diferentes episódios, que são aproximadamente 50.
As missões em Damsel são todas muitos semelhantes, aumentando gradualmente a sua dificuldade, mas efetivamente resumem-se a resgatar humanos reféns, hackear computadores, desativar bombas. Durante essas missões, os jogadores devem recolher pequenas caveiras que aumentam temporariamente o multiplicador de pontos, o que pode originar uma pontuação mais alta no final. Damsel pode aniquilar os seus inimigos de várias formas, corpo a corpo ou através de uma caçadeira, onde pode disparar diretamente nos incautos ou atirar em caixotes explosivos, mas temos de ter cuidado para não acertar nos reféns ou acabar com a nossa vida.
Os jogadores podem optar por terminar com o objetivo da missão o mais rápido possível, passando todos os obstáculos e ignorando inimigos, ou tentando coletar todos os objetos e matar os incautos, antes de avançar para o final da missão. Na conclusão da missão somos presenteados com uma pontuação, que se não for do nosso agrado, podemos sempre voltar a repetir o nível adotando uma estratégia diferente.
A jogabilidade é divertida e funciona satisfatoriamente, porém com algumas horas de jogo, a sensação de repetição é uma realidade. Não há muita variedade de objetivos e acabamos por estar a fazer as mesmas coisas vezes sem conta, tornando-se um pouco enfadonho e entediante. Nesse plano, ocorreram algumas situações estranhas, como por exemplo num nível em que o objetivo era assassinar dez vampiros e assim que chegamos ao nono, nunca mais aparecia o seguinte incauto, não sendo possível completar com sucesso a fase, originando a necessidade de sair para voltar a repetir.
Graficamente, Damsel está bem desenvolvido, tudo num padrão cartoonizado e com pormenores bastante interessantes, fazendo sem dúvida alguma lembrar as nossas velhas revistas de banda desenhada, sendo de louvar o trabalho da Screwtape Studios nessa vertente. A sonoplastia que dá mais vida a esta aventura está ao mesmo nível do jogo, ou seja, nada de muito deslumbrante, mas cumpre satisfatoriamente os seus propósitos. De salientar que Damsel, pelo menos na versão que tivemos acesso, a de PlayStation 4, inclui o idioma Português nos menus e informações do jogo, ainda que seja a versão de português do brasil, porém é sempre de enaltecer esse desígnio.
Resumindo, Damsel é um jogo de plataformas, com um estilo de arte bem próprio fazendo lembrar as antigas bandas desenhadas e afigura-se como uma opção para aqueles momentos em que o jogador pretende experienciar um tipo de jogo mais casual, mas igualmente desafiante.
Esta análise foi realizada com uma cópia cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.
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