O FC Porto venceu a final da Taça de Portugal e juntou mais um troféu ao museu do clube, alcançando a tão desejada dobradinha.

Sérgio Conceição apresentou o onze que mais vezes tem jogado nestes últimos jogos, sendo as maiores surpresas a presença dos dois internacionais colombianos, Matheus Uribe e Luis Díaz, que estiveram em dúvida face às lesões sofridas no último jogo frente ao SC Braga.

O FC Porto entrou muito bem na partida, determinado a causar danos no adversário desde muito cedo e poderia ter mesmo chegado ao golo numa fase precoce, mas Odysseas Vlachodimos, impediu que o remate de Jesús Corona fosse para o fundo da baliza. Sempre mais assertivos e intensos, os azuis dominavam a partida, mas as situações de golo não abundavam, porém à passagem dos 38 minutos, a estratégia azul e branca levou um rombo muito forte, uma vez que Luis Díaz recebeu ordem de expulsão, por acumulação de amarelos. Quase de seguida, também o treinador Sérgio Conceição foi expulso por protestos, deixando ainda mais frágil os seus pupilos. Até o final parcial e depois de algum natural desnorte por parte dos azuis e brancos, o adversário finalmente conseguiu um ligeiro ascendente na partida, mas nada que verdadeiramente incomodasse o autêntico espetador Diogo Costa.

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Com um jogador a menos e sem o seu timoneiro no banco de suplentes, era expetável que o FC Porto sofresse nos últimos 45 minutos, mas todos sabemos que a maior virtude desta equipa é a capacidade de superação, como foi provado através da conquista da Liga NOS onde estiverem com tantos pontos de desvantagem. Muito fortes do ponto de vista mental, os dragões regressaram do período de descanso e bem cedo abriram o marcador, por Chancel Mbemba ao responder de cabeça a um mau alívio do guarda-redes Odysseas Vlachodimos. Sem conseguir responder e mesmo em vantagem numérica, o oponente não conseguia ultrapassar uma bem organizada defensiva azul e branca. Dez minutos volvidos, novamente numa bola parada, o congolês Chancel Mbemba, cabeceia fulgurante para o fundo da baliza, fazendo o 0-2. Nélson Veríssimo arrisca tudo, fazendo inúmeras alterações, mas os portistas mantêm-se compactos e bem concentrados na sua zona recuada. Já bem perto do final, um penalti escusado e despropositado cometido por Diogo Leite sobre Rafa Silva, ainda deu alguma incerteza sobre quem seria o vencedor da final. Chamado a marcar, Carlos Vinícius não vacilou, enganado por completo Diogo Costa. Até final, os dragões conseguiram anular todas as investidas encarnadas e foram bafejados pela sorte, em tempo de descontos quando Jota rematou ao poste da baliza azul e branca.

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Destaque individual para Chancel Mbemba uma vez que foi o herói da final ao apontar os golos da vitória. Do lado encarnado, Rúben Dias foi igual a si próprio, sempre intenso nos duelos individuais.

Em suma, vitória da equipa que mais fez para conquistar o troféu, jogando muito tempo de jogo reduzido a dez elementos, mas todos sabemos que esta equipa nem sempre joga bom futebol, mas demonstra uma vontade e uma alma muito grande. Finda assim uma longa temporada, onde o FC Porto conquista os dois troféus mais importantes do futebol nacional.