Depois de ver Aniquilação, um filme que não é de fácil absorção, podendo fazer com que o espectador fique em certo modo frustrado e desapontado, no entanto, apresenta momentos interessantes e cativantes, hoje trago um filme premiado, tendo arrecadado inúmeros prémios, dos quais se destaca o óscar de melhor filme do ano.
A história de Green
Book - Um Guia Para a Vida é passada nos Estados Unidos da América em
pleno ano de 1962 e conta as peripécias da vida de Tony Lip (Viggo Mortensen, de O
Senhor dos Anéis e Hidalgo - O Grande Desafio), um italo-americano, porteiro
de um clube noturno que devido aos seus particulares e violentos métodos de
garantir a segurança, origina o encerramento do estabelecimento e consequente
despedimento. Com uma esposa e dois filhos menores, Tony Lip vê-se na
eminencia de ter que aceitar qualquer tipo de trabalho, de modo a conseguir sustenta-los
e é nesse cenário que Tony Lip conhece Dr. Don
Shirley (Mahershala Ali, de Alita: Anjo de Combate ou House of Cards),
um famoso pianista de cor negra, que necessita de um motorista, mas
simultaneamente de uma pessoa que o proteja numa ousada digressão ao sul da
América, que vivia tempos muito complicados a nível do racismo e xenofobia.
Inicialmente renitente devido ao choque de posturas e temperamentos, Tony
Lip e Dr. Don Shirley, começam lentamente a conhecerem-se e a
ultrapassar os obstáculos que a digressão os proporciona, tornando a viagem numa
autentica aventura.
Realizado por Peter
Farrelly (de Doidos por Mary ou Doidos à Solta), para além dos atores
já mencionados, Green Book - Um Guia Para a Vida, conta ainda com a presença de
Linda
Cardellini (Legalmente Loira ou Vingadores: A Era de Ultron), Sebastian
Maniscalco (Jogo da Apanhada ou Cruise), Dimiter D. Marinov (Baskets ou Homens
de Coragem), entre outros.
Green Book - Um Guia Para a Vida
consegue sem dúvida passar a sua mensagem aqueles que o visualizam, deixando
bem vincado como as pessoas de cor viviam naquela era, sendo completamente
impossível não ficar revoltado e até perplexo com as atrocidades vividas um
pouco em toda a parte do globo, mas com epicentro sobretudo nos Estados Unidos
da América na década de 60. Atrevo-me a afirmar que ainda nos dias hoje, é
sentindo o preconceito, racismo e a xenofobia, obviamente a uma escala mais
reduzida. Green Book - Um Guia Para a Vida é uma história verídica, sendo
que o guia existiu mesmo, de modo a auxiliar viajantes negros que ousavam percorrer
as ruas dos estados mais a Sul da américa, na tentativa de terem uma viagem
menos problemática.
A forma como ambos os
protagonistas pessoalmente e culturalmente antagónicos, se vão lentamente conhecendo,
adaptando-se às inúmeras diferenças entre personalidades, aprendendo mutuamente
quer com os erros, quer com as atitudes, tornam claramente Green Book - Um Guia Para a Vida
um filme muito especial e obrigatório, totalmente merecedor dos distintos prémios
que arrecadou, com apogeu nos três óscares da academia.
Resumindo, Green Book - Um Guia Para a Vida
afigura-se como uma referência na sétima arte, tornando a sua visualização
obrigatória. Todos nós devemos tirar as ilações das nossas atitudes, sendo que
não julgar as pessoas pela a cor da sua pele, sem dúvida a mais importante a
retirar deste filme.
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