JOGOS: Call of Duty: Black Ops 4 | Análise

24.10.18


Se recuarmos ao longínquo ano de 2003, mais concretamente a outubro, deparamo-nos com o lançamento Call of Duty, que deu inicio a uma das franquias com mais títulos e que mais admiradores foi conquistando, ano após ano, jogo após jogo.

Uma autêntica panóplia de jogos com o carimbo Call of Duty foram lançados anualmente, como Finest Hour, Call of Duty 2, Call of Duty 3, Call of Duty 4: Modern Warfare, Call of Duty: World at War, Call of Duty: Modern Warfare 2, Call of Duty: Black Ops, Call of Duty: Modern Warfare 3, Call of Duty: Black Ops II, Call of Duty: Ghosts, Call of Duty: Advanced Warfare, Call of Duty: Black Ops III, Call of Duty: Infinite Warfare e Call of Duty: WWII. Apesar de todos eles, terem acrescentado algo inovador e cativante, uns mais do que outros, todos apresentavam um denominador comum, o modo campanha.


Call of Duty: Black Ops 4 rompe com uma das suas maiores marcas do passado e em pleno fim ano de 2018, quase inicio de 2019, a Treyarch, estúdio responsável pelo seu desenvolvimento, decidiu apostar todas as suas fichas noutros modos de jogo, ignorando aquele que em tempos foi o seu ponto mais forte.

Apesar de desiludido, compreendo o ponto de vista do produtor, ao não querer perder a corrida para outros títulos do mesmo segmento. O rácio entre os custos/tempo de criação de um modo campanha ao nível que o COD nos habituou, poderiam influenciar a qualidade dos restantes modos online, que decididamente foi para onde a Treyarch direcionou todo seu foco e empenho.

Porém em Call of Duty: Black Ops 4 existe algo, que apesar de nem sequer poder ser comparado a um modo campanha, serve para introduzir a história de cada um dos “especialistas” que o jogador tem ao seu dispor, para o ajudar a ser coroado o Rei dos campos de batalha. Um curto modo de nome “Specialist Headquaters”, que não é mais do que um tipo de tutorial que nos ensina os movimentos, habilidades e nos faz uma exígua introdução da personagem. Importante sobretudo para os novatos, uma vez que permite testar todos os dez especialistas e depois de combates contra Bots, optar por aquele que se adequa ao nosso estilo, avançando com mais assertividade para a competição a doer.


E é exatamente nessa vertente que COD: BO4 dispõe na mesa todos seus trunfos. Para além do modo multiplayer tradicional, onde se encontram os habituais Team Deathmatch e Search and Destroy, e da mais recente tradição ao incluir um modo Zombies, que neste título foi superiormente afinado e melhorado, desta vez a novidade maior foi a inclusão do modo Blackout, que não é nada mais, nada menos que o cada vez mais idolatrado pelos fãs, “Battle Royale” ambientado no universo de COD.

Blackout não inova em relação ao que já existe na concorrência, aliás as parecenças são por demais evidentes, onde os jogadores são largados no ar até chegarem ao solo, vários veículos e armas para recolher e claro, intensos e enérgicos combates, a solo ou em equipas até quatro jogadores, chegando no máximo a 100 jogadores em simultâneo num mapa enorme. Onde será que já vimos isto!

Voltando ao modo Zombies, na minha opinião o mais divertido (quem não tem um fraquinho por abater mortos-vivos), onde podemos optar por uma terrível abordagem individual ou na companhia de quatro amigos em cooperação. O objetivo é o mesmo de sempre, aniquilar de forma frenética as hordas de inimigos zombies, aumentando de dificuldade e intensidade à medida que vão sendo ultrapassadas. No decorrer do jogo e dependendo da nossa prestação, vamos auferindo pontos que podem ser usados para desbloquear novo conteúdo, quer em forma de armas, melhoramentos e nova áreas. A personalização assume proporções quase surreais, pois são inúmeras as possibilidades que o jogador tem ao dispor de modo a colocar todo equipamento ao seu gosto.


A nível visual, Call of Duty: Black Ops 4, mostra-se à altura daquilo que nos vem habituando ao longo dos anos, mas desta vez o mais importante é a fluidez e naturalidade com todas as animações ocorrem, em partidas com muitos jogadores em simultâneo, deveras importante nos títulos cuja premissa é essencialmente o online.

Em suma, apesar de ser demasiado doloroso passar por uma experiência de Call of Duty sem o afamado modo campanha, Call of Duty: Black Ops 4 cumpre com distinção o objetivo para que foi projetado, o multiplayer. Sem deslumbrar e inovar, a maior introdução é sem duvida o modo do momento, Battle Royale, sem nunca descurar o alegre e divertido modo Zombies.

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