Se recuarmos ao longínquo ano de 2003, mais concretamente a outubro, deparamo-nos com o lançamento Call of Duty, que deu inicio a uma das franquias com mais títulos e que mais admiradores foi conquistando, ano após ano, jogo após jogo.
Uma autêntica panóplia de jogos
com o carimbo Call of Duty foram lançados anualmente, como Finest
Hour, Call of Duty 2, Call of Duty 3, Call of Duty 4: Modern Warfare, Call of
Duty: World at War, Call of Duty: Modern Warfare 2, Call of Duty: Black Ops,
Call of Duty: Modern Warfare 3, Call of Duty: Black Ops II, Call of Duty:
Ghosts, Call of Duty: Advanced Warfare, Call of Duty: Black Ops III, Call of
Duty: Infinite Warfare e Call of Duty: WWII. Apesar de todos
eles, terem acrescentado algo inovador e cativante, uns mais do que outros,
todos apresentavam um denominador comum, o modo campanha.
Call of Duty: Black Ops 4
rompe com uma das suas maiores marcas do passado e em pleno fim ano de 2018,
quase inicio de 2019, a Treyarch,
estúdio responsável pelo seu desenvolvimento, decidiu apostar todas as suas
fichas noutros modos de jogo, ignorando aquele que em tempos foi o seu ponto
mais forte.
Apesar de desiludido, compreendo
o ponto de vista do produtor, ao não querer perder a corrida para outros
títulos do mesmo segmento. O rácio entre os custos/tempo de criação de um modo
campanha ao nível que o COD nos habituou, poderiam
influenciar a qualidade dos restantes modos online, que decididamente foi para
onde a Treyarch direcionou todo seu foco e empenho.
Porém em Call of Duty: Black Ops 4
existe algo, que apesar de nem sequer poder ser comparado a um modo campanha,
serve para introduzir a história de cada um dos “especialistas” que o jogador tem ao seu dispor, para o ajudar a ser
coroado o Rei dos campos de batalha. Um curto modo de nome “Specialist Headquaters”, que não é mais do que um tipo de tutorial
que nos ensina os movimentos, habilidades e nos faz uma exígua introdução da
personagem. Importante sobretudo para os novatos, uma vez que permite testar
todos os dez especialistas e depois de combates contra Bots, optar por aquele que se adequa ao nosso estilo, avançando com
mais assertividade para a competição a doer.
E é exatamente nessa vertente que
COD:
BO4 dispõe na mesa todos seus trunfos. Para além do modo multiplayer
tradicional, onde se encontram os habituais Team
Deathmatch e Search and Destroy,
e da mais recente tradição ao incluir um modo Zombies, que neste título foi superiormente afinado e melhorado,
desta vez a novidade maior foi a inclusão do modo Blackout, que não é nada mais, nada menos que o cada vez mais
idolatrado pelos fãs, “Battle Royale”
ambientado no universo de COD.
Blackout não inova em
relação ao que já existe na concorrência, aliás as parecenças são por demais
evidentes, onde os jogadores são largados no ar até chegarem ao solo, vários
veículos e armas para recolher e claro, intensos e enérgicos combates, a solo
ou em equipas até quatro jogadores, chegando no máximo a 100 jogadores em
simultâneo num mapa enorme. Onde será que já vimos isto!
Voltando ao modo Zombies, na minha opinião o mais divertido
(quem não tem um fraquinho por abater mortos-vivos), onde podemos optar por uma
terrível abordagem individual ou na companhia de quatro amigos em cooperação. O
objetivo é o mesmo de sempre, aniquilar de forma frenética as hordas de
inimigos zombies, aumentando de dificuldade e intensidade à medida que vão
sendo ultrapassadas. No decorrer do jogo e dependendo da nossa prestação, vamos
auferindo pontos que podem ser usados para desbloquear novo conteúdo, quer em
forma de armas, melhoramentos e nova áreas. A personalização assume proporções
quase surreais, pois são inúmeras as possibilidades que o jogador tem ao dispor
de modo a colocar todo equipamento ao seu gosto.
A nível visual, Call
of Duty: Black Ops 4, mostra-se à altura daquilo que nos vem habituando
ao longo dos anos, mas desta vez o mais importante é a fluidez e naturalidade
com todas as animações ocorrem, em partidas com muitos jogadores em simultâneo,
deveras importante nos títulos cuja premissa é essencialmente o online.
Em suma, apesar de ser demasiado
doloroso passar por uma experiência de Call of Duty sem o afamado modo
campanha, Call of Duty: Black Ops 4 cumpre com distinção o objetivo para
que foi projetado, o multiplayer. Sem deslumbrar e inovar, a maior introdução é
sem duvida o modo do momento, Battle
Royale, sem nunca descurar o alegre e divertido modo Zombies.
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