Fernando Santos apresentou o mesmo onze que empatou no recente jogo amigável, frente à Croácia. De salientar que para a maioria destes elementos, é a primeira vez que estão a jogar juntos numa competição oficial, para além de ser um onze com uma média de idades relativamente baixa, revelando que o selecionador está a refrescar uma seleção que num passado recente era composta maioritariamente por jogadores com muita experiência.

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Ao contrário do jogo contra a Croácia, a seleção Lusa entrou bem mais assertiva e concentrada, demonstrando desde bem cedo a intenção de vencer a partida, no entanto, a Itália, mesmo a não viver os melhores dias e claramente à procura de uma nova identidade, não deixava os jogadores Portugueses explanarem todo o seu futebol, através de uma pressão alta e sufocante. As situações de golo não abundavam, mas as mais claras e oportunas, pertenciam a Portugal, no entanto, por falta de esclarecimento ou por competência defensiva do adversário, nunca foram traduzidas em golo.

Na segunda parte, aquilo que Portugal não conseguiu fazer nos primeiros 45 minutos, alcançou-o logo no 3 minuto. Bruma arranca rapidíssimo pelo flanco esquerdo, ganhando metros aos defesas, cruza para a área onde André Silva, depois de dominar eficazmente a bola, remata colocado de pé esquerdo, não dando a mínima hipótese de defesa a Gigio Donnarumma. Seguiram-se alguns momentos de bom futebol, sobretudo através das arrancadas do irrequieto Bruma e de Bernardo Silva, que numa seleção órfã de CR7, é claramente a estrela mais cintilante de todas. Nos minutos finais, assistiu-se a uma tentativa de chegar ao empate, por parte da seleção transalpina, sempre mais com o coração do que com a cabeça, mas os jogadores portugueses mostraram-se muito competentes na hora de cerrar as fileiras.

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Destaque individual para Bernardo Silva, que apesar não ter realizado uma exibição monumental, foi sempre dos mais esclarecidos e é um regalo ver a maneira como trata a bola. Falta-lhe claramente ser mais esclarecido na altura do remate, porque quando começar a marcar golos com maior regularidade, será claramente um dos maiores jogadores mundiais. Do lado da Itália, visivelmente em construção, Jorginho, deu sinais claros do porquê que o Chelsea o adquiriu neste defeso, por uma verba verdadeiramente astronómico, pois esteve sempre omnipresente em campo, roubando imensas bolas aos adversários e sendo o primeiro a construir o jogo da sua seleção.

Portugal volta a jogar para a Liga da Nações, em outubro, onde se deslocará à Polónia para defrontar a seleção local, num jogo a contar para segunda jornada da competição.