Fernando Santos apresentou o onze mais esperado, com apenas uma ligeira surpresa, a inclusão de Bruno Fernandes no lugar habitual de João Mário.

Portugal não podia ter tido melhor entrada em campo, desde o apito inicial até aos 4 minutos, a seleção portuguesa teve a iniciativa da partida e finalizou esse período, curto mas determinante, com a obtenção do primeiro golo da partida, apontado pelo inevitável CR7 de grande penalidade, depois de ele mesmo ter sofrido a falta dentro da grande área, cometida por Nacho Fernández. Os espanhóis, claramente surpreendidos pela entrada assertiva de Portugal, procuraram por em prática o seu futebol típico, com muitos passes curto, mas os jogadores portugueses não só conseguiam anular todas tentativas do adversário, como estavam perigosos nos contra-ataques rápidos. Por duas vezes, fruto de excelentes combinações, Gonçalo Guedes teve nos pés, a oportunidade de fazer o segundo golo da partida, mas desperdiçou ambas. No entanto, aos 25 minutos, numa bola longa Diego Costa ganha a luta com Pepe, e depois de várias simulações sobre Cédric Soares e José Fonte, remata cruzado, estabelecendo o empate. Seguiram-se minutos de intenso domínio espanhol, que só não marcou por duas vezes, por clara infelicidade, no entanto, mesmo em cima do intervalo, numa jogada de transição rápida, Cristiano Ronaldo remate forte mas á figura, no entanto David De Gea, não segura a bola e esta só para no fundo da baliza. Estava feito o 2-1 e o jogo ia para o intervalo.

Na segunda parte, o ritmo e intensidade não abradaram, tendo a Espanha entrado claramente a carregar no acelerador, encostando Portugal a sua zona defensiva, e rapidamente consegue dar a volta, com dois golos separados apenas por 3 minutos, primeiro por Diego Costa, bisando assim na partida e depois num golo de grande execução técnica do improvável Nacho Fernández. Em desvantagem no marcador, Portugal nunca mais se encontrou e sentiu grandes dificuldades em ter bola, fruto da enorme qualidade de passe curto da seleção espanhola. Mas CR7 estava claramente endiabrado e inspirado, e já bem perto do fim, o melhor jogador do mundo, empata novamente a partida, através de um pontapé livre magistralmente cobrado, deixando David De Gea imóvel na baliza.

Destaque individual para Cristiano Ronaldo, que bela estreia no Campeonato do Mundo, sobretudo pela alma, crença e atitude que transmite e contagia os colegas de equipa, para além dos importantes golos que marcou. A continuar assim, certamente mais uma bola de ouro pode estar na forja. Do lado espanhol, apesar de não ter realizado uma exibição de alto nível, Diego Costa, marcar dois golos num jogo de mundial, é sempre de assinalar.