Quando falta cada vez menos tempo para se iniciar a maior competição de seleções, o Campeonato do Mundo – Rússia 2018, venho deixar aqui registado a minha opinião, antevisão e possíveis destaques de todos os grupos.
Começando naturalmente pelo Grupo
A, composto pela seleção anfitriã Rússia, a habitual presente, mas
sempre com pouca expressão Arábia Saudita, a forte e experiente
seleção do Uruguai e a surpreendente seleção do Egito.
A Rússia, depois dos
fracassos recentes nas grandes competições (Euro 2016 e Mundial 2014) onde não
passou da fase de grupos e nem tão pouco conseguiu vencer uma única partida,
surge agora neste Mundial mais rejuvenescida e a jogar em casa, pelo que o
mínimo que se exige à seleção comandada por Stanislav Cherchesov é a
passagem aos oitavos de final, mas o fator casa, que pode ser decisivo para o
hipotético apuramento, também pode funcionar como um forte condicionalismo,
acrescentando alguma pressão extra. A Rússia continua a contar com
elementos com muita experiência no futebol mundial, como o guarda-redes Igor
Akinfeev, os defesas Sergey Ignashevich e Yuri
Zhirkov ou o avançado Aleksandr Samedov, no entanto desta
feita o plantel escolhido também apresenta diversa juventude e como muita
qualidade, sobretudo no meio campo, onde figuram jogadores como Aleksandr
Golovin do CSKA de Moscovo e os irmãos Miranchuk (Anton
e Aleksei), que foram fundamentais na conquista do título do seu clube,
o Lokomotiv
de Moscovo. Juntamente aos já referidos, destaque ainda para o defesa
brasileiro com passaporte Russo, Mário Fernandes, o médio criativo Alan
Dzagoev e o extremo formado no Real Madrid, Denis Cheryshev, apesar
de ter realizado uma temporada abaixo das expetativas ao serviço dos espanhóis
do Villarreal.
A Arábia Saudita que
normalmente é presença assídua nos Mundiais, apesar de não ter participado nos
dois últimos (2014 e 2010), apresenta-se neste Campeonato do Mundo como a
seleção teoricamente mais fraca do grupo e enfrentará enormes dificuldades para
se apurar para a fase seguinte. Comandada pelo bem conhecido Juan
Antonio Pizzi, os sauditas contam com a experiência acumulada pelos
três jogadores que atuam fora do país e a competir na Liga Espanhola,
nomeadamente Salem Al Dawsari no Villarreal, Yahya Al Shehri no Leganés
e Fahad
Al Muwallad no Levante, que apesar dos poucos
minutos realizados ao serviço dos seus clubes, encararam uma exigência
competitiva completamente diferente dos restantes 20 jogadores convocados.
O Uruguai que possui no curriculum dois Campeonatos do Mundo conquistados nos longínquos anos de 1930 e 1950, ostenta ano após ano, jogadores de classe mundial nas suas fileiras e este ano de 2018 também não foge à regra. Os 23 eleitos pelo eterno Oscar Washington Tabarez, formam uma mescla de experiência e sabedoria com irreverencia e juventude, perspetivando boas possibilidades de realizar uma campanha positiva na prova. O general Diego Godín, e os goleadores Luis Suárez e Edinson Cavani, são os expoentes máximos da qualidade existente na seleção uruguaia, no entanto não nos podemos esquecer de elementos como o defesa e colega de setor na seleção e no clube, José Giménez, o médio e campeão pela Juventus, Rodrigo Bentancur, o box to box Lucas Torreira dos italianos da Sampdoria e do avançado Maxi Gómez que na época de estreia na Liga Espanhola e ao serviço do Celta de Vigo, apontou 18 golos em 36 jogos. A juntar a todos já indicados, ainda figuram nos convocados os bem conhecidos do futebol português, Maxi Pereira campeão nacional pelo FC Porto, Sebastián Coates central do Sporting CP, Cristián Rodríguez com passagens pelo SL Benfica e FC Porto, Jonathan Urretaviscaya que jogou no SL Benfica, V. Guimarães e Paços de Ferreira.
O Egito que irá realizar o terceiro Mundial da sua história, depois das presenças em 1934 e 1990, poderá ter uma palavra a dizer nas contas do grupo. Orientado pelo experiente Héctor Cúper, os faraós possuem um conjunto de jogadores a jogar na europa, nomeadamente em Inglaterra, conferindo-lhes competência e capacidade para jogar ao mais alto nível. Inevitável não falar da grande estrela do momento, Mohamed Salah que realizou a sua melhor época de sempre ao serviço dos ingleses do Liverpool, tendo marcado 44 golos em 52 jogos, contribuindo decisivamente para a caminhada até à final da Liga dos Campeões, onde não só saiu lesionado, como acabou por perder a final. Mas a seleção Egípcia não se resume apenas a Salah, pois jogadores como os defesas Ahmed Hegazy do West Bromwich Albion, Ahmed Elmohamady do Aston Villa, os médios Mohamed El-Neny do Arsenal, Sam Morsy do Wigan Athletic, Trezeguet do Kasimpasa e o jovem avançado Ramadan Sobhi do Stoke City, são também importantes na manobra da equipa.
PREVISÃO:
Uruguai e Rússia
apurados, Egito e Arábia Saudita eliminados
2 comments
Muito bem, aqui está os conhecimentos desportivos de Carlos Silva-NECTEP.
ResponderEliminarPortanto, estamos perante a opinião e sua previsão sobre as selecções do grupo A do Mundial da Rússia. É sem dúvida uma previsão engraçada ao qual eu aprecio.
Aguardamos então pelo dito Mundial para ver como acabará.
Saudações desportivas e até à próxima.
Obrigado pelo comentário. Veremos o que acontece assim que o Mundial começar...
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