Naturalmente que a Argentina, crónica candidata a vencer qualquer troféu que disputa, é a principal favorita para vencer o grupo, pois reúne um leque de jogadores com qualidade invejável, no entanto a fase de apuramento para o Mundial, não correu da melhor maneira, chegando mesmo a enfrentar a possibilidade de ficar de fora, o que não se veio a verificar. O plantel ao dispor do carismático Jorge Sampaoli dispensa grandes apresentações, no entanto, é obrigatória salientar nomes como Nicolás Otamendi, Ángel Di María, Paulo Dybala, Kun Aguero, Gonzalo Higuaín e o inevitável Lionel Messi. Para além dos já referidos, que alguns passaram pelo futebol português, ainda foram convocados outros como Marcos Rojo com passagem pelo Sporting CP, Marcos Acuña (Sporting CP) e Toto Salvio (SL Benfica). Curiosidade em perceber o que poderão acrescentar a esta seleção experiente, os jovens, mas com muito potencial, Giovani Lo Celso e Cristian Pavón.

A Croácia, tal com a Argentina, é uma seleção cuja característica principal é a capacidade técnica dos seus jogadores, no entanto e novamente comparando com sua congénere Sul-Americana, é notória uma falta de nervo e garra, bem específico dos elementos argentinos. Zlatko Dalic conseguiu guiar os Balcãs ao Russia 2018, através do play-off de acesso, deixando pelo caminho a Grécia e de todos os jogadores que têm ao dispor, saltam a vista nomes como Dejan Lovren, defesa central poderoso e de extrema importância tanto na seleção como no seu clube, o Liverpool, Ivan Perisic extremo explosivo com um pé esquerdo de excelente recorte técnico, Mario Mandzukic avançado importante na manobra ofensiva quer na Juventus quer na seleção e os dois génios do meio campo, Luka Modric e Ivan Rakitic, que ambos dispensam apresentações. Elementos mais jovens que poderão ser igualmente importantes, saliento o avançado Marko Pjaca, que pertence aos italianos da Juventus, apesar de ter sido emprestado na segunda metade da época sem grande sucesso, aos alemães do Schalke 04 e Duje Caleta-Car, defesa fundamental na boa temporada do Red Bull Salzburg mas que terá grandes dificuldades em mostrar o seu valor ao serviço da seleção, devido à grande qualidade evidenciada pelos seus colegas de setor.

Depois de surpreender o mundo do futebol com uma presença de assinalar no Euro 2016, onde foi eliminada nos quartos de final, pela França (finalista vencida por Portugal), a seleção da Islândia voltou a espantar, ao apurar-se em 1º lugar do seu grupo, na fase de apuramento para o Russia 2018, á frente das fortes seleções da Cróacia, Ucrânia e Turquia, o que é bem revelador do fantástico trabalho que está a realizado pelo selecionador Heimir Hallgrimsson. Os 23 eleitos fazem da vontade, determinação e trabalho em equipa, as suas principais armas, pelo que se tornam difíceis de ultrapassar, no entanto, existem alguns elementos que fazem a diferença, como Gylfi Sigurdsson, que atualmente representa e é fundamental nos ingleses do Everton, mas já passou por diversos clubes da Premier League e sempre com grande sucesso, Alfred Finnbogason possante avançado dos alemães do Augsburg, Jón Gudmundsson que em duas temporadas realizou mais de 60 jogos ao serviço do surpreendente Burnley e Aron Gunnarsson médio incansável que representa os galeses do Cardiff City. Albert Gudmundsson é um jovem avançado de apenas 20 anos, que começa a dar nas vistas na primeira equipa dos campeões holandeses PSV e que certamente pretende dar nas vistas nesta competição. Num grupo nivelado por alto, a Islândia tem uma tarefa complicada para conseguir o apuramento para a fase seguinte, no entanto, já se tornou evidente que pode continuar a surpreender.

Por fim, a Nigéria, das seleções africanas com mais presenças em fases finais de campeonatos do mundo, apesar de ter perdido algum fulgor nos últimos anos, no entanto apresenta-se este ano mais determinada do que nunca a provar todo o se valor. Os africanos são um portento de disponibilidade física, e caso consigam aliar essa importante mais valia à concentração e disciplina tática, poderão revelar-se um caso sério. O selecionador alemão Gernot Rohr, juntou um grupo de jogadores com muita juventude e irreverencia, pincelados com outros mais experientes, dos quais se destacam, Obi Mikel, atualmente a representar os chineses do Tianjin Teda mas durante largos anos representou o Chelsea, Victor Moses que fez toda a formação em Inglaterra e em 2017/18 realizou cerca de 40 jogos pelo Chelsea, Wilfred Ndidi médio combativo do Leicester City, o rapidíssimo avançado Ahmed Musa, o avançado Kelechi Iheanacho que surpreendeu o mundo do futebol ao marcar 14 golos pelo Man City com apenas 19 anos, atualmente representa o Leicester City e Alex Iwobi, com 22 anos já tem mais de 100 jogos disputados pelo Arsenal. Destaque ainda para jogadores que passaram pelo futebol português, como Elderson Echiéjilé (Braga), Chidozie Awaziem (Porto), Tyronne Ebuehi (recentemente contratado pelo SL Benfica), John Ogu (Atlético CP, U. Leiria, Académica), Abdullahi Shehu (U. Madeira), Peter Etebo (Feirense) e Simy Nwankwo (Portimonense, Gil Vicente).

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