A convocatória para estes dois encontros foi recheada de surpresas, incluindo diversos jogadores que nunca tinham representado a seleção de todos nós e deixando de fora elementos habitualmente chamados por Fernando Santos. Uma boa oportunidade para muitos provarem que podem eventualmente ser um dos 23 a serem convocados para o Mundial 2018.

No primeiro confronto, frente à modesta seleção da Arábia Saudita, que vai também marcar presença no Mundial da Rússia, foi possível retirar algumas notas positivas, sobretudo pelas prestações bem conseguidas de jogadores como Manuel Fernandes, Gonçalo Guedes e Ricardo Pereira. Sem nunca apresentar um ritmo intenso, Portugal dominou em todos os aspetos do jogo e o resultado foi tranquilamente aparecendo.

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No segundo desafio, frente aos Estados Unidos da América, uma seleção com mais calibre a nível mundial, mas que curiosamente e depois de tantos anos seguidos a disputar as fases finais dos Mundiais, desta vez não conseguiu o apuramento, Portugal realizou uma exibição muito pobre e recheada de equívocos que não podem nem devem acontecer quando se tratem de jogos a valer. A destacar alguém e só porque sim, pois efetivamente ninguém esteve em evidência, terá mesmo que ser Beto pois realizou diversas defesas de nível elevado.

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Em jeito de balanço destes dois confrontos, percebeu-se a ideia de Fernando Santos em convocar novos elementos para os ver em ação, e se no fim do primeiro desafio fiquei com a sensação que temos um leque de opções mais alargado, fruto de algumas boas exibições sobretudo a nível individual, no fim do segundo fiquei com a sensação oposta. É gritante a falta de qualidade no centro da defesa, e percebe-se claramente que jogadores como Pepe, José Fonte e até Bruno Alves, são indispensáveis apesar da idade. Mais grave ainda é que anteriormente este era um setor onde Portugal sempre tinha grandes elementos, e atualmente olhando para os mais novos não encontramos ninguém com nível sequer semelhante ou de potencial elevado. Curiosamente, para todas as restantes posições, existem muitas opções e se mais uma vez recuarmos ao passado, o lado esquerdo da defesa era sempre um problema, situação que atualmente não se verifica, pois jogadores como Raphael Guerreiro, Fábio Coentrão, Eliseu, Antunes, Kévin Rodrigues e até o próprio Ricardo Pereira, garantem o presente e o futuro.